Qualquer teologia que diz respeito a Deus como inteiramente transcendente vai ter um problema com a imanência divina, uma vez que a Grandeza, Santidade e Perfeição de Deus vai fazê-lo parecer distante, fora de nosso alcance, muito longe, e até mesmo desconhecido … na teologia Encarnada, por outro lado, manifesta a proximidade de Deus e revela a empatia divina. De fato, o Senhor se tornou Emanuel (עִמָּנוּ אֵל), "um de nós", para compartilhar a nossa condição mortal, conhecer a nossa dor e experimentar o que significa ser ferido pelo pecado, ser abandonado, isolado, esquecido.
O "Eterno feito carne" preenche a lacuna entre o reino da Eternidade [o Ein Sof (אין סוף)], do Deus infinitamente transcendente, e o mundo finito das pessoas perdidas dentro de sua fragilidade pecadora. Sabemos que o SENHOR é um (Deut. 6:4), Adonai Echad (יְהוָה אֶחָד), tanto no sentido de ser exaltado sobre todas as coisas como também no sentido de ser compassivo e envolvido em todas as coisas (Romanos 11:36).
Durante Shavuot (“Pentecostes”) é celebrado a entrega da Lei tanto no Sinai, em tábuas de pedras, quanto em Jerusalém, agora dentro de nossos corações e mentes, como nova criatura, por meio do Espírito Santo (vide Jeremias 31:31-33 e Ezequiel 36:27-27). Celebramos que Deus é realmente o Rei e Governador de tudo, tanto do mundo finito em que vivemos, quanto do infinito e Eterno.
Por Dionei Vieira
Fonte:Libertar
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