E ouvireis de guerras e de rumores de guerras. Mateus 24:6
Aleppo era neste domingo palco de violentos combates entre rebeldes e forças do regime de Damasco, cada vez mais perto de seu objetivo de controlar totalmente a segunda cidade da Síria, parcialmente em mãos insurgentes desde 2012.
Em seu vigésimo dia de grande ofensiva, o regime lançou uma profusão de bombas e barris com explosivos contra os bairros rebeldes. Em terra, seu exército avançava com o apoio de combatentes estrangeiros, em especial iraquianos e libaneses.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o governo tem agora sob seu controle cerca de 60% do setor rebelde de Aleppo.
"Há violentos combates no bairro de Karam al Myesar", a leste de Aleppo, assim como em bairros vizinhos que o regime começou a reconquistar no sábado, segundo o OSDH, que tem uma ampla rede de informação na Síria.
A batalha por Aleppo segue provocando grandes protestos internacionais pela morte de centenas de civis e pelo êxodo de outras dezenas de milhares. Por sua vez, a ONU pede a autorização da entrada de comboios humanitários em Aleppo-Oriental.
- Ajuda incondicional -Tão impotente quanto a comunidade internacional para mudar o rumo da guerra, a oposição política síria lançou neste domingo um novo apelo neste sentido.
O Alto Comitê de Negociações (ACN) pediu "ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que assumam suas responsabilidades e atuem imediatamente para que os bombardeios e massacres cessem (...) e garantam a distribuição de ajuda humanitária incondicional", indica em um comunicado.
Ao menos 311 civis, incluindo 42 crianças, morreram nos bairros rebeldes no leste de Aleppo desde o início da ofensiva. Além disso, 50.000 de seus 250.000 habitantes abandonaram seus lares neste setor.
No oeste da cidade 70 civis faleceram, entre eles 28 crianças, por disparos rebeldes, segundo o OSDH.
Confiante em seu avanço, o exército sírio pediu na noite de sábado aos "moradores dos bairros do nordeste de Aleppo que voltassem as suas casas agora que o exército restaurou a segurança".
- "Vencemos a guerra" -Dividida desde 2012 entre um setor rebelde (leste) e um governamental (oeste), Aleppo se converteu no principal front do conflito sírio, que deixou desde 2011 mais de 300.000 mortos.
A Rússia não participa dos atuais bombardeios de Aleppo, mas sua intervenção militar de apoio ao regime desde setembro de 2015 contribuiu para debilitar os rebeldes.
No sábado, em Roma, o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, fez um apelo à "influência da Rússia ou do Irã" para convencer o presidente Bashar al-Assad a "abrir uma verdadeira negociação".
A vitória que se esboça em Aleppo corre o risco de impulsionar o regime sírio a dizer: "Vencemos a guerra e, portanto, não precisamos de negociações", mas "espero que não" vai acontecer isso, acrescentou De Mistura.
Fonte: AFP
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