"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado que o país está preparado para enfrentar uma invasão e um processo interno de comoção.
"É preciso se preparar para uma invasão, acho que estamos mais preparados do que jamais estivemos e a evitaremos. Também estamos preparados para processos internos de comoção e desestabilização", disse Maduro durante um ato militar no estado de Vargas.
O presidente pediu ao ministro da Defesa, Vladimir Padrino, uma estratégia para derrotar a "guerra não convencional" da qual supostamente é vítima.
Além disso, Maduro comparou a "guerra econômica", supostamente promovida pela oposição venezuelana e grupos internacionais de direita, com um "bombardeio", um processo para conseguir um confronto interno que só não ocorreu porque o governo "protege o povo e seu direito à alimentação, à moradia e ao salário".
Além disso, o presidente disse que a situação de insegurança vivida pelo país faz parte desta "guerra não convencional" e reiterou que o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe ordenou o assassinato do deputado governista Robert Serra, em 2014.
"O tema da insegurança na Venezuela ultrapassou o limite, faz parte da guerra não convencional. O assassinato do deputado Robert Serra foi cometido por um grupo de criminosos paramilitares financiados e dirigidos por Álvaro Uribe desde a Colômbia", afirmou Maduro, garantindo ter provas e "testemunhas convictas".
Além disso, o presidente explicou que a "chave" para estabilizar o país é "derrotar a guerra econômica e criminal paramilitarizada". No entanto, destacou que a Venezuela é um país "em paz, estável, ameaçado, mas estável, integrado, unido e em batalha, com uma democracia sólida, vigente, de plenas liberdades, e com um povo sonhador, forçando seu próprio futuro".
As declarações ocorrem poucos dias depois de Maduro ter decretado um estado de exceção e emergência econômica no país, medida que o daria "poder suficiente" para combater um suposto golpe de Estado e os planos de intervenção de "exércitos estrangeiros".
A oposição venezuelana segue buscando uma via democrática para antecipar a saída de Maduro do poder e aguarda que o Conselho Eleitoral Nacional valide as assinaturas obtidas como parte de sua solicitação para a abertura de um referendo que pode revogar o mandato do presidente.
Fonte: EFE.
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