11 de maio de 2021

Aula Bíblica Adultos – Lição 07: O Ministério de Profeta

✋ A paz do Senhor.
👉 Vejam estas sugestões abaixo:
👉 Apresentem o título da lição: O Ministério de Profeta
Trabalhem este tema, seguindo os itens abaixo:
- Profeta no Antigo Testamento:


Nomes de profetas do AT

Tipos e finalidades da mensagem

Ofício

Perseguição

- Profeta no Novo Testamento:

Atuação do profeta junto ao Apóstolo

Liderança da igreja do 1º. Século

Ofício

- Ministério Profético na atualidade

- Verdadeiros e falsos profetas.


Entre os dons ministeriais concedidos a Igreja, encontra-se o dom ministerial de profeta. 
Nesta lição traremos a definição do termo profeta; analisaremos as diferenças entre o ministério de profeta do Antigo do Novo Testamento; e, por fim, destacaremos quais as características que qualificam um profeta verdadeiro dum falso.
Professores, para introduzir o terceiro tópico da lição reproduza na lousa a seguinte afirmação:
De todos os dons espirituais, um dos que mais devemos desejar é seguramente o de discernimento. 
Nós ouvimos muitas vozes e não podemos seguir todas elas (Gilbert Kirby) [por outro lado] a palavra de Deus ensina que a nossa razão é parte da imagem divina na qual Deus nos criou” (Cristianismo Equilibrado, CPAD, pp.12,22). 
Após a leitura, discuta com os alunos sobre o texto ora lido. 
Em seguida, à luz de Mateus 7.15-20, argumente sobre a necessidade de identificarmos a figura do falso profeta e não deixarmos nos enganar por ele.
Lição:
💨 Trabalhem os pontos levantados na lição sempre de forma participativa e contextualizada.

TEXTO ÁUREO
  
1Corintios 12.28
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.


VERDADE PRÁTICA
O ministério de profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.


LEITURA DIÁRIA
   Segunda - At 3.22
Jesus  o profeta prometido

Terça - At 11.27
Profetas na igreja primitiva

Quarta - Lc 11.49
Profetas enviados por Deus

Quinta - 1Co 14.3
O ministério do profeta

Sexta - 1Ts 5.20
Não despreze as profecias

Sábado - Ap 3.22
O Espírito fala às igrejas



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
  1 Coríntios 12.27-29
27 - Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

28 - E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

29 - Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?


  Efésios 4.11-13.
11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.


Bíblia online
Bíblia sagrada online


HINOS SUGERIDOS

Harpa Cristã: 141




Harpa Cristã: 215




Harpa Cristã: 438


INTERAÇÃO
O ministério de profeta é um dom de Deus para a igreja atual. 
O profeta é chamado para falar segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita. No Antigo Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos israelitas a mensagem divina.

Em o Novo Testamento os profetas não perderam a preeminência. Eles, juntamente com os apóstolos, eram as colunas da Igreja. Atualmente, temos a Bíblia, a profecia maior, porém o Senhor continua a levantar e a usar seus porta-vozes para revelar a sua mensagem ao seu povo.



OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
*   Descrever a função do profeta no Antigo Testamento.
*   Compreender o ofício do profeta em o Novo Testamento.
*   Discernir o verdadeiro do falso profeta.



INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Profeta: Porta-voz oficial da divindade.
A lição desta semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos deste dom à luz da Bíblia, mas também considerando o contexto histórico e cultural do Antigo e do Novo Testamento. O ministério de profeta é altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com o ensino dos apóstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de qualquer tempo e lugar.


I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito. 
O profeta do Antigo Testamento era a pessoa incumbida para falar em nome de Deus. O Altíssimo fazia dele o seu porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na Terra. Quando Deus levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nação israelita, e até mesmo a povos ou nações estranhas (Jr 1.5). 
Ao longo de toda a história veterotestamentária o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome: Samuel, o último dos juízes e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm 3.19,20), Elias e Eliseu (1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25), a profetisa Hulda (2Rs 22.14-20) e muitos outros, como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel.


2. O ofício. 
Através da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas. Expressões como “veio a mim a palavra do Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a mensagem divina (Jr 1.4; Is 45.1). Símbolos e visões também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr 31.28; Dn 7.1). Num primeiro momento, o profeta exercia um importante papel de conselheiro no palácio real (Natã, cf. 2Sm 12.1; 1Rs 1.8,10,11). Contudo, após a divisão do reino de Israel, o profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava diretamente a prepotência da nobreza, a dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (Jr 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12).


3. O profetismo. 
De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), o profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado do século VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá. O objetivo desse movimento era “restaurar o monoteísmo hebreu”, “combater a idolatria”, “denunciar as injustiças sociais”, “proclamar o Dia do Senhor” e “reavivar a esperança messiânica”. Foi nesse tempo que os verdadeiros profetas em Israel foram cruelmente surrados, presos e mortos.


SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome de Deus, em primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo, para povos estranhos.


II. O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento. Como já vimos, em Efésios 4.11 são mencionados cinco ministérios que exerciam papéis fundamentais na liderança da Igreja Antiga: apóstolo, profeta, evangelista, pastor e doutor. Não por acaso, o termo “profeta” aparece na segunda posição da lista apresentada em 1 Coríntios 12.28; Efésios 4.11. O profeta é identificado três vezes na epístola aos Efésios como alguém que acompanhava os apóstolos (2.20; 3.5; 4.11). A Bíblia afirma que os “concidadãos dos Santos e da família de Deus estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas [...]” (Ef 2.19,20). Aqui, a Bíblia denota a importância do ministério de profeta na liderança da Igreja do primeiro século.


2. O ofício do profeta neotestamentário. 
Seu ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si. Não! De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, o profeta neotestamentário era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo. Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, conforme instrui-nos a Bíblia de Estudo Pentecostal, seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja (At 3.12-26; 1Co 14.3). “Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)”. Por causa da mensagem de justiça que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusão espiritual, inclusive na igreja, não há outro jeito: ele fatalmente será rejeitado e perseguido por muitos.


3. O objetivo do dom ministerial de profeta. 
A função do profeta do Novo Testamento é apresentada por Paulo no mesmo bloco de versículos em que ele menciona os cinco ministérios em Efésios (4.11-16). Ou seja, o profeta é chamado por Deus a levar a igreja de Cristo a uma plena maturidade cristã, pois como um organismo vivo, a Igreja, o Corpo de Cristo, deve desenvolver-se para a edificação em amor (v.16). Para que tal seja uma realidade, os profetas do Senhor devem desempenhar suas funções, capacitados e dirigidos pelo Espírito Santo.


SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os profetas em o Novo Testamento desempenhavam um importante papel de liderança nas igrejas locais.


III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância. 
Duas características do verdadeiro profeta são a simplicidade e o amor. Ainda que a Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a sua conduta simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor. Lembremo-nos de Jeremias (38.14-27), Oseias (8.12) e do próprio Senhor Jesus (Mt 23.37). Já o falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios. Profetiza objetivando a autopromoção. Ele mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Hananias, o profeta mentiroso que enfrentou Jeremias (Jr 28.10-12).


2. Pelos frutos os conhecereis. 
Uma advertência séria de Jesus para os seus discípulos foi acerca da precaução com os falsos profetas. Como reconhecê-los? Jesus disse que os reconheceríamos “pelos seus frutos” (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto”, do que o profeta “diz” e “faz”, revela o seu caráter. Logo você conhecerá de onde procede a “árvore” (o profeta). Lembre-se de que não devemos diferençar o verdadeiro profeta do falso pela “performance” ou pelo “espetáculo”, mas pelos frutos que eles produzem.


3. Ainda sobre o falso profeta. 
Apesar de o falso profeta ser arrogante e iníquo, ele fala com grande eloquência, e isso basta para que ele seja tido como verdadeiro. Na obra Assim Diz o Senhor? (CPAD), John Bevere diz que falsos profetas “são aqueles que ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferências, os que partem o coração dos justos, [e que] embora o ministério seja apresentado em nome de Jesus, não é desempenhado pelo seu Espírito”. Não tenha medo! Na autoridade do Espírito de Deus, “acautele-se” dos falsos profetas. Seja prudente! O Espírito Santo mediante o Evangelho te fará discernir a procedência desses enganadores. Não se deixe conduzir por eles!


SINOPSE DO TÓPICO (III)
Uma das formas de reconhecer o falso profeta é identificar a sua arrogância e a podridão dos seus frutos.


CONCLUSÃO
Acabamos de estudar o exercício do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. Vimos que tal ministério, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares na liderança da Igreja do primeiro século (Ef 2.20). Apesar de ao longo da história da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminência, sabemos o quanto ele é importante para a vida espiritual da Igreja de Cristo. O profeta do Senhor, com autoridade e sabedoria divina deve desmascarar as injustiças, o falso profetismo e primar pela edificação da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus levante os legítimos profetas!


VOCABULÁRIO
Performance: Atuação, desempenho, representação.
Protognóstica: Relativo à época de origem do gnosticismo. Possivelmente, entre o século I e II d.C.
Antinomismo: Relativo ao que é contra a lei; oposição a lei. No sentido de não aceitar que exista de fato uma norma geral.


   
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, defina o conceito de profeta no Antigo Testamento.
R. O profeta do Antigo Testamento era a pessoa encarregada de falar em nome de Deus.



2. O que foi o profetismo?
R. O profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado de VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.



3. Quais são os cinco ministérios mencionados em Efésios 4.11?
R. Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores.



4. Em que consistia o ofício de profeta no Novo Testamento?
R. Seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.



5. Cite duas características do verdadeiro profeta.
R. A simplicidade e o amor.




  
Vídeos aulas:
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Os verdadeiros Profetas e os Falsos Profetas (7.15-23)
O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o tema. João Batista fala que a impenitência dos fariseus e saduceus é como árvores ruins (cf. Mt 3.8-12). Em Mateus 12.33,35 Jesus une a acusação dos fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama de blasfêmia contra o Espírito Santo. [...] Em algumas comunidades a prova para as profecias lidava com a negação protognóstica da carne de Jesus Cristo (1Jo 4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl 1.8,9). Aqui Mateus identifica que o fruto do erro é o antinomismo, chamando estas pessoas de: ‘Vós que praticais a iniquidade’ (Mt 7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina e o estilo de vida são os critérios para discernimento” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1., 4.ed., RJ: CPAD, 2009, pp.61-62).



SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Ministério de Profeta
O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias?
Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?

Os exemplos são diversos.
Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar o ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome de Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20) — por isso achava-se respeitada na comunidade cristã de Tiatira induzindo a muitos para a prostituição.

Outros exemplos são profusos na história da Igreja.
Podemos começar por um documento cristão antigo datado do segundo século: “Didaqué: A Instrução dos Doze Apóstolos”. Apesar de se chamar “A instrução dos Doze”, o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de Cristo, mas formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre “A Vida em Comunidade”, os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.

Empurrado para o ralo da heresia pela igreja romana e pelos sensacionistas, e devido à autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo inclusive atraído um dos mais importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano.

O que dizer sobre Catarina de Siena, Tereza Dávila — mulheres que denunciaram profeticamente a corrupção de Roma —, John Huss, John Wycliffe e tanto outros gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como verdadeiros profetas e profetisas?

À semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade estava corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo Testamento; assim ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade?



SUBSIDIO
O MINISTÉRIO DE PROFETA
(I Co 12.27-29; Ef 4.11-13)

INTRODUÇÃO
Entre os dons ministeriais concedidos a Igreja, encontra-se o dom ministerial de profeta. Nesta lição traremos a definição do termo profeta; analisaremos as diferenças entre o ministério de profeta do Antigo do Novo Testamento; e, por fim, destacaremos quais as características que qualificam um profeta verdadeiro dum falso.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA PROFETA

1.1 No Antigo Testamento. 
A palavra hebraica para profeta é “nabi”, que vem da raiz verbal “naba”. Essa palavra significa “anunciador”, e por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por revelação ou discernimento intuitivo. Os temos hebraicos “roeh” e “hozeh” também são usados. Ambos significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente”. Todas as três palavras aparecem em I Cr 29.29. “Nabi” é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Alguns poucos exemplos são (Gn 20.7; Êx 7.1; Nm 12.6; Dt 13.1; Jz 6.8; I Sm 3.20; II Sm 7.2; I Rs 1.8; II Rs 3.11; Ed 5.1; Sl 74.9; Jr 1.5; Ez 2.5; Mq 2.11) (CHAMPLIN, 2004, p. 423).


1.2 No Novo Testamento. 
A palavra comumente usada é “prophétes”, que aparece por cento e quarenta e nove vezes, que exemplificamos com (Mt 1.22; 2.5,16; Mc 8.28; Lc 1.70,76; 7.16; Jo 1.21,23; 3.18,21; Rm 1.2; 11.3; I Co 12.28,29; 14.29,32,37; Ef 2.20; Tg 5.10; I Pe 1.10; II Pe 2.16; 3.2; Ap 10.7; 11.10). 
O substantivo “propheteía”, “profecia”, é usado por dezenove vezes no NT (Mt 13.14; Rm 12.6; I Co 12.10; 13.2,8; 14.6,22; I Ts 5.20; I Tm 1.18; 4.14; II Pe 1.20,21; Ap 1.3; 11.6; 19.10; 22.7,10,18,19). 
Essas palavra derivam do grego “pro”, “antes”, “em favor de”, e “phemi”, “falar”, ou seja, “alguém que fala por outrem”, e por extensão, “intérprete”, especialmente da vontade de Deus (CHAMPLIN, 2004, p. 424).


II – DIFERENÇA ENTRE O PROFETA DO AT E DO NT
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o profeta era um “porta-voz oficial da divindade, sua missão era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do Único e Verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 305). Todavia, eles eram diferentes um do outro, como veremos abaixo:


2.1 O profeta no Antigo Testamento. 
Os profetas foram homens que Deus suscitou durante os tempos sombrios da história de Israel (II Rs 17.13). “No Antigo Testamento, este ofício era de âmbito nacional. Quando Deus levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda a nação e até para povos estranhos” (RENOVATO, 2014, p. 84). Na Teologia, o período do surgimento dos profetas é nomeado de “profetismo” aludindo ao “movimento que, surgido no Século VIII a.C., em Israel, tinha por objetivo restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica num povo que já não podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista também é visto como o último representante deste movimento” (ANDRADE, 2006, p. 305). Os profetas veterotestamentários podem ser classificados como profetas orais e literários.


PROFETAS ORAIS
Foram homens chamados para o ministério profético que não deixaram registros escritos, embora que outros escreveram acerca deles e de suas profecias. 

Dentre eles, destacamos: 
Gade (I Sm 22.5); 
Natã (II Sm 12.1); 
Aías (I Rs 11.29); 
Senaías (I Rs 12.22); 
Azarias (II Cr 15.1); 
Hanani (II Cr 16.7); 
Jeú (I Rs 16.1); 
Jaaziel ( II Cr 20.14); 
Elias (I Rs 17.1); 
Micaías (I Rs 22.14); 
Eliseu (II Rs 2.1), etc.

PROFETAS DA ESCRITA
Quase todos os “profetas da escrita” escreveram depois de terem sido “profetas da palavra”. 
Encontramos 17 livros proféticos no AT, sendo que cinco deles são denominados de Profetas Maiores (de Isaías a Daniel) e doze de Profetas Menores (de Oséias a Malaquias). São assim chamados, não por causa da sua importância, e sim, pelo conteúdo do livro e pela duração de seu ministério.


2.1.1 Funções exclusivas dos profetas do Antigo Testamento. 
O profeta do AT era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus tinha outras atribuições, tais como:

(1) Ungir reis (I Sm 9.16; 16.12-13; I Rs 19.16);

(2) Aconselhar reis (I Sm 10.8; 21.18; II Sm 12; II Rs 6.9-12); 

(3) Ser consultado pelas pessoas (I Sm 9.8-10; I Rs 14.5; 22.7; 22.18; Jr 37.7). Os oráculos dos santos profetas que estão no cânon sagrado não estão a mercê de julgamento humano (II Pe 1.21).


2.2 O profeta no Novo Testamento. 
“Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da Igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo” (STAMPS, 2012, p. 1814). 
Portanto, os profetas são ministros pregadores cuja prédica pode ser uma mensagem de edificação, exortação e consolação dos crentes (I Co 14.3). Na Igreja Primitiva e em Antioquia havia homens que exerciam este ministério (At 13.1). “Em Atos 15.23, temos o profeta consolando, fortalecendo e aconselhando. É certo também que o título de profeta poderia ser usado para designar o ministério de alguns obreiros, em virtude da sua natureza sobrenatural, pela abundância da inspiração com que proclamam os oráculos de Deus” (SOUZA, 2013, pp. 33,34). Eis algumas características do ministério profético no NT: 

(1) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina (At 2.14-36; 3.12-26; I Co 12.10; 14.3); 

(2) Exercia o dom de profecia (At 13.1-3); 

(3) Às vezes prediz o futuro (At 11.28; 21.10,11).


III – DIFERENÇA ENTRE O DOM DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA
3.1 Dom de profeta (permanente). 
A palavra “ministro” (I Co 3.5; 4.2; II Co 3.6; 6.4) significa um servo de Deus que ocupa um “ministério” (I Co 4.1,2. II Co 6.3), que é um encargo constituído por Deus, que, da parte de Cristo (II Co 5.20), funciona na “Igreja do Deus vivo” (I Tm 3.15). Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas constituíam o ministério da Palavra de Deus, impulsionado por inspiração profética. Por meio dessa inspiração, esse ministério é acompanhado de “edificação, exortação e consolação”, que são evidências da operação do verdadeiro espírito da profecia (I Co 14.3).

Observamos, assim, que o simples uso do dom de profecia não faz de ninguém um profeta, pois profeta é um ministro da Palavra (At 21.9,10) (BERGSTÉN, 2007, pp. 115,116).


3.2 Dom de profecia (esporádico). 
“Profecia é uma mensagem de Deus dada a pessoa a quem o Espírito manifesta este dom. Tal pessoa deve transmiti-la exatamente como a recebeu (Jr 23.28). A atitude de quem profetiza deve ser “A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei” (Nm 22.38-b). A mensagem recebida por inspiração do Espírito Santo não é transmitida mecanicamente, mas fiel e conscientemente (I Co 14.32). No momento em que a profecia é transmitida, não é Deus quem está falando, mas é o homem quem está transmitindo o que de Deus recebeu (I Co 14.29).

Se fosse o próprio Deus falando, não haveria necessidade de se julgar a mensagem como a Palavra nos orienta que faça” (I Co 14.29; I Ts 5.21) (BERGSTÉN, 2007, p. 113 – grifo nosso).


IV – CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO E DO FALSO PROFETA

Em Mt 24.11, Jesus disse que, à medida que se aproximassem os últimos dias, surgiriam muitos falsos profetas. 
Esses tais pregariam um evangelho misto, permissivo, e deturpado, no intuito de conduzir os incautos ao erro sob o pretexto de terem recebido novas “unções” e “revelações”. Abaixo destacaremos algumas características do verdadeiro e do falso profeta para que possamos distinguir um do outro:


PROFETA VERDADEIRO
Zelo pela pureza da Igreja (Jo 17.15-17; I Co 6.9-11; Gl 5.22-25)


Profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e detestar iniquidade (Rm 12.9; Hb 1.9).


Profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; II Co 11.12-15).


Dependência contínua da Palavra de Deus para validar a sua mensagem (Lc 4.17- 19; I Co 15.3,4; II Tm 3.16; I Pe 4.11).

Interesse pelo sucesso espiritual do Reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).


PROFETA FALSO

Aparência de piedade, mas cheios de malícia interior (Mt 7.15)

Mercenários (II Pe 2.3)

Pregadores de heresias (II Pe 2.1).

Operadores de sinais para engano e autopromoção (Mt 24.11).

Gostam de ser louvados (Lc 6.26).


CONCLUSÃO
Assim como nos primórdios, a igreja atual, precisa que Deus continue levantando homens com o dom ministerial de profeta, a fim de que usados pelo poder do Espírito Santo, transmitam mensagens que venham produzir no povo de Deus o desejo de uma vida de mais santidade, obediência irrestrita a Palavra de Deus e profunda comunhão com Ele.
REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
RENOVATO, Dons Espirituais & Ministeriais. CPAD.
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Fonte: portalrbc1.
Fonte: Blog do Marcos Lino

Para concluir, utilizem a:
Dinâmica: Mensagem
Objetivo:
Finalizar o estudo sobre o dom de Profeta.

Material:
Palavras digitadas e recortadas: confrontar, autenticidade, engano, vigilância, consequências, mensagem, aceitação, verdade, ousadia, espiritual, profeta, confirmação, desafio, perseguição, conselhos, advertência, juízos.
Procedimento:
- Organizem os alunos em círculo.

- Coloquem as palavras no centro do círculo.

- Leiam em voz alta cada palavra.

- Falem: Estas palavras fazem referência ao tema da lição.

- Solicitem que cada aluno escolha duas palavras dentre as indicadas abaixo e forme uma frase sobre o tema estudado.

Confrontar, autenticidade, engano, vigilância, consequências, mensagem, aceitação, verdade, ousadia, espiritual, profeta, confirmação, desafio, perseguição, conselhos, advertência, juízos.

- Todos os alunos devem participar. Se houver alguém com dificuldade, procurem ajudá-lo para que se sinta participante da atividade.

- Finalizem, lendo Mateus 24.04: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane”. 
Falem sobre discernimento espiritual que devemos ter, para não sermos enganados.
Fonte da dinâmica-por Sulamita Macedo.//blog//atitudedeaprendiz.blogspot.com.br
Fonte: Crédito, Lições Bíblicas-Cpad-Adultos
2º Trimestre de 2021
Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


Adultos - Lições Bíblicas Cpad: 2° Trimestre de 2021: Estudaremos: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos Homens com Poder Extraordinário



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