O grupo islamita Hamas rejeitou nesta quarta-feira as palavras do presidente americano, Donald Trump, que disse aceitar "uma solução de um ou dois Estados", como preferirem israelenses e palestinos.
"Todos os governos americanos, incluindo o de Trump, sempre estiveram orientados para a ocupação israelense e nunca atuaram de maneira séria para dar ao povo palestino seus direitos", criticou Hazem Qasem, porta-voz do Hamas, em entrevista em Gaza.
Washington, acrescentou, "deu cobertura às agressões da ocupação e o confisco da terra palestina. A retratação americana de sua frágil posição e atitude se interpreta basicamente como o aumento da crescente inclinação americana, especialmente com Trump".
O apoio à solução de um Estado representa uma mudança na postura dos EUA em relação ao Oriente Médio, que durante os últimos 20 anos defendia um Estado palestino e outro israelense como base das negociações de paz.
Horas antes da entrevista coletiva que Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, concederam em Washington, um alto cargo da Casa Branca colocou em dúvida este enfoque, ao considerar que até agora não tinha levado à paz, e que "talvez" fosse preciso descartá-lo.
Netanyahu, por sua vez, se reuniu com o presidente americano pressionado pela direita nacionalista israelense, que quer a solução de dois Estados oficialmente descartada e pede o avanço em direção à anexação dos territórios palestinos.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) defendeu nesta quarta-feira que a única alternativa aos dois Estados é um só Estado "democrático, secular e com igualdade de direitos para judeus, cristãos e muçulmanos. Um Estado democrático para todos em toda a Palestina histórica".
Fonte: EFE
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