Um dos primeiros delatores da Lava Jato, doleiro cumprirá quatro meses de prisão domiciliar em São Paulo e depois passará ao regime aberto
O doleiro Alberto Youssef deixou a prisão nesta quinta-feira (17) após dois anos e oito meses sob custódia na Operação Lava Jato. Um dos delatores que abriram caminho para as revelações da operação, Youssef é personagem emblemático da investigação sobre corrupção e propinas na Petrobras.
Ele deixou a Superintendência da PF em Curitiba – base da Lava Jato – por volta das 13h50 e se dirigiu à sede da Justiça Federal para colocar tornozeleira eletrônica.
O doleiro vai cumprir quatro meses de prisão domiciliar em um apartamento alugado em São Paulo, antes de se tornar um homem livre totalmente – o que está marcado para 17 de março de 2017.
O direito ao regime domiciliar foi o prêmio obtido em troca da confissão de culpa nos crimes contra a Petrobras e da entrega de provas de novos delitos, então ainda desconhecidos da força-tarefa do Ministério Público Federal. Pelo acordo, fechado em setembro de 2014, a pena máxima de prisão ficou limitada a três anos.
Braço direito do ex-deputado federal José Janene, ex-líder do PP que deu origem ao esquema de cartel e propinas na Petrobras, morto em 2010, Youssef foi alvo principal da primeira fase das investigações, deflagrada em 17 de março de 2014. O doleiro foi preso em São Luís (MA).
O doleiro deixará Curitiba direto à capital paulista, onde vai morar em um apartamento de pouco mais de 50 metros quadrados. O novo endereço do delator, no entanto, fica em na região com o metro quadrado mais caro da cidade, o bairro Vila Nova Conceição.
Com vista para o Parque do Ibirapuera – um oásis na capital paulista -, o doleiro só poderá descer até a academia do condomínio e se deslocar para atendimentos médicos.
Fonte: Veja
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