O aplicativo Telegram é frequentemente utilizado por jihadistas, atraídos por seu forte sistema de codificação de mensagens
Uma adolescente de 16 anos que manifestou no Telegram sua vontade de realizar um atentado na França foi apresentada à justiça nesta segunda-feira (8). Ela foi detida durante uma operação antiterrorismo na cidade de Melun, na periferia de Paris, na última quinta-feira (4).
As autoridades francesas descrevem a garota como “muito radicalizada”. A adolescente era administradora de um grupo de discussão no aplicativo Telegram, onde teria publicado diversas mensagens de propaganda do grupo Estado Islâmico e expressado sua intenção de realizar um atentado, dizendo que “estava pronta para agir”, segundo uma fonte próxima das investigações.
As mensagens publicadas pela garota no Telegram teriam alertado as autoridades. A polícia antiterrorismo rastreou o conteúdo, descobriu a residência onde a adolescente vive com os pais e realizou buscas no local. Nem arma, nem explosivos foram encontrados. A suspeita não tem passagem pela polícia.
O computador e o telefone celular da menor foram apreendidos e os dados estão sendo analisados. Segundo os investigadores, nenhuma outra detenção foi realizada até o momento em relação com a jovem.
Autoridades fecham o cerco no Telegram
Lançado em 2013, o aplicativo Telegram é célebre por ser utilizado por jihadistas, devido a seu forte sistema de codificação de mensagens. As autoridades francesas fecharam o cerco aos usuários do mecanismo depois que descobriu que os dois autores do atentado contra a igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, no dia 26 de julho, se conheceram através do aplicativo.
Um dos agressores mencionou no Telegram que utilizaria uma faca no atentado e que o ataque seria realizado em uma igreja. Já o outro rapaz também falou no Telegram sobre a realização de um “projeto de ação violenta na França” e postou um vídeo prestando lealdade ao grupo Estado Islâmico.
As autoridades francesas foram extremamente criticadas por seu descaso em relação ao aplicativo e sua demora para identificar no Telegram possíveis candidatos a perpetrar atentados.
Fonte: RFI
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