26 de outubro de 2016

Noticia: Lava Jato apura 2ª cobertura usada pelo ex-presidente Lula

Odebrecht é suspeita de ter comprado o imóvel em São Bernardo (SP)

A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga se outra cobertura usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo, foi comprada com dinheiro da Odebrecht. Em 20 de dezembro de 2010, Glaucos da Costamarques recebeu R$ 800 mil da DAG Construtora, investigada por ser usada pela Odebrecht para negócios ilícitos. Pouco depois, no início de 2011, Glaucos — que é primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula — comprou o imóvel e passou a alugá-lo formalmente para o ex-presidente. A informação é do site do ‘O Globo’.

Segundo a reportagem, os investigadores suspeitam que a operação de aluguel tenha sido simulada para dar caráter formal ao uso do apartamento por Lula. Localizado pelo ‘Globo’ na terça-feira (25), Costamarques disse que não se pronunciaria sobre o tema.

Aluguel pelo governo federal

Lula comprou o apartamento 122, onde mora, em 2000. Durante o período em que foi presidente, o governo federal alugou o imóvel vizinho, de número 121, para ser usado por agentes que cuidavam de sua segurança.

Entre 2011 e 2015, o ex-presidente declarou em seu Imposto de Renda ter pagado R$ 236,1 mil em aluguéis a Costamarques: R$ 42 mil em 2011, R$ 46,2 mil em 2012 e 46,8 mil em 2013, R$ 49,8 mil em 2014 e R$ 51,3 mil em 2015.

Os valores são menores que os pagos anteriormente pela Presidência. Em 2010, último ano de Lula como presidente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) repassou R$ 54,6 mil à antiga proprietária, Elenice Silva Campos.

Apesar de ser o dono de fato do apartamento, Costamarques ainda não pôde registrá-lo formalmente em cartório devido a pendências judiciais. Ele adquiriu o direito de herança da família Campos, antiga proprietária do imóvel, e aparece como interessado no processo de inventário e partilha na Justiça. Os advogados dele no caso são Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, que advogam para Lula na Lava Jato.

Em março deste ano (quando foi divulgada pela primeira vez a informação de que o apartamento 121 pertencia a Glaucos), Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, alegou que houve a preocupação de se procurar uma pessoa conhecida para ocupar o imóvel, pois “ser vizinho de um político sempre causa transtorno”. E disse que foi achada “uma que queria apenas investir”.

O primo de Glaucos, Bumlai, sempre foi uma pessoa próxima a Lula. Na época, o advogado Roberto Teixeira afirmou que é especialista em Direito imobiliário e que indicou o imóvel a Glaucos da Costamarques.



O ‘Globo’ perguntou aos advogados de Lula se ele sabia que o apartamento de Costamarques pode ter sido comprado com dinheiro da Odebrecht, mas não teve resposta. Quando os repasses de Lula a Costamarques vieram à tona, em março deste ano, eles informaram que Lula sempre foi “locatário do imóvel, pagando aluguel ao novo proprietário ao valor de mercado”. A Odebrecht não se pronunciou.
Fonte: O Globo



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