5 de maio de 2016

Noticia: Empresa de biotecnologia tentará ressuscitar mortos

Anúncio gera novo debate sobre a bioética
Uma empresa de biotecnologia americana anunciou que pretende reviver 20 pessoas. Após conseguirem aprovação do conselho de ética de órgãos de saúde dos Estados Unidos e da Índia, irão continuar com o projeto audacioso.

A Bioquark, sediada na Philadelphia usará, durante seis semanas, um projeto chamado ReAnima. O objetivo é tentar trazer de volta à vida 20 pacientes que estejam “clinicamente mortos”, sendo mantidos por aparelhos. A empresa usará células-tronco, estimulação de nervos e outras técnicas para tentar restaurar plenamente os pacientes.

O doutor Ira Pastor, CEO da empresa, explica: “Visando empreender essa iniciativa de tamanha complexidade, estamos combinando ferramentas de medicina regenerativa biológica com outros dispositivos médicos comumente usados para estimular o sistema nervoso central em pacientes com outras desordens severas de consciência”.

Pastor defende que os primeiros resultados serão vistos nos primeiros meses. “Isso representa a primeira tentativa do tipo e outro passo em direção a uma eventual reversão da morte”, comemora.

De acordo com o The Telegraph, a Bioquark está se baseando em estudos realizados recentemente, os quais sugerem que ainda existe atividade cerebral e fluxo sanguíneo após a morte cerebral.

Contudo, isso não é o suficiente para o corpo continuar funcionando normalmente. Existem outras criaturas, como peixes, que conseguem reverter o quadro com regeneração ou reparo de partes do cérebro.

O Dr. Dean Burnett, neurocientista da Universidade de Cardiff, na Inglaterra, mostra-se cético. Para ele, essa é uma questão complexa, que precisa ser melhor analisada à luz da bioética.

“Embora nos últimos anos tenha havido numerosas manifestações de que o cérebro humano e o sistema nervoso podem não ser tão irreparáveis como sempre pensamos, a ideia de que a morte cerebral poderia ser revertida facilmente parece muito improvável… É um longo caminho até se ressuscitar um cérebro todo, fazendo-o voltar a funcionar sem danos permanentes”, assevera.

Com informações:The Telegraph
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por Jarbas Aragão 
Fonte:Gospelprime

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