"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
Forças pró-governo líbio avançavam rapidamente em sua ofensiva na cidade de Sirte contra o grupo Estado Islâmico (EI), após tomarem dos jihadistas o porto e vários bairros nas últimas 24 horas.
No dia seguinte a intensos combates, bombardeios e disparos com artilharia pesada, a violência diminuiu neste sábado entre as forças do governo de união nacional líbio (GNA), reconhecido pela comunidade internacional, e os jihadistas, que controlam Sirte (centro-norte) desde junho de 2015.
As forças do GNA iniciaram sua ofensiva para expulsar o EI de Sirte no último dia 12 de maio. Antes de chegarem àquela cidade, retomaram outras localidades e instalações das mãos dos jihadistas.
O EI se implantou na Líbia no fim de 2014, aproveitando o caos político e a insegurança que reinam no país desde a queda de Muamar Khadafi, em 2011.
"Nossas forças (leais ao GNA) tomaram o controle do porto de Sirte e se instalaram no mesmo", afirmou à AFP Reda Issa, representante do escritório de informação da ofensiva militar antijihadista. Também se apossaram de bairros residenciais próximos ao porto no leste da cidade, assinalou.
As forças pró-GNA e os jihadistas travaram combates violentos. Segundo Issa, houve 11 mortos e 45 feridos em suas fileiras nesta sexta-feira, a maioria atingidos por franco-atiradores do EI posicionados em telhados de prédios.
Segundo Issa, as forças pró-governo cercam agora os combatentes jihadistas em um setor de 5 km² entre o centro e o norte daquela cidade. Desde a última quinta-feira, bloqueiam o litoral com navios da Marinha.
- 'Impressionado' -As forças leais ao GNA entraram na última quarta-feira em Sirte, e progrediam, desde então, rumo ao interior da cidade, com o apoio de ataques aéreos e disparos com artilharia pesada.
O enviado da ONU para a Líbia, Martin Kobler, declarou-se hoje "impressionado com o progresso rápido das forças leais ao GNA em Sirte", em mensagem publicada no Twitter.
Segundo um correspondente da AFP, as tropas do GNA atacavam com tanques, lança-foguetes e artilharia pesada, enquanto lutavam no centro da cidade.
Os confrontos se concentravam em torno do centro de conferências Uagadugu, onde os jihadistas instalaram seu comando. Dezenas de veículos 4x4 estavam mobilizados na estrada que une o oeste da cidade a este complexo.
O número exato de combatentes do EI em Sirte é desconhecido, bem como o número de civis que ainda vivem na cidade.
A perda de Sirte, cidade natal de Khadafi, representaria um grande revés para o EI, que também perde terreno em Iraque e Síria.
Cento e cinquenta quilômetros a oeste de Sirte está localizada a grande cidade de Misrata, de onde decola a maioria dos aviões e helicópteros usados na ofensiva. Grande parte das milícias que compõem as forças leais ao governo de união também procede de Misrata.
"As forças que atacam o EI no oeste e sul são, principalmente, milícias da cidade de Misrata, e acredita-se que sejam 2 mil combatentes", indicou Emily Estelle, especialista em Oriente Médio e norte da África do American Enterprise Institute, com sede em Washington.
Guardas das instalações petroleiras também participam da ofensiva em Sirte.
Outras unidades do Exército mantêm lealdade ao governo paralelo instalado no leste do país, que não reconhece a legitimidade do Executivo de união nacional, dirigido por Fayez al-Sarraj e instalado em Trípoli desde o fim de março.
Fonte: AFP.
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