10 de março de 2015

Notícia - Black blocs envolvidos na morte de cinegrafista devem ser soltos

Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza devem ser liberados da prisão na manhã desta quinta-feira (19). Cerca de dez jovens aguardam, do lado de fora do complexo penitenciário de Gericinó, a liberação dos dois. Fábio e Caio estão destidos desde fevereiro do ano passado, quando acenderam um rojão durante uma manifestação no Centro do Rio, atingindo e matando o cinegrafista Santiago Andrade, que estava trabalhando. O caso causou comoção, e os jovens foram denunciados por homicídio triplamente qualificado.

Os dois iriam a júri popular e poderiam ser condenados a uma pena de até 30 anos de prisão. No entanto, o caso sofreu uma reviravolta nesta quarta-feira (18), quando, por dois votos a um, a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, ao julgar um recurso da defesa, desclassificou a acusação de homicídio qualificado e determinou que Caio e Fábio fossem soltos. Na prática, isso significa que a acusação de homicídio doloso foi extinta. O processo, que estava no 3º Tribunal do Júri, será redistribuído para uma das varas criminais comuns, e os manifestantes poderão acabar respondendo apenas pelo crime de explosão seguida de morte, cuja punição é bem mais branda (no máximo 12 anos de prisão), ou por homicídio culposo (pena de um a três anos).

O Ministério Público já anunciou que vai recorrer. Segundo o MP, imagens veiculadas pela imprensa provam que os acusados assumiram o risco de causar a morte ao acender o rojão.

Mesmo soltos, Caio e Fábio vão ter que cumprir medidas cautelares. Ficou determinado que eles não podem frequentar manifestações nem manter contato com qualquer black bloc. Ambos também não poderão se ausentar da capital e terão que usar monitoramento eletrônico, entre outras medidas.

Fonte: O Globo

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