Em entrevista a jornalistas, segundo matéria do ‘O Dia’, Aragão disse que a medida visa garantir que a PF não fique “a mercê de chantagens políticas” após o dia 11 de maio, data em que o Senado deve votar em plenário a admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma. Caso o processo seja aceito, a presidente será afastada do cargo por até 180 dias até a decisão final do Senado.
“Nós estamos garantindo que todos os recursos da Polícia Federal para até o final do ano lhes sejam já repassados antes do dia 11 de maio. […] Todos os recursos serão repassados, significa, a Polícia Federal não ficará a mercê de eventuais chantagens políticas. A Polícia Federal simplesmente fará o que tiver que fazer, porque nós daremos todos os meios para isso”, disse o ministro.
Vingança contra o PMDB
Críticos do impedimento de Dilma apontam a possibilidade de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer atuar para abafar investigações em curso, especialmente as da Operação Lava Jato, que apuram um bilionário esquema de corrupção na Petrobras, na qual há citações de vários políticos, entre eles do PMDB, partido do qual Temer é presidente licenciado.
O ministro disse ainda que pretende concluir, junto com o Ministério do Planejamento e também até 11 de maio, as negociações sobre as campanhas salariais dos policiais federais e dos policiais rodoviários federais. Aragão disse que sua pasta estuda outras medidas para garantir autonomia à PF, que podem ser tomadas por meio de portarias, decretos ou medidas provisórias.
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Fonte: R7
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