Uma votação promovida pela ONG Transparência Internacional na internet classificou os maiores casos de corrupção do mundo e levou a Petrobras a um inglório segundo lugar, abaixo apenas do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych. O escândalo na estatal brasileira recebeu 11.900 votos dos internautas, contra 13.210 de Yanukovych, acusado de desvios milionários de recursos públicos para sua conta pessoal.
O petrolão teve mais votos que os casos do ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, que teria desviado 100 milhões de dólares e recebeu 10.166 votos no júri popular, e do senador da República Dominicana, Felix Bautista, acusado de fraudes em fundos estatais, com 9.786 votos, além do escândalo de propinas pagas a cartolas da Fifa, escolhido por 1.844 internautas como o maior caso de corrupção. Entre os efeitos danosos causados pela corrupção na Petrobras, a ONG cita 2 bilhões de dólares em propinas, pagamentos a políticos e “dezenas de milhares de empregos perdidos”.
A primeira parte da campanha “desmascare o corrupto”, com denúncias de cidadãos do mundo todo, começou no dia 4 outubro, e a votação que consagrou o petrolão internacionalmente enquanto monumento à corrupção foi feita entre o dia 9 de dezembro e esta quarta, quando começa a terceira fase: cobrar punições aos envolvidos nos casos mais votados pelos internautas.
A Transparência Internacional divulga relatórios anuais sobre a percepção da corrupção. No último índice, publicado em janeiro, o Brasil caiu sete posições e apareceu em 76º lugar entre os 168 países classificados. Quanto mais próximo do primeiro lugar, posição ocupada atualmente pela Dinamarca, menor é a percepção de corrupção no país.
Abaixo, os nove casos de corrupção que mais receberam votos na campanha da ONG:
1º – O ex-presidente da Ucânia Viktor Yanukovych (13.210 votos)
2º – Petrobras (11.900 votos)
3º – O ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli (10.166 votos)
4º – Felix Bautista (9.786 votos)
5º – Fifa (1.844 votos)
6º – Sistema Político do Líbano (606 votos)
7º – Akhmad Kadyrov Foundation (194 votos)
8º – O ex-presidente da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali (152 votos)
9º – O Estado americano de Delaware (107 votos)
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Fonte: Veja
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