O desembargador Ivan Sartori, do julgamento do Carandiru, disse que “não houve massacre, houve legítima defesa” ao votar pela anulação da condenação de PMs envolvidos no caso
A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu na última sexta-feira (16), abrir uma investigação contra o desembargador Ivan Sartori, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). No final de setembro, Sartori votou pela anulação do julgamento que condenou em primeira instância 74 policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru. Entre 2013 e 2014, num dos mais longos e complexos júris da história, os PMs haviam sido condenados a penas que somavam 20.876 anos.
Na ocasião, Sartori, relator do caso, fez mais: pediu a absolvição dos réus enquanto a defesa dos PMs havia solicitado apenas a anulação do julgamento. Sartori baseou sua decisão no fato de que três policiais foram inocentados pelos jurados em primeira instância. “Não houve massacre, houve legítima defesa”, afirmou na ocasião.
Semanas depois, Sartori insinuou, em seu perfil no Facebook, que a repercussão negativa de sua decisão estaria relacionada ao fato de que a imprensa e as entidades de direitos humanos são financiadas pelo crime organizado. No post, o desembargador escreveu: “Quando a Imprensa é Suspeita. Diante da cobertura tendenciosa da imprensa sobre o caso Carandiru, fico me perguntando se não há dinheiro do crime organizado financiando parte dela, assim como boa parte das autodenominadas organizações de direitos humanos”.
Fonte: Época
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