Prestes a apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de investigação contra políticos envolvidos na operação Lava Jat, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem sido assediado por deputados e senadores que tentam confirmar se seus nomes estão na lista de indiciados. A informação foi publicada no site da ‘Folha’, nesta segunda-feira (2).
Janot e os 11 procuradores do grupo de trabalho passaram o final de semana revisando os pedidos de abertura de investigação que deverão ser enviados na terça ao STF. A expectativa é de que o número de políticos envolvidos fique em torno de 40.
Nos últimos dias, têm chegado ao gabinete do progurador requisições para discutir projetos de interesse do Ministério Público que tramitam no Congresso ou pedidos de autorização para visitas de cortesia.
Segundo matéria da ‘Folha’, mesmo sem revelar os nomes, procuradores que acompanham o caso disseram que boa parte dos políticos que pedem encontros estão na lista de futuros indiciados, mas Janot, alegando compromissos, não os tem recebido.
Para os procuradores, as reuniões, na verdade, são somente um pretexto para tentar confirmar se seus nomes estão ou não na relação.
Os compromissos de Janot, entretanto, não ficaram fora do universo político. Ele esteve reunido com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os encontros não integravam a agenda do procurador.
Oficialmente, com o primeiro ele tratou de verbas para viabilizar um aumento aos servidores do Ministério Público. Com o segundo, de sua segurança, uma vez que a Polícia Federal teria percebido aumento do nível de risco.
A segurança pessoal tem preocupado Janot nos últimos dias. Ele diz que, em janeiro, sua casa foi invadida por bandidos que nada levaram além de um controle remoto do portão. Neste mês, a inteligência da PF detectou riscos de grupos promoveram atos para constrangê-lo.
Entre as ameaças citadas estavam possíveis manifestações em aeroportos, com a gravação de vídeos e divulgação na internet, e pichações em sua residência.
CPI da Petrobras
A lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobras na Câmara. Existem 42 procedimentos no Supremo relativos aos fatos apurados em duas delações da Lava Jato. O número não coincide necessariamente com a quantidade de políticos citados.
Além da lista de Janot, que deve ser apresentada até esta quarta-feira (4), os acordos de delação premiada firmados por dois executivos da Camargo Corrêa – Dalton Avancini e Eduardo Leite – são outro motivo de apreensão no meio político. Eles são os dois primeiros executivos de uma empreiteira de grande porte que aceitaram colaborar com as investigações. O temor é de que essas delações estimulem outros empreiteiros a também contar o que sabem, o que poderá ampliar o leque de atingidos.
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Fonte: Folha e Veja
Janot e os 11 procuradores do grupo de trabalho passaram o final de semana revisando os pedidos de abertura de investigação que deverão ser enviados na terça ao STF. A expectativa é de que o número de políticos envolvidos fique em torno de 40.
Nos últimos dias, têm chegado ao gabinete do progurador requisições para discutir projetos de interesse do Ministério Público que tramitam no Congresso ou pedidos de autorização para visitas de cortesia.
Segundo matéria da ‘Folha’, mesmo sem revelar os nomes, procuradores que acompanham o caso disseram que boa parte dos políticos que pedem encontros estão na lista de futuros indiciados, mas Janot, alegando compromissos, não os tem recebido.
Para os procuradores, as reuniões, na verdade, são somente um pretexto para tentar confirmar se seus nomes estão ou não na relação.
Os compromissos de Janot, entretanto, não ficaram fora do universo político. Ele esteve reunido com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os encontros não integravam a agenda do procurador.
Oficialmente, com o primeiro ele tratou de verbas para viabilizar um aumento aos servidores do Ministério Público. Com o segundo, de sua segurança, uma vez que a Polícia Federal teria percebido aumento do nível de risco.
A segurança pessoal tem preocupado Janot nos últimos dias. Ele diz que, em janeiro, sua casa foi invadida por bandidos que nada levaram além de um controle remoto do portão. Neste mês, a inteligência da PF detectou riscos de grupos promoveram atos para constrangê-lo.
Entre as ameaças citadas estavam possíveis manifestações em aeroportos, com a gravação de vídeos e divulgação na internet, e pichações em sua residência.
CPI da Petrobras
A lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobras na Câmara. Existem 42 procedimentos no Supremo relativos aos fatos apurados em duas delações da Lava Jato. O número não coincide necessariamente com a quantidade de políticos citados.
Além da lista de Janot, que deve ser apresentada até esta quarta-feira (4), os acordos de delação premiada firmados por dois executivos da Camargo Corrêa – Dalton Avancini e Eduardo Leite – são outro motivo de apreensão no meio político. Eles são os dois primeiros executivos de uma empreiteira de grande porte que aceitaram colaborar com as investigações. O temor é de que essas delações estimulem outros empreiteiros a também contar o que sabem, o que poderá ampliar o leque de atingidos.
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Fonte: Folha e Veja
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