"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
Na Crimeia para uma reunião do conselho de segurança russo, o Presidente Vladimir Putin garantiu que quer manter as relações diplomáticas com a Ucrânia, tentando dar continuidade ao processo de paz no Leste do país.
“Não vamos cortar as relações [diplomáticas] apesar da falta de vontade das actuais autoridades de Kiev em encetar relações diplomáticas de pleno direito ao nível dos embaixadores”, disse Putin, acabado de chegar a Sebastopol, cidade que alberga a frota da Marinha russa no Mar Negro.
É a quinta vez que o líder russo se desloca à Crimeia desde a anexação, em Março de 2014. Mas a visita deste fim-de-semana assume uma importância acrescida, por ter lugar dias depois de as forças de segurança russas terem frustrado uma alegada operação dos serviços secretos ucranianos na península. Um agente do FSB (serviços secretos russos) e um militar russo morreram nessa ocasião e Moscovo ameaçou dar uma resposta à “agressão”.
As autoridades ucranianas negaram qualquer tentativa de incursão na Crimeia e os serviços de informação disseram ter-se tratado de uma troca de tiros apenas entre forças russas.
Para já, a Rússia intensificou a mobilização militar nos distritos que fazem fronteira com a Ucrânia e na Crimeia e enviou um sistema de defesa anti-aérea S-400 para o território — que Kiev e a NATO dizem ter sido anexado à força pela Rússia, e que motivou algumas das sanções actualmente impostas contra Moscovo.
Em Kiev, o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou que o Exército está em alerta máximo e falou do perigo real de uma “invasão russa em larga escala”.
O episódio despertou receios de que a alegada incursão ucraniana na Crimeia pudesse dar justificações à Rússia para liderar novas ofensivas dos grupos rebeldes que ocupam parte do Leste da Ucrânia. A União Europeia, os EUA e a Ucrânia acusam a Rússia de apoiar militarmente os grupos armados que há dois anos tomaram parte das províncias de Donetsk e Lugansk.
A Ucrânia e a Rússia fazem parte do processo que visa pôr fim ao conflito militar e que deu origem, em Setembro do ano passado, ao Acordo de Minsk — que prevê um cessar-fogo, amplamente violado pelas duas partes, e uma série de garantias políticas que visam dar maior autonomia às regiões agora ocupadas. As sanções actualmente impostas à Rússia estão dependentes dos progressos na frente diplomática.
Fonte: Público.
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