22 de julho de 2022

Plano de Aula Bíblica Adultos/Betel – Lição 04: O Sal da Terra e a Luz do Mundo

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TEXTO ÁUREO
  Marcos 9.50
Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.


VERDADE APLICADA
Em um mundo em trevas e corrupto, somos chamados e capacitados a sermos diferentes e influenciadores para a glória de Deus.



OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Ensinar que devemos ser agentes influenciadores.
- Mostrar que como luz devemos iluminar.
- Citar as responsabilidades como sal e luz.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
  Mateus 5. 13-16
13- Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14- Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15- Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16- Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.


 LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / | Mc 7.21-23
O interior do coração dos homens.

TERÇA / Jo 15.16
Jesus nos escolheu para frutificar.

QUARTA / Fp 2.15
Filhos de Deus: luz no mundo.

QUINTA / Hb 12.1
Perseverança no meio das provações.

SEXTA / 1Pe 2.9
A geração eleita, o povo adquirido.

SÁBADO / 1Jo 1.1-3
A Palavra da vida foi manifesta na carne.
Ore para que os valores divinos sobressaiam em nossas vidas.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Vós sois o sal da terra
2– Vós sois a luz do mundo
3– Nossas responsabilidades como sal e luz
Conclusão


INTRODUÇÃO
Jesus ressaltou a importância de sermos o sal e a luz do mundo [Mt 5.13-16]. O sal e a luz são metáforas que denotam a influência positiva que os filhos de Deus devem exercer no mundo.


PONTO DE PARTIDA
Somos sal da terra e luz do mundo.


1- VÓS SOIS O SAL DA TERRA
Ao fazer tal declaração, Jesus revela a dupla função que devemos exercer nesse mundo avesso e pecaminoso. Somos sal e luz: Os agentes influenciadores (Fp 2.15).


1.1. A importância de uma vida constante.
Jesus não disse que temos “sal” ou que temos “luz”, Ele disse: “Vós sois” [Mt 5.13-14]. Com essa afirmação Jesus nos apresenta a responsabilidade que temos de viver uma vida de constância. Jesus conta com cada cristão para ser, neste mundo, um agente influenciador para um viver saudável e que glorifique a Deus. Ser como o sal é isso, é ter influência por ocasião de sua presença. Assim como o sal dá sabor e influencia o ambiente em que é colocado, assim devemos ser. Do mesmo modo é a luz. Ela está em oposição às trevas, e aonde ela chega, as trevas devem sair porque não existe comunhão entre ambas. Ou a luz predomina, ou as trevas. Ser luz é manifestar ao mundo e impactá-lo com as boas obras, de tal maneira que Deus seja glorificado.

* Como “preservante”, o sal age evitando a decomposição dos alimentos. Ao dizer que somos sal, Jesus está falando acerca de nós mesmos e acerca da sociedade que se deteriora por viver imersa no pecado. Tanto nos preservamos de ser contaminados, quanto evitamos que o mundo entre em colapso pecaminoso [Lc 14.34]. Esse mundo pecaminoso é visto por Deus como um mundo de trevas. Por isso disse que somos luz. O Senhor falou aqui de uma qualidade de vida que devia manifestar-se nos que O conheciam, que aprenderam a Sua verdade, que haviam depositado nEle a sua fé. Estes deviam ser o sal da terra e a luz do mundo.


1.2. O poder relevante do sal.
John Stott disse que a salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras [1Pe 2.9]. No comentário “Todas as parábolas da Bíblia”, há uma citação feita pelo Dr. Campbell Morgan acerca do sal. Ele nos diz que o sal é asséptico, não antisséptico. O antisséptico é contrário ao veneno, é capaz de curar. Asséptico é algo destituído de veneno. Nesse caso, o sal nunca cura a corrupção, ele a previne. Ou seja, se a carne estiver contaminada e corrompida, ele nem a descontaminará nem purificará; ele impedirá que a corrupção se espalhe, não permitindo que todo o resto se contamine. Agindo como sal, cada servo de Deus é um instrumento do Senhor que impede a proliferação do mal. Eis a importância de não se tornar insípido nesse mundo [Mc 9.50].

*
O sal é de grande impacto nos alimentos, é ele quem realça o sabor. Porém, uma pitada a mais poderá deixar o alimento insuportável. Por isso, deve ser usado com equilíbrio, pois, se, por um lado, uma comida sem sal é ruim, por outro, um alimento salgado é insuportável e prejudicial à saúde [Jó 6.6; Ec 7.16]. Ser sal é ser alguém que tanto inspira para o bem, quanto condena aquilo que é impuro e desonesto. Quando o sal é insípido e sem sabor, ele não consegue impedir a putrefação, porque é apenas areia.


1.3. O sal que provoca sede.
Sabemos que o sal provoca a sede. E a pergunta é: que tipo de sede estamos provocando nas pessoas acerca de Cristo? Será que nossa vida está atraindo as pessoas para virem a Cristo ou expulsando-as? O mundo está embriagado de materialismo e insípido de espiritualidade. Ele está intoxicado de valores errados e insípido dos valores eternos. Ele está intoxicado com o conhecimento humano e insípido com a sabedoria divina. É por isso que Jesus nos diz que devemos ser sal, para dar ao mundo que nos rodeia este sabor que Deus deseja que tenha. Como podemos ser sal para a nossa sociedade? Vivendo de modo santo, honrado e com um autêntico testemunho acerca de Jesus Cristo (Lc 14.34-35; Cl 4.5-6).

*
O cristão deve dar sabor a este mundo insípido com o que é realmente importante, que são as verdades e os valores eternos. A propósito, observemos que o Senhor também nos alerta para não nos tornarmos insípidos, porque podemos ser “jogados fora”, como o sal que é inútil. Temos não somente que agir como sal, mas viver como sal, sem perder a influência e sem se deixar contaminar pelo que o mundo tem [Rm 12.1-2]. Estamos aqui tanto para impedir a deterioração imediata do mundo quanto para dar-lhe um novo sabor ao provocarmos nele sede.

* Ao fazer tal declaração, Jesus revela a dupla função que devemos exercer nesse mundo avesso e pecaminoso. Somos sal e luz: os agentes influenciadores.


2- VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO
Não existe outro motivo para a existência da luz, a não ser para que ilumine. Não existe outra forma de iluminar esse mundo de trevas a não ser testemunhando [Mt 5.16].


2.1. A luz deve brilhar.
Brilhar faz parte da natureza da luz, é para isso que ela existe. Jesus disse que somos luz para esse mundo. Como filhos de Deus devemos brilhar em meio às densas trevas desse mundo pecaminoso [Mt 5.14-16]. Como podemos nos tornar um luzeiro moral e espiritual neste mundo avesso à vontade de Deus? Vivendo de acordo com as Escrituras. Nosso compromisso com Jesus Cristo deve nos conduzir a viver uma vida que sirva também de modelo para aqueles que estão ao nosso redor. Em meio às trevas morais que ofuscam a humanidade, a Igreja faz resplandecer o brilho da esperança [Fp 2.15].

* O sal é dissolvido no serviço e a luz se desgasta ao brilhar. O bom discípulo de Jesus Cristo está envolvido tanto pelo serviço, quanto no sacrifício. A advertência de “não colocar debaixo do alqueire, e sim no velador” apresenta a ideia do compromisso que temos em não permitir que esse brilho se extinga. Assim como a característica natural da luz é brilhar, nosso dever cristão é praticar o amor e a correta conduta cristã entre os homens [Mt 5.15-16]. Comunicar a Palavra de Deus é deixar a luz brilhar, como também o é viver segundo as Escrituras diante dos homens.


2.2. Não se pode esconder uma luz.
Jesus deixou bem claro que a luz foi criada para iluminar, e isto não pode acontecer se ela estiver escondida. A instrução divina é que possamos reluzir e se fazer conhecidos em todos os segmentos, pois quando restringimos a dimensão de nossa vida espiritual somente aos limites dos cultos ou de nossos lares, estamos escondendo o que deveria ser amplamente apresentado [At 5.42]. Devemos observar bem o que Jesus está dizendo, pois podemos estar apenas pregando para nós mesmos, e com isso, estamos limitando o alcance do potencial que nos foi oferecido por Ele. Devemos ampliar nossas fronteiras [Rm 15.20].

* A luz que há em nós é manifestada pelas nossas boas obras praticadas diante dos homens. Ao verem nossas obras os homens glorificam a Deus [Mt 5.16]. Fomos chamados para ser como um farol da verdade do Evangelho. A luz de Cristo que está em nós não deve jamais ser ofuscada. Somos chamados a influenciar o mundo por intermédio da frutificação e do anúncio do Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus [Jo 15.16; 17.18, 23; Rm 1.16]. É através daquilo que fazemos e anunciamos que Cristo é glorificado. Não podemos ficar calados, devemos anunciar em todo o tempo (2Tm 4.2).


2.3. Cristo, nossa fonte de luz.
Acerca de si mesmo, Jesus disse ser a luz do mundo, a fonte de luz que jorra para todos [Jo 8.12]. Assim como uma lâmpada, naquele tempo, precisava de combustível para produzir luz, nós dependemos da fonte e precisamos estar conectados a ela em todo o tempo para poder manter a chama sempre acesa [Jo 15.5b]. Jesus disse que não há como ficarmos escondidos sendo luz, todos estão nos vendo, reparando nossas atitudes e testemunho [Hb 12.1]. Somos como uma cidade sobre um monte, cujo brilho chama a atenção de todos [Mt 5.14]. O texto nos ensina que é a nossa luz que “deve brilhar” e não “nós”. A luz que brilha em nós é a vida compartilhada por Cristo.

* O discípulo de Cristo tem a incumbência de permitir que os raios da luz circulem livremente sem obstruir o caminho da luz. Ao levar a luz do Evangelho ao mundo, necessariamente temos de revelar coisas que as pessoas preferem deixar escondido. A luz é desconfortável para aqueles acostumados com o escuro [Jo 3.20].

* Não existe outro motivo para a existência da luz, a não ser para que ilumine. Não existe outra forma de iluminar esse mundo de trevas a não ser testemunhando.


3- NOSSAS RESPONSABILIDADES COMO SAL E LUZ
Existe uma perfeita harmonia ente o sal e a luz. Porém, num gesto muito elegante e amoroso, Jesus nos advertiu acerca de nossa importância em mantê-los sempre ativos.


3.1. Tende sal em vós mesmos.

Com essa amorosa advertência, o Senhor nos convida a priorizar nossa essência. Ter sal em si mesmo é julgar o pecado primeiramente em nossas próprias vidas. Que honra existe em ensinar outros a fazerem o que nunca fizemos? Ter sal é permitir que o Espírito Santo e a Palavra nos limpem e eliminem os elementos destrutivos que existem dentro de nós [Sl 119.9; Mc 7.21-23]. A Palavra de Deus nos limpa, nos traz paz e nos prepara da melhor maneira para a obra mais importante para a qual fomos chamados neste mundo: anunciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos o sal da terra e nosso Deus espera que exerçamos essa influência benéfica e purificadora, para manter o verdadeiro caráter cristão e integridade [Mt 5.13].

* Jesus advertiu acerca do destino do “sal” que se torna insípido. Ele disse que prestava apenas para se lançar fora e ser pisado pelos homens [Mt 5.13]. O que significa no reino espiritual o que o Senhor está falando? Cremos tratar-se de uma séria advertência ser envergonhado e depois descartado. O que torna o sal insípido? Não levar a sério advertências de Jesus em não romper com os padrões que devemos combater. Onde o sal penetra deve haver alterações.


3.2. Quem pratica a verdade vem para a luz.

Observemos que a mesma advertência dada ao sal, também foi dada à luz. Se o sal pode perder o sabor, a luz também pode perder seu brilho [Mt 5.16]. Duas coisas importantes chamam nossa atenção: primeiro, os que praticam a verdade vêm para a luz; segundo, quem é luz deve ser exemplo da verdade. Essa é a nossa responsabilidade para com aqueles que nos observam [Jo 3.21]. Que influência pode ter uma lamparina apagada na escuridão? Assim também é a vida de um cristão sem o brilho da graça divina em sua vida. Cuidemos para que nossas lâmpadas não se apaguem como as das cinco virgens loucas [Mt 25.8]. A ausência da luz na vida de um cristão pode significar várias coisas, inclusive, uma vida de trevas [2Co 6.14].

* Vir para a luz nada mais é do que assumir aquilo que realmente somos: filhos da luz. Antes vivíamos num mundo de trevas, sem qualquer aprovação divina, éramos filhos da ira, estávamos condenados à punição divina. Mas o Senhor, com Seu grandioso amor, nos transportou de um reino de trevas para o reino da Sua maravilhosa luz. Por esse motivo, andar na luz é nosso caminho diário [Ef 5.8; 1Jo 2.6].


3.3. Sal e luz, uma perfeita combinação.
Enquanto o sal serve para dar sabor onde penetra, a luz deve, por sua vez, iluminar o ambiente onde a escuridão é predominante. Como seria um mundo sem sal e sem luz? Somente assim podemos compreender a importância do que Jesus falou acerca de nossa posição nesse mundo. O sal impede e interrompe a corrupção, essa é nossa responsabilidade, impedir que o mal avance, e como luz, devemos compartilhar a verdade, mostrando o caminho de Deus aos perdidos. Ser sal e luz é uma questão apenas de identidade, é isso o que Jesus disse que somos [Mt 5.13]. Somos veículos por meio dos quais a luz brilha, para que os homens tenham fome e sede de Cristo e possam conhecer o caminho.

* A figura do sal e da luz suplementam-se entre si. Sendo sal, o cristão faz brotar na pessoa que está na escuridão, o desejo e a sede de ser algo diferente, e como luz, ele lhe mostra como essa sede pode ser satisfeita. Como sal e luz, podemos tanto despertar o apetite, quanto satisfazê-lo. Jesus nos chamou para exercer influência por onde passamos. Ele nos nomeou para que déssemos frutos [Jo 15.16]. Como sal impedimos a propagação do mal, e como luz, promovemos a verdade e a salvação.

*
Existe uma perfeita harmonia ente o sal e a luz. Porém, Jesus nos advertiu acerca de nossa importância em mantê-los sempre ativos.


CONCLUSÃO
Ao dizer que somos sal da terra e luz do mundo, Jesus não somente revelou a responsabilidade que temos nesse mundo, ressaltou, também, as virtudes que acrescentou na vida de todos nós.
Fonte/Crédito Editora Betel.

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Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
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“E conheça a verdade e a verdade vai libertar você!” (João 8.32).

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