A mudança do padrão de circulação dos ventos que se movem na área da estratosfera que se encontra acima das regiões tropicais da Terra – um fenômeno cuasibienal, que não tinha sido observado em décadas - ainda não causou impacto imediato sobre o clima da Terra, mas atraiu o interesse de vários cientistas da NASA.
O responsável do estudo que documentou esta variação, que já apareceu na revista Geophysical Research Letters, Paul Newman, é investigador principal de Ciências Terrestres, no Centro de Vôo Espacial Goddard, da NASA, e compara o fenômeno com o gêiser do parque nacional de Yellowstone (Wyoming, EUA), uma das características geográficas mais previsíveis do mundo que "se um dia não for ativada, você se perguntaria o que acontece no subsolo."
As correntes da estratosfera tropical – a camada atmosférica de cerca de 16.000 a 48.000 metros de altura – circulam em direção leste e oeste de maneira alternada a cada 28 meses. Em primeiro lugar, os fluxos Ocidentais que estão no topo descem gradualmente e dão lugar para aos do Oriente; em seguida, ventos do leste são os que descem, enquanto sobem os do Ocidente. Esta oscilação cuasibienal conhecida desde 1953 influencia a quantidade de ozono na atmosfera.
No final de 2015, os especialistas observaram estranhas mudanças no comportamento: ventos de oeste subiram e bloquearam o fluxo descendente do Oriente. Apesar de tudo, tudo voltou ao normal em julho deste ano, Newman e seus colegas estudaram as causas e possíveis consequências deste fenômeno.
Uma explicação poderia ser o impacto causado durante este período, o fenômeno climático El Niño, embora os investigadores não descartarem que o motivo foi o aumento das temperaturas que vive o nosso planeta durante anos. Em suma, estes especialistas tentam descobrir se este é um 'cisne negro', um evento que ocorre apenas uma vez em uma geração, ou “um canário em uma mina de carvão”: uma alteração resultantes das alterações climáticas de consequências desconhecidas.
Tradução: Últimos Acontecimentos.
Fonte: RT.
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