19 de agosto de 2016

Noticia: Conselho de Ética escolhe relator de processo contra Bolsonaro e Wyllys

O deputado federal Odorico Monteiro (PROS-CE) será o relator do processo disciplinar que tramita no Conselho de Ética da Câmara que pode culminar na cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A escolha de Monteiro foi divulgada pela assessoria do colegiado na tarde desta quarta-feira (17).

Monteiro foi um dos três deputados sorteados na semana passada para relatar o caso. Além do parlamentar do PROS, integravam a lista tríplice os deputados João Carlos Bacelar (PR-BA) e Silas Câmara (PRB-AM).

Coube ao presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolher relator do processo disciplinar de Bolsonaro.

O deputado do PSC foi acusado pelo PV de ter quebrado o decoro parlamentar ao reverenciar o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ulstra – que morreu em 2015 – durante a votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara.

Ustra foi o primeiro militar brasileiro a responder por um processo de tortura durante a ditadura (1964-1985). Durante o período em que ele chefiou o DOI-Codi, de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, foram registradas, ao menos, 45 mortes e desaparecimentos forçados, concluiu relatório da Comissão Nacional da Verdade.

De acordo com a representação apresentada pelo PV, a referência de Bolsonaro à memória do coronel constitui uma “verdadeira apologia ao crime de tortura”.

Jean Wyllys

Nesta quarta, o presidente do Conselho de Ética também anunciou o relator do processo de cassação do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Caberá ao deputado Júlio Delgado (PSB-MG) elaborar o parecer que recomendará a perda do mandato ou o arquivamento do caso.

Autor do pedido de cassação contra Jean Wyllys, o PSC – partido de Bolsonaro – acusa o parlamentar do PSOL de ter ofendido Bolsonaro e os deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) ao dizer em uma rede social que o “discurso de ódio proferido por essas pessoas pode levar pessoas de bem a praticar atos de violência física contra membros da comunidade LGBT”.
Fonte: G1


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