22 de maio de 2016

Noticia: Extremistas tomaram o controle de Israel', diz ministro da Defesa israelense ao renunciar

Moshe Ya'alon, político israelense que renunciou ao cargo de ministro da Defesa de Israel nesta sexta-feira (20/05), declarou ao renunciar que “extremistas tomaram o controle de Israel”.

“Para minha grande tristeza, elementos extremistas e perigosos tomaram o controle de Israel e do Likud [partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu] e estão abalando as fundações e ameaçando machucar seus habitantes”, disse Ya'alon em pronunciamento à imprensa, acrescentando que “a maioria de Israel é sã” e tem como objetivo promover um país “judeu, democrático e liberal”.

“Tristemente, políticos antigos no país escolheram o caminho da incitação e da segregação de partes da sociedade israelense em vez de unificá-la”, disse o agora ex-ministro da Defesa. “Eu expressei minha opinião sobre o assunto mais de uma vez”, afirmou Ya'alon, que disse sentir “preocupação” pelo futuro do país. O pronunciamento à imprensa foi feito após ele comunicar a Netanyahu, na manhã de sexta, a decisão de renunciar.

No mesmo dia, Ya'alon renunciou também a seu cargo no Knesset (Parlamento israelense) e disse que irá “dar um tempo na vida política”. “Não tenho intenção de deixar a vida pública ou política, no futuro eu voltarei para competir pela liderança nacional de Israel”.

Ya'alon citou no pronunciamento desentendimentos com Netanyahu. “Nos últimos tempos me vi em profundo desacordo em assuntos morais e profissionais com o primeiro-ministro, alguns ministros e diversos parlamentares”, afirmou.

Netanyahu e Ya'alon tiveram episódios de desentendimento que se tornaram públicos. O ex-ministro da Defesa defendia que militares do país pudessem expor suas opiniões sobre o país, postura condenada pelo premiê.

No início deste mês, o vice-comandante das Forças de Defesa de Israel, o major-general Yair Golan, declarou que vê “sinais” no país do que ocorreu na Alemanha nazista. Netanyahu telefonou para Ya'alon e classificou a fala de Golan como “inaceitável”. Ya'alon disse ter “total confiança” no major-general, que, depois da repercussão negativa, emitiu um comunicado no qual disse que não teve a intenção de criticar o governo, nem as forças de segurança.
Fonte: Opera Mundi.


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