Por causa disso recebi dezenas de mensagens perguntando o que eu achava disso tudo, se o crente deveria ou não instalar esse jogo, se era do diabo, etc., etc. Resolvi então compartilhar algumas perguntas que eu uso para ver se algo é ou não relevante para minha vida. Essas perguntas se aplicam muito bem à instalação de aplicativos e jogos (Não só o Pokémon Go, mas qualquer um). Vamos então refletir juntos:
Pergunta 1 – Por que eu quero instalar Pokémon Go?
A primeira pergunta é bem simples. Você pode querer instalar e jogar porque todo mundo está jogando, porque um amigo indicou, porque viu um site dizendo que o jogo é bem legal, porque o jogo já tem mais de 50 milhões de downloads (se tanta gente baixou é porque deve ser bom?), enfim, por curiosidade mesmo, desejo de conhecer. Como não temos nada que desabone uma instalação do jogo para conhecê-lo, vá para a próxima pergunta.
Pergunta 2: Há algum problema em instalar logo o jogo?
Não, instale o jogo agora. E, em seguida, siga para a orientação bíblica dada por Paulo: “julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21). Isso significa que você passará por um tempo de avaliação. Fique tranquilo, o diabo não vai te aprisionar e te hipnotizar. O objetivo de “julgar” algo é avaliar (racionalmente) se aquilo contribui de maneira positiva para sua vida e mereça permanecer nela. Mas, cuidado: Não seja levado pelas emoções e pelas influências. Use a sua razão para fazer uma avaliação sincera, objetiva, afinal, Deus te deu uma mente para você usar, não é verdade?
Pergunta 3 – O que devo avaliar no Pokémon Go?
Alguns instalaram o jogo e ficaram procurando alguma mensagem subliminar do mal, ou se algum bichinho tinha chifre e se parecia com o diabo. Não procure essas coisas. O diabo não é bobo, não é nessas coisas que ele age. Ele é muito mais esperto do que isso! Você deve avaliar algumas questões muito mais importantes e sérias e que realmente impactam a vida de um servo de Deus negativamente:
a) Esse jogo está me ajudando a me afastar de Deus, me tirando o tempo e o desejo de ler a Bíblia, de orar, de buscar ao Senhor, de evangelizar, de participar da obra, da minha missão de vida? (por incrível que pareça coisas que tomam o nosso tempo negativamente têm o poder de nos levar para longe de Deus).
b) Esse jogo está me levando para longe da minha família e do convívio com meus familiares?
c) Esse jogo está me viciando, de forma que eu só penso nisso, que não vejo a hora de ter um tempo livre só para jogar?
d) As pessoas ao meu redor têm reclamado que eu não dou mais atenção a elas, que só fico no celular e isso tem prejudicado minhas relações pessoais e profissionais?
e) Estou gastando dinheiro que nem tenho, fazendo dividas só para avançar no jogo?
f) Estou correndo riscos, colocando-me em perigos enquanto estou caçando meus Pokémons? (Já vi a notícia de várias pessoas atropeladas, uma que caiu em um rio, e pelo menos 16 mortes até agora por uso incorreto do jogo). Um Pokémon vale a sua vida ou você sofrer um acidente que poderá ser grave?
Atenção:
Se você respondeu sim a pelo menos uma das perguntas acima, considere pensar melhor e desinstalar o jogo, pois ele não está sendo positivo para você. E se ele não está sendo positivo para você, é aí que o diabo está agindo, pois você está retendo o que é mau e prejudicial. Mas se você tem conseguido ser equilibrado no uso do jogo, pode jogar com tranquilidade, você não estará servindo ao demônio por jogar o Pokémon Go.
Ps1.: As perguntas acima podem ser feitas para outras coisas em nossas vidas e também para outros aplicativos. Aprenda a “desinstalar” tudo aquilo que te afasta de Deus, da família, da obra de Deus, das pessoas, da sua missão de vida. É quando nos mantemos “instalados” a essas coisas prejudiciais, que o diabo realmente age em nossa vida e não por causa da forma de um Pikachu, se ele tem chifrinho ou não, ou se aquilo sobre a cabeça dele são as orelhas e não os chifres.
Recado aos pais:
Ps2.: Deixo aqui um recado especial aos pais: Às vezes seu filho, que é criança ou adolescente, ainda não tem maturidade suficiente para avaliar as coisas da forma como expressei aqui. É função dos pais acompanhá-los e conduzi-los a uma avaliação madura. Não vai adiantar você como pai colocar medo ou dizer que o jogo é do diabo. Ele vai dar um jeito de instalar só para ver o diabo (Risos). Conduza seu filho a avaliar as coisas de forma correta e concreta, converse sobre o fato. Aproveite a “deixa” para dialogar sobre essas modernidades e sobre a vida com Deus e em família. Isso nem sempre será fácil, mas quando ele aprender e for amadurecendo em suas avaliações, você terá uma grande recompensa por todo o trabalho realizado.
E VOCÊ, O QUE ACHA DO POKÉMON GO? (aproveitando a oportunidade, queria dizer que eu não vou instalar.
Presbítero André Sanchez
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