TEXTO ÁUREO
"Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem." (Mt 24.27)
VERDADE PRÁTICA
A Segunda Vinda de Cristo será em duas fases distintas: primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja; segunda - visível e corporal, com a sua Igreja glorificada.
1 Tessalonicenses 4.13-18; Lucas 21.25-27
1 Ts 4.13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Lc 21.25 - E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas;
26 - homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados.
27 - E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.
INTRODUÇÃO
A Bíblia mostra a segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no céu o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição.
I - OS EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição. Não há outra fonte de predições verdadeiras a não ser a Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses eventos são uma série de acontecimentos do epílogo da história humana que envolve o arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17), a vinda de Jesus em glória (Mt 24.30; Ap 1.7), o juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21), o futuro glorioso de Israel (Is 62.2,3) e o reino milenar de Cristo (Is 9.7; 11.10). São acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque (Jd 14) até o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse.
2. O destino dos impérios da antiguidade. As profecias sobre os impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros.
3. Sobre as Diásporas judaicas. As profecias apontam, de antemão, as duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A primeira Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora, anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: "E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem" (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17), Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amós (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A fonte para todos os eventos do futuro são as Sagradas Escrituras.
II - TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia "parussía") significa "vinda, chegada, presença, volta, visita real, advento, chegada de um rei". No aspecto escatológico, este substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda de Cristo em glória com sua Igreja (2 Ts 2.8). O outro termo éérchomai, "ir" e também "vir". Duas coisas opostas? Sim, desde que se considere o movimento entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem está no ponto de partida é "ida", mas, para quem estiver no ponto de chegada, é "vinda". Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus (Jo 14.3) e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7).
2. Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia, que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do Verbo (2 Tm 1.10).
O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível até "à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Tm 6.14); "e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt 2.13). O termo é também traduzido por "vinda" em referência ao arrebatamento da Igreja (2 Tm 4.8).
O apóstolo o emprega ainda para se referir à segunda vinda de Cristo em glória: "Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino" (2 Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e Atualizada, "pela sua manifestação e pelo seu reino".
3. Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (l Pe 1.7). Esse termo é traduzido ainda como "manifestação", também em referência ao arrebatamento da Igreja: "De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo" (l Co 1.7) ou de acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada, "aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo".
SÍNTESE DO TÓPICO II
"Vinda", "manifestação", "aparição" e "revelação" são termos bíblicos que remontam a segunda vinda de Cristo.
III - OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da igreja. É o rapto dos santos da terra, um acontecimento global e simultâneo em todo o planeta. A profecia contempla até os fusos horários, pois uns estarão dormindo à noite e outros trabalhando nesse exato momento (Lc 17.34-36). Esse evento será inesperado, algo rápido, em fração de segundo, e invisível aos olhos humanos: "num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.52, ARA). Os mortos salvos, os que "dormiram em Cristo", ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16b); em seguida, nós, os crentes em Jesus que estivermos vivos nessa ocasião, com o corpo corruptível já revestido da incorruptibilidade, quando aquilo que é mortal estiver revestido da imortalidade (1 Co 15.53), seremos arrebatados da terra para o encontro com o Senhor Jesus nas nuvens (1 Ts 4.16,17). Essa é a primeira fase da segunda vinda de Cristo, a esperança da Igreja (Fp 3.21).
2. A vinda de Cristo em glória. Sete anos depois do arrebatamento da Igreja, o Senhor virá em glória, visível aos olhos humanos (Mt 24.30,31; Lc 21.25-28). Nesse retorno de Jesus à terra, Ele virá acompanhado dos santos (1 Ts 3.13; Jd 14). O propósito aqui é julgar as nações (Jl 3.12-14;Mt 25.31,32), restaurar o trono de Davi (Zc 12.8-14) em cumprimento à promessa de Deus feita por meio do anjo Gabriel: "[...] e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim" (Lc 1.32,33); destruir a besta e o falso profeta (2 Ts 2.8; Ap 19.19,20) e estabelecer o seu reino de justiça e paz na terra, o reino de Deus de mil anos (Is 2.4; Ap 20.2,3).
3. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem precedentes na história (Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21; Mc 13.19), também conhecido como "o Dia do Senhor" (Jl 1.15; 2 Pe 3.10). A Igreja não passará por esse período, que é conhecido como a "Grande Tribulação" (1 Ts 1.10). Será a era do anticristo (2 Ts 2.7-9), identificado como a besta (Ap 13.2-8). O falso profeta será o porta-voz do anticristo, que enganará o povo por meio dos falsos milagres (Ap 16.13,14). O anticristo fará um concerto com a nação de Israel por uma "semana de anos" (Dn 9.27), mas na metade deste período o concerto será rompido, pois os judeus descobrirão que fizeram um acordo com o próprio Diabo. Só a partir daí é que começa o período da angústia de Jacó (Jr 30.7). Todos esses horrores estão registrados a partir do capítulo 6 de Apocalipse. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para o encontro com o seu Messias (Am 4.12).
4. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Enquanto a Grande Tribulação acontece na terra; no céu, os santos estarão recebendo a recompensa por aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (1 Co 3.12-15; Ap 22.12). É o chamado Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), a premiação dos salvos. Não se trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Todos os presentes já são salvos em Jesus, visto que a salvação é pela graça; aqui se trata de mais uma bênção aos salvos. Em seguida, virá a festa das bodas do Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de Cristo com a sua Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O arrebatamento, a grande tribulação e vinda em glória são os eventos da segunda vinda de Cristo.
CONCLUSÃO
Essas amostras proféticas servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História. A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico.
Revista Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Tema: "A Razão da Nossa Fé: Assim cremos, assim vivemos"Cpad...mais>>
► Lição 11 - A Segunda Vinda de Cristo
► Dinâmica: Prestando contas: Lição 11
► Slides: Lição 11 - A Segunda Vinda de Cristo
► Pré - aula: Lição 11 - A Segunda Vinda de Cristo
Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 01 – Inspiração divina e autoridade da Bíblia. I – Revelação e inspiração. 1.Revelação. 2. Inspiração. 3. A forma de comunicação. II – A inspiração divina. 1. A inspiração divina. 2. Uma avaliação exegética. 3. Autoridade. III – Inspiração plena e verbal. 1. Inspiração plenária. 2. Inspiração verbal. IV – única regra infalível de fé e prática. 1. “Proveitosa para ensinar”. 2. A conduta humana. As traduções da Bíblia. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2017. Fonte: www.escola dominical. Elaboração dos slides: Pastor Ismael Pereira de Oliveira.
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