O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, advertiu nesta quarta-feira que, caso Israel que não reconheça o Estado palestino, anulará o reconhecimento que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) fez do Estado israelense em 1993, como parte dos Acordos de Oslo.
Em discurso perante os mais de 1.300 membros do sétimo congresso do movimento nacionalista Fatah (elemento matriz da OLP), realizado desde ontem na cidade cisjordaniana de Ramala, Abbas afirmou que os palestinos querem reciprocidade e respeito mútuo.
Portanto, ressaltou, o reconhecimento a Israel "não durará para sempre" se os israelenses continuarem se recusando a reconhecer a Palestina como Estado.
Os palestinos já obtiveram o reconhecimento da maioria de países da ONU como "estado observador não membro", um status que Abbas, afirmou, pedirá para ser elevado.
"Iremos ao Conselho de Segurança para exigir a filiação plena à ONU como Estado membro. Se rejeitarem, estamos preparados para continuar pedindo até conseguir", insistiu.
Abbas, que ontem foi reeleito como líder do Fatah, também garantiu que "nunca reconhecerá Israel como Estado judeu", uma das exigências do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para retomar as negociações de paz.
Nesse sentido, o líder palestino descartou a possibilidade de avançar em processo que contemple outra vez acordos interinos, como foi o de Oslo.
Em discurso cheio de alusões nacionalistas, Abbas também afirmou que a independência palestina chegará "cedo ou tarde", assim como a evacuação dos assentamentos judeus.
"Nossa questão é de longa data e estamos decididos a terminá-la. Estou convencido de que conseguiremos nossa independência cedo ou tarde", disse Abbas.
"Não vamos deixar esta terra e a catástrofe de 1948 não voltará a se repetir", afirmou o presidente palestino em alusão à saída de boa parte da população árabe da Palestina após a fundação do Estado de Israel e a primeira guerra árabe-israelense.
Fonte: EFE
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