A força-tarefa da Operação Lava Jato interceptou ao menos 37 números de telefone de pessoas e instituições ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dado consta em uma tabela do relatório anexado pela Polícia Federal no sistema da Justiça Federal na quinta-feira (17).
Os grampos geram polêmica e discussões acaloradas no Congresso Nacional e no Judiciários brasileiro.
Lula é investigado na 24ª fase da operação. Para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal, o ex-presidente pode ter sido beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras. O ex-presidente nega as acusações.
Entre as vantagens supostamente recebidas por Lula estão a compra e reforma do Sítio Santa Barbara em Atibaia, interior de São Paulo, e a aquisição de móveis para o local.
Os custos, conforme as investigações, foram arcados pelas empresas OAS e Odebrecht que têm condenação no âmbito da Lava Jato e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que está preso na Região Metropolitana de Curitiba.
Veja abaixo quantos números de telefone de cada pessoa e instituição ligada ao Lula foram interceptados.
Paulo Okamoto – presidente Instituto Lula e sócio do ex-presidente no quadro social da Lils Palestras: quatro números interceptados.
Instituto Lula: oito números.
Lils Palestra: dois números interceptados.
Clara Ant – Clara Levin Ant, diretora do Instituto Lula: cinco números interceptados.
Elcio Pereira Vieira – caseiro do sítio de Atibaia: cinco números interceptados.
Fabio Luis Lula da Silva – filho do ex-presidente Lula: um número interceptado.
Paulo Gordilho – ex-executivo da OAS: um número interceptado.
Fernando Bittar – sócio do filho de Lula e apontado como dono do sítio: três números interceptados.
Jonas Suassuna – sócio do filho de Lula apontado como dono do sítio: quatro números interceptados.
Rogério Aurélio Pimentel – ex- assessor da Presidência da República responsável por cuidar do transporte dos bens do ex-presidente para o sítio em Atibaia. Teria sido ainda o responsável por acompanhar a reforma do sítio, segundo o engenheiro Frederico Horta, da Odebrecht: dois números interceptados.
Paulo Cangassu André – funcionário do Instituto Lula que teria trocado diversas mensagens com executivos da OAS para tratar de palestras da Lils: um número interceptado.
Roberto Teixeira – advogado próximo a Luis Inácio Lula da Silva que representou Jonas Suassuna e Fernando Bittar na aquisição do sítio de Atibaia: um número interceptado.
Os delegados da Lava Jato afirmam que tiveram dificuldade para identificar terminais telefônicos utilizados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já que ele afirma não fazer uso deste dispositivo.
“Quando LILS está com sua esposa, ele faz uso do terminal telefônico pertencente a ela. Entretanto, quando ele não está próximo de sua esposa, LILS faz uso dos terminais telefônicos pertencentes à MORAES, chefe de sua segurança pessoal”, diz a polícia.
Apesar de não constar na tabela, os agentes citam que dois números de Morais também foram monitorados.
Fonte: G1
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