Arqueólogos israelenses apresentaram nesta segunda-feira (16) uma parte oculta do Muro das Lamentações descoberta recentemente e os vestígios do primeiro edifício público romano encontrado na Cidade Velha de Jerusalém.
O arqueólogo Joe Uziel, que participou das escavações, afirmou que ele e seus colegas sabiam da existência de uma parte não descoberta do Muro das Lamentações e esperavam encontrar uma rua romana em sua base.
"Mas à medida que cavávamos, fomos percebendo que não conseguíamos encontrar a rua. Em vez disso, descobrimos um edifício circular", declarou à imprensa no lugar da descoberta.
"Percebemos que, na verdade, estávamos descobrindo uma estrutura do tipo teatro (romano)", acrescentou Uziel.
O uso de carbono 14 e outros métodos de datação permitiu determinar que o edifício remonta ao século II ou III da nossa era, mas sua construção nunca foi concluída.
A autoridade de Antiguidades israelense, que realizou as escavações durante dois anos, detalhou que várias fontes históricas mencionam o edifício, mas foi necessário um século e meio de pesquisas arqueológicas modernas para encontrá-lo.
A parte do Muro das lamentações descoberta tem 15 metros de largura e oito de altura. As pedras utilizadas em sua construção estão bem preservadas, embora o conjunto tenha permanecido debaixo de oito metros de terra durante 17 séculos, detalhou a autoridade.
O Muro das Lamentações é o único vestígio de um muro de contenção do Segundo Templo judaico de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era. Junto a essa construção se estende o Monte do Templo, o lugar mais sagrado do judaísmo, conhecido como Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos, que o consideram o terceiro lugar mais sagrado da sua religião.
A Cidade Velha se encontra em Jerusalém Oriental, a parte palestina da localidade ocupada e anexada por Israel.
Fonte: AFP
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