12 de agosto de 2016

Noticia: Partido Comunista chinês cancela benefícios sociais de cristãos

A decisão do governo é outra tentativa de interromper o crescimento do cristianismo no país

Um órgão governamental na província central de Guizhou, China, anunciou que vai cancelar a ajuda financeira dos cidadãos que frequentam as atividades das igrejas cristãs. É a mais nova tentativa de interromper o crescimento do cristianismo no país, segundo a China Aid.

O “benefício” é uma espécie de ajuda de custo dada pelo governo, especialmente para os mais velhos, já que o sistema de aposentadoria no país é bastante deficiente. Para as famílias mais pobres é uma importante complementação de renda.

Mou, membro da uma igreja doméstica da região, disse: “(As autoridades) Anunciaram que a partir de julho os cristãos não poderiam mais ter os benefícios nem qualquer seguro de velhice… Agora, (o Partido Comunista) pediu ao governo das cidades e aldeias que os crentes se registrem, assinando um compromisso que, se eles se reuniram novamente, o auxilio seria cortado”.

Esse tipo de pressão não é nova e já foi implantada anteriormente. Zhang Shucai, membro de uma das igrejas afetadas revela que seus pais, que são cristãos e já idosos, tiveram seus benefícios cancelados por não terem abandonado sua fé.

Ele explica que a maioria dos fiéis que foram punidos pelo governo não sabem como defender seus direitos. O regime chinês é comunista e tudo passa pelo governo. O temor agora é que essa lei passe a valer em todo o país.

Comunistas querem o fim da igreja

Durante décadas a perseguição contra os cristãos na China não ocorria de forma tão intensa.

O país é governado pelo Partido Comunista desde 1949. Na década de 1970, Pequim anunciou que desistiria de tentar erradicar a religião organizada. Mas desde que Xi Jinping passou a ser presidente, tem defendido que “todos os esforços devem ser feitos para incorporar religiões à sociedade socialista”.

Ano passado, ele anunciou que o Partido, que continua sendo o único oficial, irá restringir a participação de pessoas “viciadas em religião”, numa alusão específica aos cristãos.

Sob sua orientação, centenas de igrejas domésticas foram fechadas, seus líderes interrogados e ameaçados, além da retirada à força de cruzes de mais de 1.800 igrejas. A perseguição contra os cristãos na China cresceu 700% na última década.

A China Aid, missão evangélica que acompanhar a luta pela liberdade religiosa no país mais populoso do mundo, acredita que apesar do agravamento da situação, há esperança. “Vemos com grande esperança o rápido crescimento do movimento de igrejas subterrâneas em toda a China e acreditamos firmemente que o amor e a justiça de Deus acabarão por encher a vasta extensão desta nação”.

Oficialmente, existem hoje cerca de 100 milhões de cristãos no país mais populoso do mundo. Estudiosos acreditam que o número pode ser 3 vezes maior. Ao mesmo tempo, os membros do Partido Comunista Chinês totalizam 86,7 milhões, sendo que a maioria é comunista só de nome.
Fonte: Gospel Prime


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