12 de setembro de 2016

Lição 12 - A missão dos doze discípulos: Betel


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Lição 12 A missão dos doze discípulos.
18 de setembro de 2016


Texto Áureo
Mateus 10.1
“1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal”.

Verdade Aplicada
O Mestre obteve êxito em espalhar as boas novas quando chamou, preparou e enviou os Seus discípulos.

Objetivos da Lição
Mostrar como Jesus chama e designa discípulos a pregar;
Apresentar a maneira como Jesus instruiu os Seus doze discípulos;
Ensinar que essa mesma estratégia pode ser aplicada hoje.

Glossário
Hostil: Adverso, inimigo; provocante; que procura dar batalha;
Omitir: Deixar de fazer ou dizer alguma coisa; não mencionar;
Outorgar: Aprovar, concordar com.

Leituras complementares
Segunda Mt 10.1
Terça Mt 10.2
Quarta Mt 10.3
Quinta Mt 10.4
Sexta Mt 10.12
Sábado Mt 10.13

Textos de Referência.
Mateus 10.5-10
5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus.
8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
10 Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento.

Hinos sugeridos.
16, 93, 115

Motivo de Oração
Suplique proteção física e espiritual que vem do alto sobre aqueles que ouviram o Evangelho.

Esboço da Lição
Introdução
1. Chamados a missão.
2. Instruídos e delegados para a missão
3. Enviados para a missão.

Introdução
Veremos nesta lição a necessidade de Jesus chamar, instruir e delegar tarefas específicas aos Seus discípulos. Tais movimentos do Mestre servem como modelo para agir evangelisticamente em nossos dias.

1. Chamados à missão.
A tarefa de levar as boas novas às “ovelhas perdidas de Israel” era extensa, pesada e impossível para um homem só, visto que Jesus deveria atuar dentro de um prazo. Daí a necessidade de o Mestre convocar, instruir e enviar os doze discípulos.

1.1. A natureza da missão.
A missão era basicamente representar o Mestre. Eles deveriam se dirigir à casa de Israel, a começar pela cidade em que residiam, e pregar o ambiente para a chegada de Jesus (Mt 11.1). Todavia, era necessário que eles dessem explicações às pessoas das cidades e aldeias contatadas acerca do propósito deles, pregando-lhes: “é chegado o reino dos céus” (Mt 10.7). Não só deveriam levara a mensagem do Mestre, porém oferecer uma amostra de Seu pode, demonstrando assim que de fato já estava entre eles o Reino de Deus, à medida que cressem, pois haveria cidades e aldeias inteiras que não creriam neles e nem os receberiam (Lc 9.51-56). A missão preparatória e evangelizadora não é fácil, visto ser guerra declarada às trevas.

Apresente para os alunos a natureza da missão dos discípulos como um meio preparatório para o trabalho do Senhor Jesus Cristo. Entretanto, mostre para os alunos que eles deveriam ser claros quanto a mensagem do Reino, posto que se não houvesse objetividade e clareza as pessoas não compreenderiam e consequentemente rejeitariam os trabalhos deles e do Mestre, Comente com os alunos que, na verdade, este trabalho era preparatório para uma cruzada evangelística, ou melhor, a tomada religiosa da cidade pelo Senhor Jesus. Tais coisas devem ser praticadas ainda hoje, pois para isto a Igreja ainda está aqui na terra.

1.2. Quem foram os convocados?
Os convocados para esta missão foram doze. Quatro dentre esses já andavam com Jesus (Mt 4.18-22). Essa quantidade de convocados aponta para as doze tribos de Israel. Jesus convocou os discípulos que conhecem a Sua visão e que entendessem do Seu sentimento. Nenhum desconhecido, sem qualquer conhecimento ou precipitado, pôde fazer parte dessa delegação, até porque era uma missão de confiança. Quando uma equipe se prontifica para evangelizar, deve sondar se já possuem boa convivência, se todos estão unânimes e minimamente preparados, para que o inimigo não sabote o trabalho evangelizador.

Explique para os alunos que da mesma forma que Jesus Cristo usou critério para seleção e delegação, nós devemos ter também. Quer estejamos organizando ou sendo colaboradores numa dupla ou equipe de evangelização é necessário um preparo mínimo simultâneo entre os irmãos, formando assim um pensar e linguajar harmônico dentro da dupla ou equipe. Alerte os alunos para o fato de que a evangelização não funciona bem e logo se dissolve se não há critérios claros e sentimento de unidade. Comente com os alunos que ninguém deve entrar e sair para um trabalho em equipe de improviso. Não funciona!

1.3. Por que eles foram escolhidos?
Jesus chamou a si os que Ele quis. Eram discípulos que depois de preparados se tornariam representantes enviados, isto é, apóstolos. Os pontos em comum que havia entre eles era o fato de serem galileus, de conhecerem Jesus há algum tempo e, possivelmente, tê-lo acompanhado. Por outro lado, não houve critério totalmente uniforme nas escolhas deles, pois havia pescadores, um zelote, um publicano etc. O mais importante, entretanto, era que cada um tivesse real desejo de colaborar, disposição em aprender e que fosse tratável. Não são estes os mesmos critérios hoje a serem aplicados no desenvolvimento de uma equipe evangelística? Claro que sim.

É de grande importância que os alunos aprendam a valorizar o trabalhar em equipe. Trabalhamos com voluntários que se impõe à disciplina de ajudar no crescimento da igreja local. É igualmente importante que tais colaboradores procurem aprender sempre e que sejam dóceis.

2. Instruídos e delegados para a missão.
A missão deles consistia em representar o mestre junto às aldeias e cidades. Para essa missão, eles foram chamados de apóstolos, que significa “enviado”. Antes, porém, de serem enviados, foi necessário dar-lhes treinamento e delegar-lhes poderes.

2.1. Instruídos aonde ir.
Havia entre os galileus muitas de pessoas que não eram da linhagem hebraica, os apóstolos, porém, deveriam se dirigir às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-6). Parece-nos estranho, pois que havia tantas pessoas próximas que precisavam também ser alcançadas. Deus estava comunicando uma nova dispensação e uma salvação perfeita, era justo que começasse pelo povo escolhido primeiro, para depois alcançar os outros. Lembremos que Jesus sabia que chegaria a hora em que seria desprezado, preso e morto. Apesar disso, naquele momento a missão deles foi um sucesso porque o Senhor se viu obrigado a ampliá-la.
Mostre para os alunos num mapa lugares pagãos vizinhos da Galileia. Embora pareça redundante, é importante frisar para os alunos que os apóstolos deveriam ir prioritariamente aos conterrâneos de sua linhagem. Deus é fiel, mas estava agindo diferente e essa era uma nova era que chegara. Comente com os alunos que Ele nada faz sem revelar ao Seu Povo (Am 3.7).

2.2. Delegando poderes.
O Reino dos céus chegará e com ele coisas surpreendentes no que tange ao poder de Deus entre os homens. Os discípulos enviados deveriam pregar sobre isso dizendo: “É chegado o reino dos céus”. Jesus outorgou os poderes do Reino: para curar os enfermos, ressuscitar mortos e expulsar demônios, ou seja, o mesmo poder que operava em Jesus também foi conferido a eles (Mt 10.8). O que Jesus fazia já era surpreendente e eles fariam o mesmo pela fé. As portas do inferno seriam abaladas pela obra de nosso Senhor através dos Seus discípulos, posto que muitos vieram a crer nEle e porque as obras das trevas como enfermidades, possessões e mortes foram desfeitas pelo poder de Deus.

Explique para os alunos que o poder de Deus que operou através dos apóstolos é o mesmo. Comente com os alunos que, para Deus, não há privilegiados, todos os que crerem e o buscarem exercerão poder contra as trevas em Cristo Jesus. Reforce para os alunos que esse poder é para desfazer o poder destruidor do inferno entre os homens.

2.3. O cuidado que deveriam ter.
Alguns cuidados seriam necessários para que não atrapalhassem a missão (Mt 10.9-13). Eles não deveriam possuir nada que chamasse a atenção para eles mesmos, sem qualquer ostentação de coisas como ouro, prata, duas túnicas, etc. Simplicidade de quem está cumprindo uma missão dos céus entre os homens. Outra coisa importante é que eles deveriam descobrir alguém chave numa localidade, alguém que os acolhesse por causa da mensagem deles. Se eles saudassem a alguém com a paz e essa pessoa fosse digna, seria abençoada com paz. Caso isso não acontecesse, não era ali o lugar de compartilharem a mensagem. Isso nos ensina que não devemos insistir com quem é resistente à Palavra.

Esclareça para os alunos que, quando alguém visita uma casa compartilha a mensagem do Evangelho, deve considerar algumas coisas importantes. Primeiro, prime pela simplicidade, pois o evangelizador não deve chamar atenção para si. Segundo, convém evitar trajes inadequados, linguagem inapropriada ou que pareça ostentar-se. Terceiro, seja simpático, converse olhando nos olhos e deseje a pessoa paz. Comente com os alunos que caso haja retorno tudo indica que poderá fazer um bom trabalho ali naquela família ou localidade. Caso não haja resposta, não perca tempo com quem não quer ouvir a Palavra de Deus e passe adiante.

3. Enviados para a missão.
Os discípulos estavam prestes a ser enviados pelos termos de Israel a fora. Era necessário ainda que recebessem algumas instruções fundamentais e alertas para que não fossem pegos de surpresa.

3.1. Alertas quanto às perseguições.
Nem sempre eles encontrariam um ambiente e pessoas acolhedoras (Mt 10.16-33). Mesmo entre os judeus, seria como se estivessem entre pagãos, postos que encontrariam pessoas hostis. Seria como ovelhas entre lobos, portanto, deveriam ser amáveis como a pomba e prudentes como serpentes. A evangelização é a luta do bem contra o mal pela posse das almas e os evangelizadores encontrarão sistemas religiosos e governos controlados por demônios. Por isso, os servos de Jesus sofrem até hoje humilhações, processos na justiça e violências físicas, ou seja, as mesmas coisas que Ele sofreu (Mt 10.23).

Esclareça para os alunos que uma vez que escolhemos estar do lado de Jesus Cristo e sermos os Seus colaboradores sofreremos perseguição, a não ser que sejamos negligentes e infiéis a Deus. Do contrário, cabe a nós cumprir os sofrimentos restantes do Senhor Jesus através de nossos corpos (Cl 1.24). É extremamente importante destacar para os alunos que não existe vida cristã sem dor, aflições e tribulações (Jo 16.33). Devemos estar dispostos a perder a própria vida por amor a Cristo. Devemos nos submeter à perda do favor dos homens, suportar as dificuldades e negar a nós mesmos muitas vezes ou, então, jamais chegaremos ao céu.

3.2. As dificuldades e recompensas.
Assim que os contatado começassem a ouvir o Evangelho do Reino, como os apóstolos, sofreriam também (Mt 10.42). O grande campo de provas seria a convivência com a família. Como o Senhor exige lealdade exclusiva, haveria desarmonia entre pais e filhos, nora e sogra, etc. Quem quiser se alinhar a Cristo e receber a vida eterna deve colocar os relacionamentos familiares nas mãos de Deus e permanecer fiel a Ele. Mas se alguém amar os seus pais, filhos, bens mais do que a Cristo é indigno dele. As recompensas aguardam os que receberem bem aos enviados em nome de Jesus.

Comente com os alunos que os conflitos por causa do Evangelho estão em curso agora. Ressalte para os alunos que eles não são incomuns, mesmo num país grande e considerado cristão como o nosso. Há pais que se tornam inimigos dos filhos e os convidam a fazer uma escolha – Cristo ou a convivência com eles. Ressalte para os alunos que alguns filhos tomam uma firme decisão e acabam por deixar a casa por amor a Cristo. Neste exato momento da aula, seja guiado pelo Espírito Santo e escolha um(a) aluno(a). Peça a ele(ela) que ore para que os filhos das famílias cristãs possam conhecer intimamente a Jesus Cristo e ter em seus corações o propósito de segui-Lo a qualquer preço.

3.3. A partida para o trabalho.
Depois de convocados, preparados e advertidos dos perigos peculiares à evangelização, os discípulos estavam prontos para irem por todo Israel (Mt 11.1). Mateus omite detalhes sobre o sucesso da missão, porém Lucas não. Eles saíram por todas as aldeias, curando o povo por toda a parte (Lc 9.6). Posteriormente, eles regressaram e, empolgados, trouxeram um positivo relatório (Lc 9.10). Depois de preparados, é hora de partir a contatar as pessoas, posto que preparação demais é perda de tempo e falta de coragem. Temos que aproveitar a liberdade que há em nosso Brasil e compartilhar o Evangelho de modo sério.

Desafie os alunos ao trabalho do Senhor nestes últimos momentos. Comente com os alunos que muitos usam a desculpa da “oração e preparação”, o que demonstra falta de fé e de coragem. Destaque para os alunos que, apesar do tom sombrio do Senhor Jesus Cristo ao falar de perseguição, todavia o relatório dos seus evangelizadores foi positivo, alegre e com muitas curas. Basta obedecer e o Espírito Santo completa a obra. Merece ser especialmente salientado para os alunos que, depois da salvação em Cristo Jesus, o maior tesouro que teremos serão as almas alcançadas neste mundo para a eternidade.

Conclusão.
A missão dos doze discípulos é a nossa missão, pois somos uma extensão deles. Quantos deram suas vidas por fidelidade a Jesus Cristo e por amor a nós, para que o Evangelho atravessasse gerações e nos alcançasse. Agora cabe a nós continuar a cumprir essa missão.
Questionário.

1. Qual era a missão dos discípulos?
R: Representar o Mestre (Mt 10.6-7).



2. A quem os apóstolos deveriam se dirigir?
R: Às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.5-6).



3. Quais poderes do Reino Jesus outorgou a Seus discípulos?
R: Poder para curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios (Mt 10.8).



4. O que os discípulos nem sempre encontrariam?
R: Um ambiente e pessoas acolhedoras (Mt 10.16-33).



5. O que fizeram os discípulos?
R: Eles saíram por todas as aldeias, curando o povo por toda parte (Lc 9.6).



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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

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