19 de junho de 2017

Lição 13 Deus estabelecerá governo justo e eterno: Adultos - Betel

 
Deus estabelecerá governo justo e eterno: Adultos - Betel
25 de junho de 2017

“Porque assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel”. Jeremias 33.17

Verdade Aplicada
Sempre há esperança para aqueles que confiam e se submetem ao Senhor.

Objetivos da Lição
Conhecer as similaridades entre Jesus e Jeremias;
Identificar as promessas de restauração e renovação;
Analisar os aspectos do novo concerto.

Glossário
Introspectivo: Exame e contemplação das próprias experiências, dos próprios pensamentos e sentimentos;
Prenúncio: Anúncio de coisa que há de acontecer;
Similaridade: Que é parecido ou semelhante a outro.

Leituras complementares
Segunda Jr 23.1
Terça Jr 23.2
Quarta Jr 12.3
Quinta Jr 23.4
Sexta Jr 31.31
Sábado Mt 26.28

Textos de Referência.
Jeremias 23.5-8
5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.
7 Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito,
8 mas: Vive o Senhor, que fez subir e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.


Hinos sugeridos.

Harpa Cristã: 291


Harpa Cristã: 465


Harpa Cristã: 472

Aqui lições, slides, pré aulas, e mais...Revista Adultos - 2º Trimestre de 2017


Motivo de Oração
Ore para que a Igreja influencie as pessoas ao seu redor de forma positiva.

Introdução
1. As similaridades entre Jeremias e Jesus.
2. O prenúncio do Messias.
3. A promessa de um novo concerto.
Conclusão

Introdução
Nesta última lição do trimestre, vamos refletir que, mesmo em momentos de aparente caos e descontrole, o Senhor Deus tem uma mensagem de esperança para o Seu povo.

1. As similaridades entre Jeremias e Jesus.
As similaridades entre o profeta Jeremias e Jesus Cristo são muitas. A mensagem profética de Jeremias diz respeito a um “novo concerto com o Senhor” (Jr 31.31). Por conseguinte, no Novo Testamento, esse novo concerto foi estabelecido com a morte e ressurreição de Jesus (Lc 22.20). O Messias estabeleceu a nova aliança (Jr 31.31; Mt 26.28).

1.1. Suas Missões eram de alcances mundiais.
A Palavra de Deus nos informa que, assim como Jesus, a missão do profeta Jeremias não resumia a pregar somente para a sua nação (Jr 1.5). Assim como Jesus Cristo sofreu grande oposição na Sua missão, advertindo seus concidadãos que o juízo de Deus estava próximo (Mt 12.14), com o profeta Jeremias não foi diferente.

Jeremias foi nomeado profeta tanto para Judá quanto para as nações (Jr 1.5). Jesus pregou o Evangelho em Israel e mandou pregar a todas as nações (Mc 16.15). Quando Deus falou com Jeremias, sabia que ele contestaria, mas, mesmo assim, o escolheu e o enviou para as nações (Jr 1.5). Ele gritava contra o pecado de seus compatriotas e os recriminava com rigor por causa da idolatria (Jr 7.30-34; 44.23). Com Cristo não foi diferente. Quando Ele falava, discorria como quem tem autoridade, deixando autoridades religiosas, políticos e cidadãos de todo o tipo perplexos e, de alguma forma, profundamente impactados (Mt 7.29).

1.2. Outras semelhanças entre Jeremias e Jesus.
Vejamos algumas semelhanças entre Jesus e Jeremias: ambos eram solteiros; Foram rejeitados na própria nação; sofreram com a rebeldia dos falsos profetas; choraram sobre a cidade de Jerusalém; Deus honrou a ambos. Que bom estudar sobre a vida do profeta Jeremias. Aprendemos muito com este homem e suas dores. Jeremias e Jesus eram familiarizados com o sofrimento. Entre todos os profetas, sem contar nosso Senhor Jesus Cristo, Jeremias foi o que mais sofreu, não houve dores iguais às suas (lm 1.12.13). Ao ponto de ficar conhecido universalmente como “o profeta das lágrimas”.

O profeta Jeremias passou por diversos sofrimentos: o desprezo do seu próprio povo (Jr 12.6); ferimentos e prisões (Jr 20.1-2); solidão (Jr 38.6); sofrimento dos líderes de Judá (Jr 18.18); perigo de morte constante (Jr 26.8). Semelhante, Jesus sofreu dores físicas e emocionais; preso (Mt 26.50); teve julgamento injusto (Mt 26.57); viu Pedro o negar três vezes (Mc 14.54, 72); foi condenado pelo Sinédrio (Mt 27.1); caminhou até o Gólgota (Mt 27.32, 34); sofreu flagelação e uma coroa de espinhos foi colocada em Sua cabeça (Lc 23,1, 25); foi crucificado (Mt 27.35).

1.3. Jesus é o verbo de Deus.
Semelhante a Jeremias, Jesus também não foi bem aceito por Seu povo. Mesmo sendo Ele o “Verbo... e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). A própria Palavra de Deus personificada, a perfeita revelação de Deus. Como poderia algum homem mortal lutar contra a presença do seu criador? Mas o apóstolo João assegura que não foi bem assim: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Embora Ele ensinasse com autoridade e como boca de Deus expulsasse os demônios, confirmando sua autoridade profética (Mc 5.1-14), Cristo foi recusado pelos homens! Em várias circunstâncias, Jesus foi abandonado pelas multidões que escutaram Suas admoestações e puderam ver Seus amplos atos. Quando chegou o momento de decidir o que fazer com o filho de Deus, a população gritou e persistiu em Sua morte (Lc 23.28, 23).

A boca fala o que o coração está cheio (Lc 6.45). Como falar coisas boas, se nosso coração está cheio de odiosidade, rancor, fúria e desgostos? Como pensar coisas boas, se esse mesmo coração está transbordando de sentimentos venenosos? Quando permanecemos na presença de deus, o nosso coração é livre para adorar, as palavras que dizemos são boas e edificam a nossa vida. Precisamos cuidar do nosso interior para que o nosso coração esteja cheio de Deus e possamos ser boca de Deus na Terra.

2. O prenúncio do Messias.
Jeremias profetizou sobrea vinda de um líder, o Messias (Jr 23.5-6). O profeta o apresenta como um ramo da casa de Davi, o Rei que iria reinar com autoridade e justiça.

2.1. Cristo, o Renovo Justo.
No início do capítulo 23 do livro de Jeremias, Deus fala sobre “os pastores que apascentam o meu povo” (Jr 23.2), que agiram com maldade e não cuidaram, como deviam, do rebanho do Senhor (o povo de Israel). Porém, a história do povo de Deus não terminará em destruição e dispersão, pois “...Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo” (Jr 23.5). Virá um Pastor, Jesus Cristo (Jo 10), que agregará as ovelhas, fazendo-as voltar ao aprisco, e “frutificarão e se multiplicarão” e, assim, “haverá um rebanho e um pastor” (Jr 23.3; Jo 10.16).

Os pastores eram os líderes falsos do rebanho, que deixaram que ele dispersasse e no fim fosse destruído (Jr 2.8; 10.21; 23.1-4). Má liderança foi um dos fatores que causaram o exílio. Ovelhas pastando é uma imagem campestre muito comum nas Sagradas Escrituras. Deus, o supremo Pastor (Jo 10.11), mostrou com Sua morte até onde o amor divino estava disposto a ir para redimir a humanidade pecadora.

2.2. Cristo, nossa esperança.
Em um contexto de pecado, castigo, cativeiro e desolação, há promessa de restauração e renovação para o povo de Deus: renovo (Jr 23.5-6); restauração (Jr 30.17-22); e novo concerto (Jr 31.31-34). É como se o profeta Jeremias penetrasse no futuro, olhando, pela fé, as verdades que o Senhor estava lhe revelando. Em meio ao caos que se instalava em Jerusalém, Deus estava lhe apresentando o cumprimento das promessas acima citadas, na pessoa de Jesus Cristo: Ele é o Renovo! Ele restaura e é o mediador do novo concerto. Portanto, “há esperança, no derradeiro fim...” (Jr 31.17).

Na restauração, Deus enxugará dos olhos do Seu povo todas as lágrimas (Ap 7.17; 21.4). Israel agora disciplinado, seguirá as recomendações de Deus, cujo jugo é agradável quando carregado adequadamente (Mt 11.30). Como um pródigo que retorna, Israel veria o amor de Deus derramado sobre si em abundância (Lc 15.22-32).

2.3. Cristo, a certeza da restauração.
A palavra “renovo”, no hebraico, significa “um broto), “um ramo”, “aquilo que cresce”. Seria possível a restauração do povo de Deus (Israel)? Estava parecendo uma árvore arrancada. Porém, a infalível Palavra de Deus afirmava que a “árvore” irá renascer, do seu tronco, das suas raízes, um renovo surgirá e implantará a restauração da ordem e da justiça. O propósito de Deus prevalecerá. Aqueles que atentarem à Palavra de Deus e se voltarem arrependidos para o Senhor desfrutarão do tempo de restauração. Quando Deus castiga o Seu povo, não é visando destruir, mas restaurar (Jr 31.17-18; Hb 12.5-11).

Na passagem bíblica de Hebreus 12.1-20, os leitores são exortados a olhar para o maravilhoso exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, e isto leva diretamente a uma discussão sobre a disciplina. O escritor aos Hebreus demonstra que ela é essencial para a vida cristã, e exorta seus leitores de modo enfático a evitarem a inconsistência moral, e apela ao caso de Esaú para ilustrar este aspecto. Mais uma vez ressalta a grande vantagem da Nova Aliança sobre a Velha Aliança.

3. A promessa de um novo concerto.
A lei e os sacrifícios efetuados no antigo concerto expunham a decadente condição espiritual do ser humano diante de Deus, indicando a total dependência do homem da graça e misericórdia do Senhor. O novo concerto é a providência divina para restaurar a comunhão do ser humano com Deus, por intermédio de Jesus Cristo.

3.1. Um concerto superior.
Segundo o antigo concerto. Deus abençoaria o povo de Israel caso obedecesse às leis divinas e castigaria caso desobedecesse. O povo concordou e Moises selou o compromisso oferecendo um sacrifício. Contudo, ao longo da história, continuamente o povo de Israel descumpriu as exigências da Lei, revelando a incapacidade de toda a humanidade em viver de acordo com a vontade de Deus por seus próprios esforços. Por esta razão, Deus promete um novo concerto, “não conforme o concerto que fiz com seus pais” (Jr 31.32). “Um melhor concerto...melhores promessas”. (Hb 8.6).

A passagem bíblica de Jeremias 31.31-34 nos mostra que a aliança mosaica não será suficientemente flexível para a nova época da graça divina e, por isto, terá de ser substituída. A nova aliança será inscrita profundamente na vontade dos israelitas, que obedecerão ao Senhor por escolha e não mais por obrigação. A apostasia será substituída por uma atitude de fidelidade a Deus e a nação nunca mais servirá a nenhuma outra. O profeta Jeremias insiste em que a apostasia é a raiz de todos os problemas de Israel.

3.2. O novo concerto e a interioridade.
O profeta Jeremias denunciou que o povo de Israel entrava pelas portas do templo para adorar ao Senhor, orava, ouvia a leitura da Lei, observava dias, festas e cerimônias, contudo, não havia mudança no comportamento diário, pois a nação continuava no adultério, furto, sincretismo religioso e cometendo abominação (Jr 7), ou seja, o povo se limitava a demonstrações exteriores! Porém, no novo concerto, a demonstração de fidelidade a Deus começará no interior, no coração (Jr 31.33).

O próprio Jesus Cristo apontou a transgressão dos escribas e fariseus de Seu tempo pelo fato de não terem cuidado do coração (Mt 15.8, 18.20). É preciso ter atenção para não repetirmos os mesmos erros. Como está o nosso coração? Os discípulos de Jesus Cristo precisam entender que é justo resistir a todo e qualquer ensinamento que não provenha das Sagradas Escrituras, isolando e abandonando todos os instrutores que persistem no erro. Cedo ou tarde, toda doutrina falsa será totalmente desarraigada e lançada ao opróbrio. Somente fica de pé aquilo que está fundamentado sobre a Palavra de Deus.

3.3. O novo concerto e o mistério de Deus.
“E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus” (Jr 30.22). É o que o Eterno Deus sempre quis e continua querendo. A ação de Deus no interior do ser humano proporcionará a concretização desse plano divino: “e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). O mistério revelado quanto ao citado plano de Deus é que mesmo quem não é israelita, segundo a carne, também está sendo chamado por Deus para fazer parte do Seu povo (Ef 3.4-6). O Senhor Jesus Cristo une a todos que nEle creem em um só povo (Ef 2.14, 16). Por intermédio da Igreja, Deus está anunciando a todos os homens que se arrependam para que sejam “um povo para o seu nome” (At 15.14; 1Pe 2.9-10).

Tanto judeus como gentios, em Jesus Cristo, são um novo homem (Ef 2.15). Antes, sem Cristo, os gentios estavam distantes (Ef 2.13), mas, agora, por estarem em Cristo, se aproximaram. Vale a pena ressaltar que essa aproximação não se deu pelos ensinos de Cristo vertido na cruz do Calvário. Divisões e distinções não existem mais conforme a posição de cada um perante Deus. O Eterno Deus usou de um meio para os que antes estavam divididos se tornassem um (Jo 10.16; 17.11; 1Co 10.17; 12.13).

Conclusão.
Devemos fazer um exame introspectivo à luz da Palavra de Deus, a fim de avaliar a nossa vida, se estamos realizando um bom trabalho no cumprimento de nossa missão, se estamos sendo conduzidos pela verdadeira adoração em uma comunhão intensa com Deus e com os nossos irmãos.

Questionário.
1. Quem estabeleceu a nova aliança?
R: O Messias (Jr 31.31; Mt 26.28).


2. Qual era o alcance da missão de jeremias?
R: Mundial (Jr 1.5).

3. Como Jeremias era conhecido?
R: Como “o profeta das lágrimas” (Lm 1.12-13).


4. Quem é o Renovo Justo?
R: Jesus (Jr 23.5).


5. Quando Deus castiga o Seu povo, qual é o Seu objetivo?
R: Restaurar (Jr 31.17-18; Hb 12.5-11).



Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

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