Um ano depois do terremoto de magnitude 8,4 que estremeceu parte do centro e do norte do Chile, e que também provocou um tsunami, foram registradas 4.200 réplicas com magnitudes superiores a 3 no total, segundo um relatório do Centro Sismológico Nacional (CSN) do país sul-americano divulgado nesta sexta-feira.
"Uma réplica é um tremor de menor magnitude que se produz na mesma região onde ocorreu um terremoto, ou muito próximo a ela. Geralmente, elas acontecem até uma distância de entre uma e duas vezes o comprimento de ruptura", afirmou Sergio Barrientos, diretor do CSN na Universidade do Chile.
O forte terremoto de magnitude 8,4 na escala Richter foi sentido às 19h54 locais (mesma hora de Brasília) do dia 16 de setembro do ano passado, deixou 15 mortos, 6.056 atingidos e 971 casas destruídas.
"As réplicas são geradas com maior frequência nos períodos mais próximos depois de um terremoto de grande magnitude e, em geral, o número delas diminui na medida em que transcorre o tempo. Esta redução se vê alterada quando ocorre uma réplica de maior tamanho, que também traz associadas suas próprias réplicas de caráter secundário", explicou Barrientos.
Sobre a duração do processo de réplicas, o profissional afirmou que, de acordo com observações anteriores, é provável que as réplicas continuem na região, "mas vão seguir decrescendo em número, vão ocorrer de forma cada vez mais espaçada, e apenas algumas delas serão perceptíveis para a população".
Barrientos afirmou que, entre Punta Legua de Vaca e Los Vilos, duas localidades situadas no norte do Chile, poderão ocorrer no futuro tremores de grande magnitude, "mas não se sabe quando isso ocorrerá", pois esta é a região onde a placa de Nazca entrou por baixo da Sul-Americana, com um deslocamento máximo de em torno de sete a oito metros.
O Chile está localizado no Cinturão de Fogo do Pacífico e é considerado um dos países mais sísmicos do planeta.
Fonte: EFE.
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