Esse pensamento os leva a entender que o governo e os órgãos liderados por pessoas não convertidas estão demonizados, havendo a necessidade de expulsar esses espíritos das trevas.
Colin Dye, um representante internacional do G-12 comenta em seu livro “satan unmasked” que as forças de satanás dominam as artes, o comercio, a religião, as políticas, todos os exércitos do mundo, além de incitá-los para a guerra e destruição. Seu conselho é que o crente
use a espada da Palavra de Deus para lutar contra as tentações da ambição e da soberba – como Cristo fez no deserto. Esta espada é a Rhema de Deus: não está limitada à Bíblia; Pode incluir uma palavra falada ou uma expressão profética.[1]
Para expulsar satanás dos órgãos públicos e privados, utilizam algumas ferramentas como o mapeamento espiritual, acompanhados de atos proféticos (expressões proféticas) e estratégias de espionagem. Este mapeamento consiste em separar as áreas geográficas, como por exemplo, pegar o mapa da cidade e dividi-lo em bairros, distritos, etc.
Normalmente são marcados pontos onde há igrejas católicas, centros espíritas, lojas maçônicas, cemitérios, terreiros, casas de prostituição, dentre outras.
O próximo passo seria responder a um questionário, como ensina o Apóstolo Francisco Nicolau, líder e fundador da Igreja Batista das Nações, baseado em um livro de Cindy Jacobs, o qual contempla as seguintes perguntas:
1) Por que (como) sua cidade (Nação) foi fundada? 2) Quem foram os fundadores? 3) O que eles planejavam para esta(s) cidade(s)? 4) O que as pessoas dizem a respeito delas mesmas (Orgulho)? 5) Que tipos de músicas as pessoas gostam? 6) Que tipo de arte há na cidade e onde está sendo exibida? 7) Onde foram construídos os edifícios? Alguns tem estátuas na frente (sensualidade, etc.)? 8) Como é a arquitetura e o local dos prédios? 9) Como foi introduzido o evangelho na região? 10) Ensinaram apenas tradição? Ou coisas que amarram? 11) Que organizações secretas há na cidade? 12) Atributos da cidade? O que a cidade celebra? O nome da cidade? Cremos que esta lista pode ser aumentada: 13) A quem a cidade foi dedicada? (Santo/padroeiro)? 14) Comércio que predomina? 15) Há algum tipo de exploração? (profissional, sexual, no solo, etc.) 16) Há algum tipo de proteção ilegal? (jogatina, corrupção, plantação, extração ou venda de drogas, etc…) 17) Há muitos pobres, menores abandonados, viúvas, bêbados, prostitutas, homossexuais? 18) É cidade turística? Que tipo de turismo? O que atrai?[2]
Sobre as entidades demonizadas, ele ensina que:
Jesus não salva jumentos, mas usa jumentos para servi-Lo. Jesus libertou jumentos para servi-Lo; as Companhias, as Empresas, os Bancos, não se podem salvar, mas podem servir aos filhos de Deus. A Bíblia diz que se o jumento não fosse redimido teria o seu pescoço quebrado, assim as empresas, se não servirem ao Senhor, terão seus pescoços quebrados (falência). Há vários testemunhos desta realidade, muitas empresas brasileiras serviram o inimigo fornecendo armas e máquinas de guerra para serem usadas contra Israel e hoje estão falidas. Poderemos ainda citar um determinado canal de televisão que não abria as portas para o Evangelho e entrou numa situação muito crítica enquanto o povo de Deus orava. Hoje é um dos que mais favorece ao povo de Deus; há um número muito grande de programas evangélicos em sua programação diária.[3]
Além disso, ele defende que no exército de Cristo, “é preciso de espiões, para saber informações sobre o inimigo”,[4] e conta que muitas igrejas têm enviado crentes preparados para participarem de encontros como da Nova Era, por exemplo, e que já foi muito abençoado com as informações trazidas por irmãos que enviou para esse trabalho de espionagem. Tudo isso baseado nos espias que Moisés enviou a Canaã.
O fato é que não vemos Paulo preocupado em saber nome de demônios a fim de expulsá-los. Esteve em diversas cidades pagãs, como em Éfeso e nem por isso se dirigiu ao “espírito” de Diana, ou espíritos de feitiçaria, de homossexualismo, de adultério, de morte, etc.
Em Atenas ele nem sequer se preocupou com os vários ídolos que eles tinham. Seu foco foi apresentar-lhes o Deus desconhecido que não habita em templos feitos por mãos de homens (At 17.15-33).
O Dr. Paulo Romeiro comenta o ensino do casal Lourenço e Estefânea Kraft sobre o mapeamento da cidade de Parati, no Rio de Janeiro, a qual foi fundada como uma plataforma para aventureiros gananciosos em busca de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais.
Segundo eles, o fato de traficantes de escravos e comerciantes de tabaco e pinga se hospedarem na cidade deixou o local conhecido como “capital da cachaça”, o que rende a satanás a oportunidade de trabalhar nesta comunidade. Veja o que diz Romeiro sobre o assunto:
Se aplicássemos o exemplo de Parati em Paris, poderíamos dizer que a capital da França e os seus moradores vão muito bem espiritualmente, pois Paris é conhecida como a “Cidade Luz”. Poderíamos dizer o mesmo também do Rio de Janeiro, que a cidade não tem os problemas ou os pecados que lhe são atribuídos, pois o Rio é conhecido como a “Cidade Maravilhosa”. Salvador, um nome tão bíblico e com um significado espiritualmente fantástico, deveria fazer da capital da Bahia o centro evangélico do Brasil. Entretanto, a cidade tornou-se o centro do culto afro da nação. E o que dizer do Estado do Espírito Santo, cuja capital é Vitória. Com esses nomes, não deveria ser um paraíso de santidade? No entanto, não é o que acontece. Há muitos outros exemplos assim.[5]
Embora esses assuntos despertem mais interesse nas pessoas do que estudar sistematicamente a Palavra de Deus ou participar de uma Escola Bíblica Dominical, eles não encontram o devido apoio bíblico.
Sei que várias são as personalidades renomadas e respeitadas que ensinam essas doutrinas, mas o próprio Apóstolo Paulo deixou claro que mesmo que fosse ele a pessoa a ensinar algo que ultrapassasse o verdadeiro evangelho, este ensinamento deveria ser repudiado e considerado maldito (Gl 1.8).
[1] DYE, Colin. Satan unmasked. Dovewell Publications. London. 2000, p. 79, 159.
[2] NICOLAU, Francisco. Conquistando cidades para Cristo. Campinas. 1995, p. 46.
[3] Ibid. p. 73.
[4] Ibid. p. 88,89.
[5] ROMEIRO, Paulo. Op.cit., p. 140.
Extraído do livro “A Verdade Sobre o G12″, Couto.
Muito bem abordado esse assunto! Pelo que entendi, a polêmica continua...
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