TEXTO ÁUREO
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." (Ap 21.1)
VERDADE PRÁTICA
Cremos no Juízo Final, no qual serão julgados os que fizerem parte da Última Ressurreição; e cremos na vida eterna para os fiéis.
Apocalipse 21.1-5
1 - E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 - E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
5 - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
INTRODUÇÃO
O mundo vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino final.
I - SOBRE O MILÊNIO
1. Descrição. O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém: "[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR" (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de Israel (Is 59.20; Rm 11.26).
2. Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição" (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida como Ressurreição Universal ou ainda Última Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Milênio: um tempo em que o Senhor Jesus reinará sobre toda a humanidade.
II - SOBRE O JUÍZO FINAL
1. Descrição. É conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco: "E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Aqui serão julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: "o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (Jo 5.22).
2. O julgamento. Não há menção de vivos no Juízo Final: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12). Os "grandes e pequenos" não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação eterna: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.
3. Destino dos ímpios. É o inferno, descrito aqui como "lago de fogo" ou "ardente lago de fogo e enxofre" (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (1 Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o "mundo invisível dos mortos" (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por "inferno" na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por "inferno", foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O Juízo Final é o evento que sacramentará o destino dos ímpios.
III - SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1. Um novo céu e uma nova terra. O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: "Eis que faço novas todas as coisas" (v.5); "Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2 Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: "E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: "Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.
2. A nova Jerusalém. Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl 4.26) e a "Jerusalém celestial" (Hb 12.22).
3. A eternidade dos salvos. A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará" (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (1 Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Novos céus e nova terra será uma nova realidade implantada por Deus.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.
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► Pré - aula: Lição 12 - O Mundo Vindouro
Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 01 – Inspiração divina e autoridade da Bíblia. I – Revelação e inspiração. 1.Revelação. 2. Inspiração. 3. A forma de comunicação. II – A inspiração divina. 1. A inspiração divina. 2. Uma avaliação exegética. 3. Autoridade. III – Inspiração plena e verbal. 1. Inspiração plenária. 2. Inspiração verbal. IV – única regra infalível de fé e prática. 1. “Proveitosa para ensinar”. 2. A conduta humana. As traduções da Bíblia. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2017. Fonte: www.escola dominical. Elaboração dos slides: Pastor Ismael Pereira de Oliveira.
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