O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, rejeitou neste domingo a proposta do enviado especial da ONU para o país, Staffan de Mistura, de estabelecer uma administração autônoma no leste de Aleppo.
Em entrevista coletiva realizada em Damasco, Muallem informou que o governo sírio classificou de "completamente impugnável" a ideia proposta pelo enviado especial, que está em visita ao país.
"A iniciativa desafia a soberania do território sírio e recompensa os terroristas", disse o chanceler, em referência aos rebeldes que controlam a parte leste da cidade.
"Não percebemos em De Mistura um desejo de continuação do diálogo entre os sírios. Talvez esteja esperando o novo governo dos Estados Unidos ou uma nova orientação da ONU", completou o ministro.
Sobre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Muallem disse que deseja não só o fim do apoio norte-americano aos rebeldes, mas que os EUA também impeçam outros países de apoiá-los.
"É prematuro prever como será a nova política dos EUA para a Síria. Sabemos que há grupos de pressão e conselheiros que terão algo a dizer. A política de Obama foi equivocada e a chave para corrigi-la é através do diálogo russo-americano", afirmou.
O chanceler acusou o governo de Obama de querer apenas conter, e não eliminar, o Estado Islâmico durante os dois anos de bombardeios da coalizão internacional liderada pela Casa Branca.
Muallem afirmou, além disso, que existem interesses comuns entre o Exército do país e o do Iraque para impedir que os terroristas do Estado Islâmico entrem na Síria após fugirem de Mossul, atualmente alvo de uma grande ofensiva.
Fonte: EFE
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