3 de junho de 2016

Noticia: Crise: falta de alimentos provoca confrontos na Venezuela

O que Maduro tenta esconder do mundo é que a população venezuelana têm padecido por falta de condições mínimas para viver. Resultado, confrontos entre as tropas nacionais e o povo

Protestos em massa ocorreram em várias áreas de Caracas, na Venezuela, por causa de falta de comida, de bens e serviços.

As manifestações começaram depois que os militares do Exército Nacional confiscaram produtos em várias partes do bairro San Martín a fim de enviá-los aos centros de abastecimento locais, onde são entregues à população. Segundo a informação divulgada pelo canal de televisão NTN24, os habitantes do bairro quiseram impedir o confisco.

A agência El Nacional informa que, nos confrontos, o Exército usou gás lacrimogêneo. Depois, os protestos se deslocaram para outros bairros de Caracas, chegando também ao centro da cidade, onde as pessoas encheram a Avenida das Forças Armadas, entrando em confronto com os militares. Seis pessoas foram detidas.

Em outros bairros, os moradores organizaram protestos pela falta de abastecimento de água e os cortes de energia. A promotoria da Venezuela informou também sobre ataques a jornalistas.

A Venezuela vive grave crise. A queda dos preços do petróleo levou à falta de bens, à inflação galopante e à diminuição das receitas do governo.

A situação econômica está piorando por causa da instabilidade política, que surgiu após o novo Parlamento, controlado pela oposição, se opor à política do presidente Nicolás Maduro.

Mercosul estuda punir Venezuela

A situação cada vez mais crítica da Venezuela é motivo de intenso debate nos governos Michel Temer e Mauricio Macri e tanto Brasil como Argentina analisam a possibilidade de adotar medidas mais duras no curto prazo, caso o presidente Nicolás Maduro não dê claros sinais de flexibilização de sua postura.

Os dois principais sócios do Mercosul cogitam impedir que o país assuma a presidência pro tempore do Mercosul na próxima cúpula presidencial, que deverá ser realizada entre este mês e julho, em Montevidéu. Uma alta fonte da Casa Rosada confirmou ao ‘Globo’ que Macri ainda aposta no diálogo entre Maduro e seus opositores, mas caso o Palácio de Miraflores insista em negar a realização de um referendo sobre a continuidade do chefe de Estado no poder, “é inviável ter a Venezuela presidindo o Mercosul”.

A crise venezuelana tornou-se verdadeiro dilema para os sócios do país no Cone Sul. Os argentinos esperam uma reação de Maduro até o próximo dia 10 de junho, quando será realizada a reunião na Organização de Estados Americanos (OEA) na qual poderia ser decidida a aplicação da Carta Democrática do organismo, que pode levar até a expulsão da Venezuela. Caso contrário, afirmou a fonte, a Argentina respaldará ações contundentes contra Caracas na OEA e, posteriormente, no Mercosul.

Chanceleres podem se encontrar no Uruguai

Se for adotada uma ação mais contundente, uma opção seria a aplicação da cláusula democrática do Mercosul, o que implicaria a suspensão do país. Outra alternativa seria prorrogar o mandato dos uruguaios por mais seis meses.

O cenário mais extremo, na OEA e no Mercosul, é considerado a “pior alternativa possível” pelo governo argentino. A mesma opinião sustentam líderes da oposição venezuelana, entre eles o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, que conversou recentemente por telefone com o presidente argentino. Capriles está avaliando a possibilidade de visitar alguns países da região, entre os quais estariam Brasil e Argentina, para reforçar seu pedido de apoio ao referendo.
Fonte: Agência Brasil e O Globo


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