13 de maio de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos, Central Gospel – Lição 07: Relacionamentos saudáveis

* A paz do Senhor
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
  
Salmos 127. 1-4

1 - Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 - Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.

3 - Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão.

4 - Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. 5 - Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.


 Salmos 128. 1-6

1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!

2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.

3 - A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.

4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!

5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.

6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.



TEXTO ÁUREO
  Eclesiastes 11.1
Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias,
o acharás

Bíblia online
Bíblia sagrada online


OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
•  Saber o que fazer para construir um relacionamento saudável em família, considerando alguns fatores
•  Conhecer as bases sobre as quais a família está estruturada, a saber: sentimentos, relacionamentos, atitudes e valores;
•  Entender que família perfeita é aquela que reconhece s imperfeição e, ainda assim, dispõe-se a curar as feridas que ela mesma gerou.


Palavra introdutória
Apesar de, no estrato social, observarmos formações familiares diferentes, de acordo com o IBGE, a família nuclear (formada por pais e filhos) é o modelo predominante da sociedade brasileira.

Independente de constituirmos ou não uma família nuclear, uma realidade se impõe a todo e qualquer agrupamento de pessoas: ninguém pode estar junto, sem se relacionar.

O relacionamento interpessoal Implica um conjunto de normas de comportamento, os quais orientam as influências recíprocas que se estabelecem entre os membros de dado grupo.

Nesta lição, considerando alguns fatores que orientam a dinâmica familiar, veremos o que devemos fazer para construir um relacionamento saudável em nossa casa.

O relacionamento interpessoal é objeto de estudo de áreas como a Sociologia e a Psicologia. Esse tipo de interação humana é marcado pelo contexto no qual o indivíduo está inserido —familiar, escolar, profissional ou comunitário.


Princípios para Uma Boa Comunicação no Lar
A comunicação inteligente, respeitosa e harmoniosa é o cerne de um relacionamento familiar saudável. Podemos dar vida ou matar o relacionamento dependendo da maneira como nos comunicamos. A Palavra de Deus diz que “a morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21). Os conflitos dentro do lar são gerados por uma comunicação deficiente. Queremos alistar alguns princípios importantes para uma boa comunicação.

Em primeiro lugar, precisamos aprender a ouvir com mais atenção. Todos nós temos necessidade de alguém que nos ouça. Tiago diz que devemos ser pessoas prontas para ouvir (Tg 1.19). Quem ama tem tempo para a pessoa amada; busca agradar a pessoa amada, bem como, compreender a pessoa amada. Assim, quando nos dispomos a ouvir, demonstramos que a outra pessoa tem valor e prioridade para nós. Agindo assim, estaremos construindo pontes de contato e pavimentando a estrada de uma comunicação saudável.

Em segundo, precisamos aprender a falar com mais amor. Uma comunicação harmoniosa depende da capacidade de falar a coisa certa, na hora certa, da maneira certa, com a pessoa certa, com a motivação certa. Às vezes nós pecamos não a respeito do que falamos, mas como falamos. A maneira de dizer é tão importante quanto o que se diz. Tiago diz que devemos ser tardios no falar (Tg 1.19), enquanto Paulo alerta para o fato de que devemos falar a verdade em amor (Ef 4.15). Se não tomarmos cuidado, poderemos ferir com a nossa língua a pessoa que mais amamos.

Em terceiro lugar, precisamos aprender a elogiar com mais generosidade. O elogio sincero é um bálsamo para a alma e um tônico para o coração. Um elogio sincero vale mais do que mil críticas. Um ditado chinês diz que apanhamos mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de fel. Temos necessidades emocionais que precisam ser supridas e Deus instituiu a família para que pudéssemos ajudar-nos uns aos outros. A família precisa cultivar um ambiente gostoso de comunhão, de amizade e de afeto, onde as pessoas sejam valorizadas pelo que são e não apenas pelo seu desempenho. Devemos reafirmar nosso amor uns pelos outros dentro do lar, sendo aliviadores de tensões e bálsamos do céu na vida uns dos outros.

Em quarto lugar, precisamos aprender a perdoar com mais compaixão. Não há família perfeita nem relacionamentos perfeitos. Todo relacionamento familiar precisa de renúncia e investimento. Toda família precisa exercer o perdão. Sem perdão não há relacionamentos saudáveis. Todos nós decepcionamos as pessoas e elas nos decepcionam. As pessoas têm a capacidade de nos ferir. Nós sofremos mais por causa de relacionamentos do que por causa de outros problemas. Pessoas roubam mais nossa alegria do que circunstâncias. Por esta razão, precisamos aprender a perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. O perdão deve ser imediato, completo e incondicional. Pelo perdão somos libertos e curados. Através do perdão temos a oportunidade de recomeçar e reconstruir uma relação quebrada. O perdão nos ajuda a fechar feridas, a tapar brechas e a construir novos sonhos.

Em quinto lugar, precisamos aprender a cultivar um relacionamento de intimidade com Deus. O casamento deve ser um cordão de três dobras, onde Deus é a parte mais forte e aquele que une as outras duas dobras. O salmista diz que se Deus não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam. A maior necessidade da família é da presença de Deus. O casamento e todo o relacionamento familiar precisam estar edificados sobre uma relação pessoal e íntima com Deus. Nada nem ninguém podem substituir a presença de Deus na família. Podemos ter dinheiro, sucesso e muitas conquistas, mas sem Deus, tudo isso é chocho e vazio. É a presença de Deus que dá sentido e sabor ao relacionamento conjugal e familiar.
Princípios para uma boa comunicação no lar
– Pr. Hernandes Dias Lopes
Famílias Saudáveis, Não Famílias Perfeitas

Ana e Marcos se casaram depois de alguns anos de namoro e noivado. No dia do casamento, eles fizeram um pacto: “nossa família será perfeita”. No segundo ano de casamento, Ana e Marcos tiveram um bebê. Contudo, logo depois do nascimento do filho, Marcos perdeu o emprego e a situação financeira ficou muito complicada. Além disso, a saúde da criança era muito instável. Aquele momento difícil acabou abalando o relacionamento do casal, que passou a ter discursões muito frequentes. Em uma delas, Ana questionou: “onde está a família perfeita que combinamos ter”?

O casal resolveu buscar ajuda e encontraram um conselheiro cristão, que os ajudou a entender alguns pontos importantes. Eles entenderam que o pacto que haviam feito no dia do casamento era inalcançável. Em um mundo imperfeito, não poderão existir famílias perfeitas. Eles também entenderam que as altas expectativas que eles estabeleceram para a vida, acabaram gerando grandes frustrações. Sendo assim, eles precisavam de expectativas mais reais. Com o tempo, Ana e Marcos entenderam que, ao invés de buscarem uma família perfeita, deveriam buscar uma família saudável e terem expectativas reais a respeito da vida. Agindo assim, quando algum problema chegasse, não haveria frustrações tão grandes a ponto de abalar a felicidade do lar.

Assim como Ana e Marcos, muitas famílias têm construído pensamentos irreais a respeito do que elas poderão se tornar. Aqueles que buscam a perfeição familiar irão se frustrar rapidamente. O que devemos buscar é ter uma família saudável, e isso passa pela construção de uma mentalidade correta a respeito do que é a família e do que esperar das relações familiares.

A mente como ponto de partida

Existem muitos aspectos importantes na construção da mentalidade humana. Um deles são os hábitos que as pessoas desenvolvem. A maioria das coisas que fazemos ao longo do nosso dia é guiada pelos hábitos que formamos. Charles Duhigg cita, em seu livro sobre o poder dos hábitos, um artigo publicado por um pesquisador da Duke University em 2006. Nesse artigo, o autor afirma ter descoberto que mais de 40% das ações que as pessoas realizam todos os dias, não eram decisões de fato, mas sim hábitos.

Os hábitos, dizem os cientistas, surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. O cérebro busca criar uma rotina, assim ele se esforça menos para trabalhar. Daí a importância de desenvolvermos hábitos espirituais. Quando isso fizer parte da nossa rotina, será bem mais fácil realizá-los. Temos que ter a consciência de que a “verdadeira felicidade será o resultado de todo desprendimento, de toda crucifixão do próprio eu. Ao ser ganha uma vitória, a próxima será mais fácil de alcançar”. É necessário que, dentro das famílias que querem ser saudáveis, se formem bons hábitos físicos, mentais e espirituais. Isso tem tudo a ver com a formação do modelo mental, que contribui com relações familiares saudáveis.

O modelo familiar divino

Apenas o criador da família poderia apresentar o modelo ideal e, a partir dele, poderemos guiar as nossas famílias. Por isso, precisamos olhar para a criação da família no Éden.

Tudo o que Deus criou era perfeito. Nem uma sombra de mal havia em toda a Terra até então. Vamos observar o trecho da Bíblia que descreve os momentos finais da semana literal da criação, focando sobre a criação da família.

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele” (Gênesis 2:18). Embora tudo fosse perfeito, ainda faltava algo para que ficasse completa a criação. O “não bom” era uma referência ao fato de ainda faltar algo. Havia uma coisa “não boa” na criação perfeita: o homem estava só.

Adão estava na companhia de todos os animais, dos próprios anjos e poderia ter a presença de Deus face a face. Mesmo assim, ainda sentia falta de algo. A companhia de Deus e dos anjos não era suficiente para Adão. “O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado”.

Também chama a atenção o fato de que, embora Deus soubesse que o homem sentiria falta da mulher, deixou o homem sentir falta primeiro, para só então criá-la. Essa foi a estratégia divina. (v. 19-20). “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada” (Gênesis 2:21-23).

Assim estava formada a primeira família da Terra, a partir da qual todas as outras seriam formadas e para a qual todas as outras deveriam olhar. A descrição da família edênica deve estar na mente de todos aqueles que buscam ter uma família saudável em nossos dias. No Éden, Deus estabeleceu as bases sobre as quais nossas famílias seriam felizes. É fundamental também reforçar que a felicidade está intimamente ligada com as escolhas que fazemos.

Família saudável

Em um mundo dominado pelo pecado, a única maneira de se manter saudável é estando em constante contato com o médico da alma, Jesus Cristo. Ele mesmo se apresentou assim quando disse: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mateus 9:12). As famílias que estão doentes, podem e devem se aproximar de Cristo para que recebam cura.

A família ideal e perfeita, criada no Éden, não pode ser alcançada por nós nesse momento. A imperfeição, imposta pelo pecado, nos impede de chegarmos à perfeição. Porém, isso não indica que devemos nos conformar com famílias infelizes. Famílias perfeitas não existem, mas as famílias reais felizes, sim.

A família real, que é feliz, tem seus problemas, enfrenta seus desafios, mas nunca se desvincula da fonte da verdadeira felicidade, Jesus Cristo. A consciência de que os problemas chegarão e de que a família será imperfeita gera expectativas reais e evita frustrações grandes que podem afetar a saúde da família.

É aqui que o assunto da formação dos hábitos e a saúde da família se tocam. Uma família só será realmente saudável se o hábito da busca diária por Cristo for uma realidade em seu cotidiano. Não existe a possibilidade de mentalidade saudável no ambiente familiar se a base filosófica dessa mentalidade não estiver em Deus e na Sua Palavra.

Dicas práticas

Nessa altura da discussão, já deve ter ficado clara a importância da mente para a construção de um ambiente familiar saudável. Jesus falou sobre isso quando disse: “Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem” (Mateus 15:18). A palavra coração é uma referência à mente humana. Cristo, sendo o criador, sabia como os pensamentos moldam a vida.

Por isso, seguem algumas dicas práticas para a formação de um pensamento que ajude na saúde da família.

Estudem constantemente a Bíblia. É na palavra de Deus que encontraremos a verdadeira fonte de sabedoria. A partir dela, construiremos pensamentos saudáveis que nos ajudarão no cotidiano familiar. Pensamentos saudáveis precisam substituir pensamentos doentios.
Nome do autor: Bruno Lacerda
Salmos 128
Introdução:
Há uma crise moral e familiar em todos os níveis da sociedade. Isso dificulta falar sobre relacionamentos familiares. São muitos os problemas, diversos os pensamentos, pequenas as soluções e diminutos os interessados em uma melhoria. Isso porque cada um parece estar buscando seus interesses pessoais sem contemplar a família. Vários tipos de relacionamentos envolvem e disputam atenção com a família. Então o que fazer? O autor do Salmo 128 descreve a convivência de uma família abençoada por Deus. Isso nos inspira a buscar neste salmo algumas respostas para os relacionamentos.

Como deve ser os relacionamentos da família?

Vamos encontrar algumas áreas de relacionamentos citadas no Salmo 128, conhecido como Salmo da Família:

1- Relação com Deus

v.1 “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos”

O primeiro nível do relacionamento familiar deve ser a sua relação com Deus.

Muitas famílias são cercadas de pessoas, atividades e conforto e não encontram tempo para buscar a Deus. Quantas festas de Natal, Páscoa e outras que passam sem uma oração sequer. Parece que Deus nem foi convidado. Existem famílias que só se reúnem para falar de Deus quando estão num velório. A família vai bem quando busca direcionar suas decisões e planos de acordo com a vontade de Deus, através da oração familiar e aprendizado conjunto da Palavra.

A bênção de Deus é para “todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3) e a família do cristão é abençoada pela fé nesta promessa. Orar juntos, ir à Igreja e viver na presença de Deus são formas de cultivar sua vida espiritual em família.

Precisamos buscar os caminhos e os pensamentos de Deus, que são mais altos que os nossos (Isaías 55.8,9) para não cair nas vaidades do mundo e “buscai ao Senhor enquanto se pode achar” (Isaías 55.6). Como está o relacionamento de sua família com Deus? Reúna-se em família para buscar ao Senhor!

2- Relação no Trabalho

v.2 “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”

A segunda área de relacionamento citada no salmo é o trabalho. Cada família é marcada pela área profissional que ocupam. A rotina da família de um médico é diferente da rotina de um pedreiro, um padeiro, um policial, professor, etc. Isso tudo acaba determinando muito sobre o relacionamento em família, sendo necessário organizar o tempo para não se perder em meio ao ativismo.

Não adianta trabalhar muito e ganhar muito dinheiro e perder a maior de todas as propriedades que é a família. Não ver os filhos crescer, deixar de compartilhar momentos difíceis com o cônjuge e passar o tempo todo ocupado sem poder apreciar um ao outro são ilusões que têm enganado muitas famílias. O salmista declara que o trabalho é razão de:

- Sustento: “do trabalho de tuas mãos comerás”


- Satisfação: “feliz serás”

- Sucesso: “tudo te irá bem

Assim é a vida de quem sabe equilibrar o trabalho como bênção de Deus para a família!

Você tem trabalhado demais? Cuide bem de sua família!

3- Relação com a Casa

v. 3 “no interior de tua casa”

O salmista destaca o interior da casa como uma área importante do relacionamento familiar.

A família foi criada por Deus. O Senhor Jesus Cristo veio viver em família e priorizou o lar até os 30 anos. Andou por muitos lugares onde Ele se encontrava com as pessoas, mas o lugar que mais frequentou foi a casa, o ambiente familiar das pessoas. Ensinou que o relacionamento com Deus deve ser tão íntimo e intenso como o de pai e filho.

A casa, o lugar onde todos passam horas e horas juntas, tem perdido o seu valor principalmente nos grandes centros urbanos. Não há mais privacidade no lar, por falta de espaço, pela poluição sonora e vários outros fatores. Em muitas famílias a casa tem sido “visitada” pelos familiares que não têm tempo de estar em casa e isso atrapalha a convivência, porque é dentro de casa que se faz intimidade, que descansamos, alimentamos, onde podemos ter privacidade e encontrarmos com as pessoas que podemos confiar. É importante priorizar estar em casa com a família.

A falta de autocontrole sobre das redes sociais e aparelho de televisão tem impedido muitas famílias de terem momentos de descontração e bate-papo, pois passam a maior parte do pouco tempo que têm para estarem juntos, nas redes sociais e assistindo TV e o pouco que conversar é sobre a programação que toma a atenção de todos.

Você passa pouco tempo em casa? Aprenda a curtir sua casa como um Lar!

4- Relação Conjugal

v.3ª “Tua esposa ... será como a videira frutífera” O bom relacionamento entre marido e mulher é indispensável na vida familiar. O salmista descreve a mulher dentro de casa toda feliz como uma parreira cheia de uvas. Ou seja, todos querem estar perto dela. O cristianismo quebrou o tabu de que o homem é maior em autoridade que a mulher e os colocou juntos em submissão (estar sob a mesma missão) ao Senhor. A mulher amando e respeitando seu marido e o homem amando a esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5.25). Se o homem amar a mulher assim, qualquer mulher terá prazer em ser submissa e quando a mulher é submissa o homem a ama muito. Isso é recíproco.

O planejamento familiar é de suma importância porque muitas decisões e compromissos precipitados comprometem a felicidade familiar. É necessária muita comunicação e de qualidade, para que cada um entenda e assuma a sua função, compreendam suas expectativas mútuas e juntos possam administrar o lar com sabedoria e satisfação. A felicidade conjugal não pode ser patrocinada por apenas um dos cônjuges e sim deve ser compartilhada em cada momento, inclusive nas dificuldades.

Como está sua vida conjugal?

A felicidade deve ser construída em conjunto!

5- Relação com os Filhos

v.3b “teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa”

Outra área de relacionamento familiar é com os filhos.

O salmista descreve o relacionamento entre pais e filhos com um momento de confraternização ao redor de uma mesa. Contudo, sabemos que esta cena é cada vez mais rara no meio das famílias.

O número de filhos criados sem o pai ou a mãe tem aumentado consideravelmente. Pais deixam os filhos por conta de outra pessoa para ir trabalhar e perdem a rica oportunidade de educa-los pessoalmente. Com isso muitas crianças recebem uma educação falha e os pais perguntam ‘onde foi que eu errei?’.

É determinante para o futuro das famílias a convivência e o respeito mútuo entre pais e filhos. Muitos são os casos de pais que não tiveram tempo para os filhos porque tinham que trabalhar para prover um futuro digno para eles, e quando os filhos crescem não sabem gozar desse “futuro digno” porque não tiveram uma educação familiar e não aprenderam as lições básicas da vida que só um pai e uma mãe podem ensinar.

No relacionamento entre pais e filhos, quando os pais mostram o seu papel, cumprem suas obrigações e ensinam os filhos, a tendência é haver correspondência de parte dos filhos que se sentem amados pelos progenitores.

Você tem tempo para seus filhos?

Curta seus filhos o máximo que puder!

6- Relação com a Igreja

v.4 “Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR”

O relacionamento com a Igreja deve fazer parte de todas as famílias.

A Igreja cristã começou dentro de casas, com as famílias. Infelizmente quando começaram a reunirem-se em templos, as famílias foram ficando em segundo plano. É importante a convivência da igreja com a família e da família com a igreja. Igrejas fundadas por famílias são igrejas fortes. É impressionante a força missionária de famílias bem estruturadas que constituem lideranças cristãs sólidas e consistentes, deixando resultados por gerações.

A Igreja é uma extensão da casa como “Família de Deus” (Efésios 2.19). A palavra de Deus traz promessas de salvação para as famílias (Atos 16.31), então precisamos determinar em nosso coração que “eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15).

Se a família vai bem a igreja está ótima, mas se houver omissão por parte da Igreja, as famílias desmoronam carregando consigo a Igreja que deveria ser o seu apoio. Inadmissível mesmo é ver a Igreja de Cristo conformando-se com a presente situação do mundo e até mesmo se adaptando aos novos “padrões morais” da modernidade. As coisas desse mundo são passageiras, mas os preceitos de Deus, bem como Ele próprio, são eternos.

Sua família congrega em alguma Igreja?

A Igreja é uma extensão da família!

7- Relação com a Sociedade

v.5 “O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida”

Por último, o texto indica a relação da família com a Jerusalém que representa a sociedade ao redor da família.

Parece que o ser humano, o quanto mais tem facilidade, mais complica as coisas. Quanto mais há meios de comunicação menos é o diálogo e o acordo entre as pessoas. A mídia tem usado de todo tipo de sensacionalismo para distorcer valores morais, desvalorizando a família, o lar e incentivando relacionamentos descomprometidos. O mundo tem inculcado uma mentalidade interesseira e egoísta, onde tudo deve ser em troca de alguma coisa. O verdadeiro amor doa desinteressadamente, de graça dá e de graça recebe.

A família depende do meio em que está inserida, mas não pode absorver tudo o que há ao seu redor. O lar precisa ser protegido dos contra ataques mundanos que procuram se infiltrar para enfraquecer os relacionamentos familiares. O equilíbrio é a saída para ter uma família saudável sem perder amigos ou se isolar da sociedade. Por isso a Palavra de Deus orienta até mesmo quanto às visitas na casa das pessoas (Provérbios 25.17). Muitas vezes as influências externas prejudicam a relação da família.

Como é a relação de sua família com os vizinhos?

Abra sua casa, mas não a deixe desprotegida!

Cuide bem de seu relacionamento familiar!

Conclusão

Relacionamento é algo que não se faz sozinho. Por isso não adiante colocar a culpa em um membro da família apenas. Quando há um erro, este deve ser assumido e corrigido juntos. As vitórias também devem ser compartilhadas.

Parece que quanto mais pessoas se têm para conviver, mais difícil é conviver com as pessoas e quanto mais pessoas temos ao nosso redor mais estamos sozinhos. O ser humano não foi criado para viver só e muito menos infeliz em meio a muitas pessoas. A solução para sarar os relacionamentos familiares é desarmar as pessoas umas contra as outras, assumindo uma atitude pacífica perante os conflitos. É preciso encarar a situação familiar, conjugal, sexual e do relacionamento entre pais e filhos com coragem para mudar antes que seja tarde demais. Foi para isso que Messias veio “para destruir as obras de Satanás” (I João 3.8) e “para converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais” (Malaquias 4.6), bem como do marido, da mulher, dos amigos, irmãos, namorados... de todos mutuamente um ao outro.

Sua família está bem cuidada?
Faça sua parte pela família!
Nome do autor: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues
Por uma família saudável
No ano de 2002, segundo o IBGE foram realizados no Brasil 715 mil casamentos. Naquele mesmo ano houve 225 mil divórcios e separações judiciais, o que significa que um terço das uniões podem terminar em separação. Dos casais que se separam, 80% têm filhos menores.

Diante destas realidades, tem os que nos perguntar por que as famílias se dividem, por que os casamentos ruem. Sugiro, à luz da revelação bíblica, que há quatro razões gerais a explicar o fracasso familiar, sabendo que a primeira razão está na base das outras.

1 – As famílias ruem porque os familiares não têm relacionamentos saudáveis com Deus.

O salmo 127.1 deixa evidente esta verdade: Se Deus não edificar a família, ela são subsistirá. Sem um relacionamento saudável com Ele, os relacionamentos uns com os outros, na família inclusive, são muito difíceis.

Ter um lar nominalmente cristão não garante casamentos felizes e duradouros.

Ter um lar genuinamente cristão garante; e entendo por genuinamente cristão aquele lar constituído por pessoas que buscam o Reino de Deus e Sua Justiça em primeiro lugar. O problema é que só Deus sabe que lar é nominalmente cristão e que lar é genuinamente cristão, isto é, o lar que mantém um relacionamento saudável com o Senhor, passa por dificuldades, provocadas por fatores internos e externos, mas permanece firme porque é edificado por Deus. Relendo o salmo 127.1, talvez um cristão o tome como uma promessa a se cumprir magicamente: todo cristão tem um lar firme e forte. No entanto, é preciso repetir, o cristão terá um lar firme e forte se dele Deus for o Senhor, e esse senhorio não se exerce a partir da membresia de uma igreja ou de uma confissão da fé a Jesus Cristo, mas a partir de uma submissão a esse Deus como Senhor. Submeter o lar a Deus é deixar que Ele o edifique, e quando Ele o edifica nada o divide; mesmo quando a morte vier, a família ficará firme com os que sobreviverem.

2 – Como não têm relacionamentos saudáveis com Deus, os familiares podem pôr os seus desejos como fundamentos de suas vidas.

Há uma condição para que a vida familiar seja agradável: é quando todos se esforçam para torná-la saudável. No entanto, quando os corações que a integram, por falta do temor a Deus, colocam a satisfação dos seus desejos como os fins supremos das suas vidas, o resultado é a fragilização do vínculo familiar.

A razão é simples – nossos desejos, como aprendemos na Bíblia estão contaminados com o pecado. Jeremias ensinou: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa, e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo”? (Jer. 17.9)

Quando o coração se constitui no fundamento da casa, cada um só vê o seu bem-estar, os seus projetos, os seus sonhos. As prioridades na família não são as mesmas, quando as há. O egoísmo mata o amor, o egoísmo inviabiliza o convívio. O egoísta só olha numa direção: para si mesmo. Não se relaciona com os outros. Olha somente para si mesmo. Ele acha que pode sozinho edificar o seu lar, sem depender dos outros, sem depender de Deus, porque o seu lar é ele e aqueles que orbitam ao seu redor. O egoísta não vive em família. Quando os desejos pessoais prevalecem, os familiares não conseguem conviver com as suas diferenças. Elas existem não para estilhaçar os relacionamentos, mas para fortalecê-los.

3 – Como não têm relacionamentos saudáveis com Deus pode haver envolvimentos inadequados.

Segundo o IBGE, 60% das separações foram requeridas por “conduta desonrosas ou graves violações dos deveres conjugais”. Nisto o adultério, a infidelidade são os mais devastadores. Sabemos o que a infidelidade faz na vida de filhos, esposa e esposo. A sociedade procura reativar a infidelidade, tentando passar a noção de que é aceitável até para salvar o casamento…

Jesus colocou as coisas nos devidos lugares: Vocês ouviram o que foi dito: Não adulterarás. Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. (Mat. 5.27-28) Jesus sabia que o adultério não é um pecado solitário e que há vários que lhe são associados sendo a infidelidade o maior deles. Do seu espectro fazem parte a auto-suficiência, a vaidade, a mentira, a lascívia, o desrespeito, dentre outros.

Não podemos justificá-lo com a frase: O casamento não estava bem, por isto aconteceu, se estivesse bem não aconteceria.

Cada cristão deve cuidar para não cair na sedução. Todo cristão deve deixar Deus dirigir os seus desejos para que se tornem desejos puros.

4 – Como não têm relacionamentos saudáveis com Deus, há dificuldades diante da escassez

Por isto as famílias não resistem à experiência da escassez. As dificuldades econômicas, produzindo o não atendimento das necessidades básicas dos integrantes da família, podem trazer conflitos internos insuperáveis.

A falta de morada adequada, a falta de recursos para aquisição de alimentos, a falta de saúde de um dos familiares, e outras, podem desencadear processos destrutivos. Quando as faltas que agudizam e se prolongam, será preciso muita fé para que a família fique unida.

Há esposas que não suportam o desemprego do marido e se vão embora. Há maridos que não resistem a uma enfermidade prolongada da esposa e buscam satisfações. Há pais que não resistem ao desvio prolongado dos filhos e desistem. Há filhos que se cansam de honrar os seus pais, quando eles se mostram indignos a seu respeito.

No entanto, devem lembrar que votaram continuar casados mesmo sob o peso da escassez, porque fidelidade só é fidelidade quando atestada pela vida.

O cuidado fundamental, para todos, é manter Deus no centro das relações familiares. A presença de Deus no centro da família não garante que nela não haverá a experiência da escassez. Mesmo com o Senhor edificando a nossa casa, nela poderá faltar alimentos, saúde e até afeto. A morte pode levar alguém da família mesmo da família temente a Deus, disso sabemos.

Quando Deus é o centro da família, Ele, por Sua bondade, capacita a família a superar suas dificuldades, dando-lhe discernimento, sabedoria e vigor. Sem Ele, uns lançarão culpas sobre os outros, culpas que esfacelarão os vínculos.
Adaptado de artigo do Pr. Israel Belo de Azevedo
Nome do autor: Ministério de Casais IBI


Estudo Família
- Uma boa raiz entre homem, mulher e filhos
A família, criação de Deus, é a comunidade primária da raça humana. Ela antecede qualquer instituição, povo ou nação. Foi a célula primogênita da sociedade. Milênios se passaram e, junto com eles, muita coisa mudou no mundo. As mais diferentes culturas de todos os lugares do planeta sofreram grandes transformações ao longo de sua história. O mapa político e social dos continentes já mudou várias vezes. No entanto, os seres humanos continuam integrando-se em famílias.

Um projeto tão bem elaborado e consistente quanto este não poderia ter surgido ao acaso ? e, mesmo que tivesse acontecido assim, dificilmente seria uma unanimidade. Por isso, não é difícil concluir que sua origem é divina. Deus é o Criador da família e, como tal, o único com autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve funcionar.

A família só pode viver e se desenvolver normalmente se contar com a presença e a bênção de Deus. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmos 127.1).

Apesar da boa raiz que a sustenta, a família sofre ataques constantes e mortais. O inimigo de nossas almas sabe que, destruindo os relacionamentos entre marido e mulher, pais e filhos, estará condenando à sociedade à morte. Por isso, a crise que vive a nossa geração focaliza-se principalmente nos lares. Assim como o primeiro pecado foi cometido dentro da família e atentou contra ela (Gênesis 3.6), também em nossos dias a maioria dos pecados se cometem no seio familiar.

Nos lares, vivem-se tensões, contendas, discussões, injúrias, gritos, ofensas, ressentimentos, amarguras e até separações e divórcios. A família é o foco dos ataques de Satanás, que trama sem parar contra ela ? infelizmente, em diversas oportunidades, ele ainda conta com a colaboração de pais ou filhos para facilitar esta tarefa. As evidências desta ofensiva diabólica estão diante de nós: deterioração dos valores tradicionais, crescimento dos conflitos e um número crescente de separações em proporções alarmantes. E nós, o que estamos fazendo?

Será que a Igreja tem algo a oferecer à nossa sociedade, alguma coisa que possa salvá-la? Há mesmo solução em Jesus Cristo para esta crise, como costumamos alardear, ou nosso discurso é ineficaz diante da morte de tantos lares? O Evangelho tem mesmo o poder de promover a ressurreição de tantas famílias das quais a vida fugiu? Se você me permite responder minha própria pergunta, afirmo enfaticamente que sim. Por acreditar que a deterioração da família deve-se ao fato de que a ordem de Deus para ela tem sido ignorada, abandonada e alterada por critérios humanos, também estou convencido de que contamos com recursos para a reconstrução dos lares:

Orientação precisa da Palavra de Deus

Somos muito privilegiados! Através de sua Palavra, Deus nos instrui sobre todos os aspectos da vida fa miliar. Seus ensinamentos são claros, simples, precisos e perfeitos (Salmos 19.7-9). E são para todas as famílias da terra, em todos os tempos.

O poder transformador do Espírito Santo Mediante o Espírito Santo, temos em nós a força de Deus para sermos mudados, melhorados e aperfeiçoados até chegarmos a ser famílias saudáveis e santas, para a glória de Deus. O fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23), manifesto em nós, faz aflorar todas as virtudes necessárias para uma maravilhosa convivência familiar.

A valiosa ajuda da comunidade cristã

Na igreja, sempre encontraremos pastores e irmãos mais instruídos, a quem possamos recorrer em busca de sabedoria, conselho e orientação. Ademais, haverá ali famílias bem formadas que serão, para nós, exemplo e modelo valiosos, de quem podemos aprender e em quem podemos nos espelhar?

Como Criador da família, Deus é o único com autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve funcionar?
Queremos lares projetados por Deus. Queremos aprender a ser famílias que vivem a realidade do Reino de Deus aqui na terra, debaixo do senhorio de Cristo. ?(...) tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus? (Filipenses 1.6).

Creio, de todo o coração, que Deus nos aperfeiçoará até chegarmos a ser um povo com as características que o agradam: famílias sólidas, estáveis; solteiros que mantêm sua pureza; casais que convivem em harmonia e fidelidade; pessoas que vivem com a dignidade inerente a todo ser humano; pessoas diligentes, responsáveis, trabalhadoras, generosas e prontas para o serviço cristão, vivendo num ambiente de amor, ordem e paz.

Apesar de conhecermos bem as ciladas do diabo ? tanto pelo que a Palavra de Deus nos ensina quanto por nossas experiências diárias?, não podemos incorrer no escapismo de culpar o inimigo por tudo que conspira contra o lar. É preciso lembrar que boa parte dos problemas enfrentados pela família ocorre em função das inabilidades humanas e da falta de disciplina em relação aos projetos do Senhor para as vidas de seus filhos.

Penso que determinados obstáculos começam dentro da própria estrutura do lar. Ao identificá-los, assumi-los e, humildemente, colocá-los diante do Pai celestial, a família pode dar o primeiro passo para ver realizado o milagre da Ressurreição dentro da própria casa. Gostaria de refletir sobre alguns deles com você.

Carência de propósito

Muita gente simplesmente não determina propósito algum para sua vida. Casa, trabalha, se esforça, adquire casas, tem filhos, mas não sabe bem para quê.

Se perguntarmos à maioria dos noivos por que motivo pretendem casar, eles não saberiam dar uma resposta clara. São capazes de planejar os mínimos detalhes do casamento "o vestido, a festa, a viagem, os móveis, a lista de convidados etc. ", mas provavelmente jamais se fazem esta pergunta fundamental: "Por que vou casar?". Esta falta de propósito leva muitos pais a crer que cumpriram seu dever em relação aos filhos se forem bons provedores de comida, roupa, moradia, saúde, educação, recreação etc. Não se dão conta de que, ainda que tudo isso seja necessário, não constitui precisamente o fundamental.

Objetivos equivocados

A carência de um propósito claro para a família faz com que nos desviemos para os objetivos equivocados e façamos dos meios um fim, e do secundário, o principal:

Ganhos materiais: o progresso material tem se transformado no objetivo principal de muitas famílias. A grande meta é o suposto? conforto?. Perde-se a vida desejando e trabalhando para alcançar o desejado; depois, segue-se trabalhando para manter o alcançado. O pensamento está sempre atrás de alguma nova aquisição. Neste caso, as pessoas sacrificam e adiam a família por causa do lucro. ?E (Jesus) disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui? (Lucas 12.15).

Gratificação pessoal e egoísta

Há aqueles que se casam pensando somente em si mesmos. Seu objetivo não é dar, mas receber; não servir, mas ser servidos. E isto acontece no âmbito da vida material, na vida sexual e no tocante às responsabilidades familiares. A única garantia, porém, é a do fracasso do lar.

Endeusamento da própria família:

Alguns fazem da família um fim em si. Seu projeto pessoal de felicidade e conveniência converte-se na meta mais alta da vida familiar. Mesmo sem se dar conta, consideram Deus apenas um excelente meio para alcançar o bem-estar. Tais famílias vivem tão-somente preocupadas com sua própria fama e seu nome. Dedicam-se por inteiro à própria comodidade e ao prazer pessoal.

Obtenção de benefícios

Este é o objetivo da maioria dos casamentos que se constituem, ainda que inconscientemente. É claro que há benefícios legítimos que Deus mesmo tem outorgado ao casamento, como a alegria de viver em companhia, o afeto, a felicidade, o deleite que proporciona o ato sexual, a alegria de pertencer a um núcleo familiar, a cobertura espiritual, a proteção, os filhos etc.

A questão, porém, diz respeito a saber se é razoável fazer destes benefícios o propósito para a família. Mais adiante, durante o desdobramento deste texto, veremos que a resposta não é tão simples quanto parece. Diante de nossas limitações, não é difícil concluir que a família só pode experimentar a verdadeira vida plena se adotar os padrões de Deus como conduta e a glória do Senhor como objetivo. ?Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém? (Romanos 11.36).

E há motivos de sobra para depositarmos no Pai nossa inteira confiança. Pense bem: Deus é o Criador da família. Ele criou todas as coisas, fez o homem e a mulher e os uniu em casamento. E instituiu o casamento para todas as gerações. Como Autor da vida, é Ele quem dá os filhos aos casais. Deus também é Dono da família. Tudo que foi criado pertence a Deus. Portanto, a família lhe pertence. ?Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam? (Salmos 24.1).

Sendo o Criador, o Dono e o Sustentador da família, é natural que o Pai celestial tenha um propósito para ela, assim como ele reserva um plano para todas as criaturas e para o universo, como um todo. Isto significa que também para os lares o Senhor traçou uma meta. ?(...) nele (...) também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade? (Efésios 1.11).

Nem sempre a idéia de submeter a família ao plano de Deus agrada. Há quem prefira determinar os próprios rumos, desprezando a vontade e a autoridade que o Senhor exerce em amor. No entanto, quando nos conscientizamos de que a família existe para a glória daquele que a criou, a consequência natural é a felicidade e o bem-estar ? que constituem os acréscimos, não o propósito central. O fim supremo da família é a glória de Deus. ?Mas buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas? (Mateus 6.33).
Entender este propósito de Deus para a família é fator fundamental para a compreensão da importância de mantê-la viva ? afinal, a grande mensagem da Ressurreição é a vida. Há perguntas cuja resposta é crucial para a saúde do lar. Para que Deus instituiu o casamento? Por que deu uma esposa a Adão? Para que fez homem e mulher uma só carne?

Deus tem um propósito eterno: desde antes da fundação do mundo, determinou ter uma família com muitos filhos semelhantes a seu Filho Jesus. "Porque aqueles que antes conheceu, também os predestinou para que fossem feitos conforme à imagem de seu Filho, para que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8.29). Boa parte dos problemas enfrentados pela família ocorre em função da falta de disciplina em relação aos projetos do Senhor para as vidas de seus filhos "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios 1.4-5).

A família existe em função do propósito eterno de Deus, para cooperar com sua realização. Deus quer ser pai de uma grande família. Malaquias afirma o propósito de Deus ao fazer do homem e da mulher "uma só carne", quando diz: "E não fez Ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito" E por que somente um?

Não é que buscava descendência piedosa?
"Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade? (Malaquias 2.15).

Não foi Adão quem quis ter uma família, mas Deus deu aos homens a capacidade de se multiplicar e ter filhos. E aprouve a Deus gerar, a partir desta descendência, muitos homens e muitas mulheres que se tornaram filhos por meio de Jesus Cristo. ?Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea? (Gênesis 2.18). Deus não deu ao homem uma simples companheira, mas uma ajudadora idônea, para que neles e através deles pudesse realizar seu plano.

Tenha sempre isto em mente: a família foi programada para Deus para cooperar com o propósito eterno do Senhor. E assim como a sepultura não foi capaz de impedir a realização deste propósito, também a família pode viver ainda hoje o milagre da Ressurreição.
Autor: Carlos Alberto Bezerra


Nesta lição, considerando alguns fatores que orientam a dinâmica familiar, veremos o que devemos fazer para construir um relacionamento saudável em nossa casa.
Junte sua família e boa aula!

Referências: http://solascriptura
crescendoparaedifica.blogspot.com
Crédito-Revista: Editora Central Gospel.


Vídeos aulas:
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