14 de junho de 2016

Noticia: Associação dos Juízes Federais do Brasil é contra foro privilegiado; saiba mais

Roberto Veloso, novo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que tomará posse nesta quarta-feira (15)

O novo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, defende o fim do foro privilegiado, dizendo que o benefício transformou o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma corte criminal. “Todos devem ter foro na primeira instância a partir da competência dos crimes cometidos”, afirmou ele, que toma posse nesta quarta-feira (15) para um mandato de dois anos.

Apenas no âmbito da Operação Lava Jato, o Supremo mantém sob sua tutela investigações que envolvem 134 políticos, entre deputados e senadores, segundo dados oficiais da Procuradoria-Geral da República.

Outra meta de gestão do novo presidente da Associação dos Juízes Federais é lutar para a ampliação dos cinco atuais Tribunais Regionais Federais (TRFs) e a implementação das novas quatro cortes criadas pela Emenda Constitucional 73, previstas para funcionar em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.

A Emenda 73 foi aprovada pelas Mesas da Câmara e do Senado em 6 de junho de 2013 e deveria entrar vigor seis meses após a sua publicação no Diário Oficial. No entanto, em 17 de julho de 2013, o então presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, suspendeu por meio de liminar a emenda, que ainda não foi levada ao plenário da corte. O ministro hoje aposentado havia acolhido, na ocasião, um pedido da Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf), entidade que congrega os advogados da União.

A Procuradoria-Geral da República já deu um parecer pela “não confirmação da liminar concedida monocraticamente e, em definitivo, pela improcedência do pedido”. O caso aguarda decisão do ministro Luiz Fux desde 9 de outubro de 2015.

O juiz federal também pretende se dedicar à reestruturação da carreira e à valorização pelo tempo de exercício da magistratura. Roberto Veloso prega a ampliação da participação dos juízes federais na Justiça Eleitoral e a transparência dos processos administrativos do Conselho da Justiça Federal (CJF).
Fonte: Veja


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