4 de junho de 2016

Noticia: EUA: EI foi a maior ameaça terrorista do mundo em 2015

"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) continuou sendo em 2015 a "maior ameaça global" do terrorismo,, embora tenha perdido capacidade e controle territorial no Iraque e na Síria, informou nesta quinta-feira o governo dos Estados Unidos.

"O EI manteve uma força formidável no Iraque e Síria, incluindo um grande número de combatentes terroristas internacionais", afirmou o Departamento de Estado em seu relatório anual sobre terrorismo no mundo, correspondente ao ano passado.

"A capacidade e o controle territorial do EI no Iraque e na Síria atingiu seu ponto alto na primavera de 2015, mas começou a decair na segunda metade de 2015. No final de 2015, 40% do território controlado pelo EI no início do ano tinha sido libertado", segundo o governo americano.

O relatório reflete que na Síria as forças locais expulsaram membros do grupo jihadista de várias "cidades-chave" na rota que liga as duas fortificações do EI, Al Raqqah (Síria) e Mossul (Iraque), e recuperaram ao redor de 11% do terreno dominado pelos fundamentalistas.

A cessão territorial também "reduziu os fundos" da organização terrorista, que depende em grande medida da extorsão e da imposição de impostos a populações sob seu controle, assim como do contrabando de petróleo, dos resgates por sequestros, do saque, do roubo de antiguidades e do tráfico de pessoas.

Segundo o documento, os ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA contra infraestruturas energéticas ocupadas pelos jihadistas também "degradaram de forma significativa a habilidade do EI de gerar receita".

Apesar de perder terreno no Iraque e na Síria, o relatório indica que o EI obteve avanços na Líbia "no meio da instabilidade" que reina no país norte-africano, onde sua filial local conta com cerca de "5.000 combatentes terroristas".

Até o final de 2015, lembra o relatório, o EI realizou ataques na França, Líbano e Turquia, o que "demonstra a capacidade da organização para cometer planos letais além do Iraque e da Síria, e também revelou as debilidades das medidas e sistemas de segurança fronteiriça internacional".

"Estes ataques também podem ter se organizado em um esforço para reafirmar uma narrativa de vitória apesar das constantes perdas de território no Iraque e Síria", acrescentou.

Além disso, o Departamento de Estado destaca que o EI, a rede Al Qaeda e filiais de ambos os grupos centraram sua atenção em atentados de vítimas maciças, como os ataques a redes hoteleiras em Burkina Fasso, Mali e Tunísia, e o bombardeio de um avião de passageiros russo.

"Estes complôs foram planejados para minar a segurança econômica, prejudicar economias frágeis, diminuir a confiança nos governos e fomentar mais desavenças de tipo religioso e sectário", ressaltou o governo americano.
Fonte: EFE.


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