03 de abril de 2016
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Texto Áureo
Mateus 24.12
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará
Verdade Aplicada
Mais do que nunca, a Igreja precisa saber lidar com o uso da tecnologia. Para isso, a ajuda do Espírito Santo é providencial.
Objetivos da Lição
Ensinar como, onde e quando se deu o início do uso da tecnologia;
Revelar como a mídia pode ser prejudicial à comunhão do crente;
Mostrar aos alunos que existe uma maneira de se levar uma vida equilibrada com Cristo.
Glossário
Anomalia: Desvio acentuado de um padrão normal;
Hipnótico: Que produz sono;
Vulnerável: Diz-se do lado fraco de um assunto ou questão, e do ponto por onde alguém pode ser atacado ou ofendido.
Leituras complementares
Segunda Pv 1.5
Terça Pv 15.3
Quarta Jo 8.44
Quinta Jo 10.10
Sexta Jo 15.2
Sábado Ef 5.1
Textos de Referência.
1 Tessalonicenses 5.16-23
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não extingais o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias.
21 Examinai tudo. Retende o bem.
22 Abstende-vos de toda aparência do mal.
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Hinos sugeridos.
290, 358, 387
Motivo de Oração
Ore para que o uso da tecnologia não te afaste de Deus.
Esboço da Lição
Introdução
1. A Revolução industrial
2. A mídia tecnológica
3. Lições práticas
Introdução
O uso exagerado da tecnologia tem trazido algumas anomalias para dentro da Igreja. Urge falarmos sobre o assunto e apresentarmos o fruto do Espírito Santo como alternativa divina para o problema.
1. A Revolução Industrial
Com o advento da Revolução industrial, desencadeada por um conjunto de mudanças ocorridas na Europa nos séculos XVIII e XIX, a humanidade deu o primeiro passo em direção ao processo de desenvolvimento e do crescimento da tecnologia. A Revolução Industrial foi desencadeada em duas etapas: de 1760 a 1860 e de 1860 a 1900. Entretanto, há estudos que consideram os avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI como uma terceira etapa desta revolução.
1.1. A entrada no mundo virtual.
Quando o homem percebeu que poderia, através do conhecimento fornecido pelo Criador (Pv 1.5), desenvolver máquinas que pudessem realizar de maneira mais rápida o trabalho, passou então a pesquisar meios que o levassem a isso. O uso de máquinas teve seu início no século XIX com a invenção do motor a explosão e da locomotiva a vapor. Também no século XIX, foram inventados o telefone e o cinematógrafo, sendo assim dado o primeiro passo para o que temos nos dias atuais. O século XX foi o grande momento da expansão das telecomunicações, com a televisão, computadores, celulares e a Internet, fazendo-nos chegar ao mundo virtual.
Explique para os alunos que a Revolução Industrial foi algo necessário para a humanidade que em nada podemos colocar a culpa de nossos erros na tecnologia, mas sim entender que devemos usar o que é colocado à nossa disposição com sabedoria. O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Tessalonicenses nos deixa claro que podemos examinar todas as coisas, mas só podemos reter o que é do bem (1Ts 5.21). Não podemos nos esquecer de que fazer uso do que foi inventado pelo homem para melhorar o nosso dia a dia não é errado, mas fazer um uso desordenado pode nos levar a pecar.
1.2. Uma arma perigosa.
Enquanto nos utilizávamos das máquinas, do telefone e do cinematógrafo, vivíamos dentro de uma área de controle, onde o uso destes dependiam da supervisão de outrem. Contudo, com a chegada da TV e do computador em larga escala, tal controle perdeu-se, deixando assim o indivíduo como senhor de suas escolhas. O que fora criado para um bom desenvolvimento da humanidade tornou-se uma arma perigosa contra a sociedade. O uso indevido destes veículos começou a ser uma prática utilizada por muitos, transformando o que seriam uma benção em maldição. Com a TV veio o vídeo cassete, que proporcionou acesso doméstico a todo tipo de conteúdo.
Comente com os alunos que realmente a tecnologia pode ser uma arma perigosa nas mãos do inimigo de nossas almas e que ele tem como manipular aqueles que são responsáveis pela informação. Hoje em dia, a televisão não tem quase nenhuma censura em seus programas. As emissoras de canal aberto mostram praticamente de tudo, sem contar a TV a cabo, que tem todo tipo de conteúdo na sua programação. É sempre bom ressaltar que a grande inovação da década de 80 do século XX, o vídeo cassete entrou nas casas trazendo bons filmes, mas também trouxe todo tipo de lixo que se podia encontrar em forma de vídeo.
1.3. Perdendo a comunhão com Deus.
Com a popularização do computador, através da criação do PC (computador pessoal) e a criação da Internet, o acesso às informações e conteúdos veiculados na rede também se popularizou. A tecnologia da computação avançou, criando os conhecidos tablets e smartphones, colocando ao alcance da mão, 24 horas por dia, todo tipo de conteúdo através da rede. As empresas especializadas trabalharam para manter cada vez mais o indivíduo preso ao mundo virtual, atingindo diretamente os relacionamentos familiares, as relações interpessoais e a comunhão com Deus. A falta dessa comunhão, nos torna mais vulneráveis a ação do maligno, comprometendo a nossa salvação.
Comente com os alunos que o diabo não tem capacidade de criar nada, entretanto, sabemos também que ele é o maior de todos os copistas que se tem notícia. A maior arma que ele tem é a mentira, da qual é o próprio pai (Jo 8.44). A mentira fornece ao inimigo, armas para que possa realizar contra o homem o seu verdadeiro intento, que é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Sendo assim, ele não tem nenhum escrúpulo em usar todas as armas para manchar a imagem e semelhança de Deus no homem. O uso desordenado da tecnologia dará esta chance ao inimigo.
2. A mídia tecnológica.
É necessário refletir acerca de quanto temos valorizado as coisas do mundo em detrimento das coisas de Deus. Muitos crentes de hoje abrem mão de minutos preciosos na presença do Senhor em troca de horas dedicadas aos acontecimentos diários, deixando-se envolver pela mídia.
2.1. Antenados sim, desligados não.
As informações trazidas pela mídia através da TV, redes sociais e canais diversos utilizados, principalmente por meio da Internet, têm levado muito ao uso exagerado destes meios de comunicação. A Igreja de Cristo deve estar “antenada” e ter, sim, conhecimento do que está acontecendo à sua volta. Entretanto, o fato de estarmos a par dos acontecimentos não pode nos escravizar a ponto de comprometer a nossa salvação. Tal comportamento tem gerado verdadeiros “zumbis sociais” que, muitas vezes, se movimentam em meio a um grupo, mas é comum não estarem presentes no contexto do qual fazem parte.
Explique para os alunos que o fato de querer ter acesso à informação não é algo errado, mas o desejo de estar ligado diuturnamente aos meios que lhes trarão essa informação poderá ser extremamente danoso, pois estar conectado permanentemente no mundo virtual poderá desconectá-lo do mundo real. Como já falamos, transformando-nos em verdadeiros “zumbis sociais”.
2.2. O perigo do excesso de informação.
As informações trazidas pela mídia e a oferta de tecnologia tendem a nos tirar o foco daquilo que realmente é importante para se ter uma vida espiritual saudável. Muita informação ao mesmo tempo confunde a mente e leva o indivíduo a uma condição letárgica, como se estivesse em transe hipnótico. Sendo assim, a melhor atitude a ser tomada é buscar o amadurecimento do fruto do Espírito Santo, o qual contribuirá para o crescimento de uma vida íntima com Deus, transformando de forma definitiva a vida de quem espera vinda de Cristo. Sem dúvida o fruto do espírito é indispensável para o cristão. No entanto, devido aos apelos midiáticos e tecnológicos, esta cada vez mais difícil viver uma vida santificada.
Esclareça para os alunos que aquele que se torna um escravo virtual pode perder totalmente a noção do que está acontecendo a sua volta. Existem pessoas que se deixaram aprisionar tão profundamente às grades do vídeo que não conseguem mais interagir com seres humanos do mundo real. Tal condição leva alguns indivíduos a buscarem tratamento, pois acabam por se tornarem enfermos. A letargia sugere um estado de apatia e de indolência extrema, o que é identificado, em alguns casos, como morbidade desenvolvida por aqueles que estão presos ao mundo virtual.
2.3. Exercitando o servir a Deus.
Hoje as distrações que nos afastam do alvo são cada vez mais apelativas e se multiplicam em número. Estamos imersos em um ambiente cada vez mais pluricultural, onde temos acesso à diferentes informações a uma taxa maior do que somos capazes de processar. Além disso, a cada momento, temos mais fontes de informação bombardeando nosso cérebro ao mesmo tempo. Tudo isso, ao ser somado à nossa natureza, que já seria suficiente para nos afastar da vontade de Cristo, nos torna presas mais fáceis. Esses apelos corroboram com a ação da carne. Precisamos estar atentos e comprometidos com o exercício diário que é ser servo de Deus. Só em Cristo venceremos esta batalha contra nossa própria vontade (Jo 15.2).
Comunique aos alunos que existe uma ação orquestrada pelo diabo com a intenção de nos afastar cada vez mais da presença de Deus. Logo, tudo que estiver ao alcance de suas mãos, ele usará para que seu intento seja concluído. As diversas opções apresentadas pelos meios de comunicações acabam por se tornar veículos fáceis, utilizáveis pelo inimigo para nos tirar da presença de Deus. A máxima da Igreja é representada pela necessidade da comunhão (At 2.42). Sendo assim, a estratégia preferida utilizada por ele é justamente essa: tirar o indivíduo da comunhão. Tal estratégia visa o enfraquecimento do Corpo de Cristo.
3. Lições práticas.
Segundo Simone de Beauvoir, seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro e forçado a um estado de estupidez.
3.1. Um tipo de transtorno.
Quando discutimos acerca de vício, logo vem á nossa mente o uso de drogas lícitas e ilícitas ou então algum tipo de propensão a jogos de azar. Entretanto, o fato de estar sempre buscando ficar conectado o tempo todo já é identificado como um tipo de transtorno, conhecido como nomofobia.
Explique para os alunos que está cada vez mais claro que o uso da tecnologia tem sido um grande problema para a educação, uma vez que tem causado muitas dificuldades na área do aprendizado, pois as crianças, cada vez mais cedo têm se utilizado dos smartphones como meio de se comunicar, tornando-se dependentes deste tipo de aparelho.
3.2. O que é nomofobia?
O fato de sentir a necessidade de ter o celular por perto ou qualquer tipo de aparelho que o manterá conectado o tempo inteiro pode significar que o indivíduo está sofrendo com a nomofobia. A origem do nome vem do inglês “no mobile, que significa “sem celular”. Apesar do significado do nome, podemos ampliar este tipo de dependência para a necessidade que o indivíduo tem de ter acesso a qualquer tipo de tecnologia o tempo todo. Pesquisas realizadas no Reino Unido apontaram que 66% dos entrevistados se mostraram muitos angustiados com a possibilidade de perder o celular. Outras pesquisas comprovaram que os sintomas de abstinência de celular são semelhantes à abstinência de drogas. Em alguns casos, ficar 24 horas longe de tecnologia pode desencadear crises terríveis.
Comente com os alunos que a internet tem a cada dia se tornado um meio eficiente para manter todos conectados e que o avanço tecnologia dos smartphones também tem contribuído para o crescimento pela busca das salas de bate-papo, que oferecem um meio de relacionamento com base no anonimato. Nos dias de hoje, estamos vivenciando uma nova maneira de enviar e receber informações, isto acaba por provocar o medo e a angústia de ficar desconectado. Muitos têm tido suas vidas prejudicadas nas áreas familiar, profissional e espiritual. Embora socialmente aceita, tal dependência tende a alterar o comportamento do indivíduo.
3.3. Buscando o ponto de equilíbrio.
Na nossa vida espiritual precisamos buscar um ponto de equilíbrio, que nos é fornecido pelo amadurecimento do fruto do Espírito e nos mantém em contato com o Senhor Deus. Fazer isso não é fácil e nunca foi. Contudo, se nos mantivermos atentos à sã doutrina e focados no objetivo da salvação, conseguiremos vencer. Lembremo-nos sempre que Jesus Cristo viveu entre nós e conhece nossa fragilidade, mas também conhece nossas mentiras (Pv 15.3).
Explique para os alunos que cada vez mais temos nos deparado com pessoas que se comunicam mais através da Internet do que pessoalmente. Este tipo de relacionamento virtual tem levado muitos a diminuírem os seus pedidos de oração e leitura bíblica. Não podemos nos esquecer que servimos a um Deus que valoriza relacionamento íntimo e pessoal e que, sendo Seus filhos, devemos imitá-Lo em tudo (Ef 5.1).
Conclusão.
O acesso descontrolado às tecnologias, afeta o comportamento das pessoas, tornando-as mais esquecidas, impacientes e impulsivas, mais o fruto do Espírito Santo é uma arma poderosa para mantermos o equilíbrio necessário para a comunhão tanto com Deus quanto com a Igreja.
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Questionário.
1. Qual foi o primeiro passo em direção ao processo de desenvolvimento e do crescimento da tecnologia.
R: A Revolução Industrial (Pv 1.5).
2. Cite um evento do século XIX?
R: O telefone (Pv 1.5).
3. Como a Igreja deve estar?
R: Deve estar “antenada” e ter, sim, conhecimento do que está acontecendo à sua volta (1Ts 5.21).
4. Qual a origem do nome nomofobia?
R: A origem do nome vem do inglês “no mobile”, que significa “sem celular” (1Ts 5.21)..
5. O que precisamos buscar em nossa vida espiritual?
R: Um ponto de equilíbrio (Pv 15.3).
Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 2º trimestre de 2016, ano 26, Nº 99, Fruto do Espírito, destacando os aspectos do caráter Cristão na era da pós-modernidade.
Lição 1 Tecnologia: maldição ou benção? - Jovens e Adultos- - Betel
Slides: Lição 1 Tecnologia: maldição ou benção?
Programa de Incentivo à Leitura Revista Jovens e Adultos — Editora Betel 2º Tri 2016: Fruto do Espírito
Escola Dominical - Lições/Slides
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)
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