Manifestantes pró-Dilma foram para a Av. Paulista gritar e pediram que o boneco fosse retirado. Após a confusão, os organizadores da manifestação anti-Dilma abreviam exposição de boneco inflável de Lula
Um grupo de simpatizantes do PT tumultuou neste domingo (30) um protesto organizado na Avenida Paulista, em São Paulo, em frente aos escritórios do Tribunal de Contas da União (TCU). O ato contava com o boneco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representado como presidiário, um hit dos protestos de agosto. O ‘Lula Inflado’, como ficou conhecido, foi montado às 10 horas e seria esvaziado às 15 horas, mas a confusão levou os organizadores do protesto a desinflá-lo mais cedo, às 13h55.
O grupo pró-PT cercou o ato no início da tarde e, mesmo com a proteção de grades e a presença da Polícia Militar, houve empurra-empurra e troca de socos e pontapés. De um lado, manifestantes contrários à presidente Dilma Rousseff entoavam: “A nossa bandeira jamais será vermelha”. De outro, simpatizantes petistas defendiam o ex-presidente: “Lula, guerreiro, do povo brasileiro”.
O ‘Lula Inflado’ destacou-se nas manifestações contra o governo petista, teve perfis criados no Twitter e no Facebook e virou meme na internet. Ele voltou a passear por São Paulo na sexta-feira, quando foi atacado por arruaceiros. Uma das organizadoras do ato contra o PT neste domingo, a empresária Meire Lopes, do Movimento Brasil Melhor, afirmou que a intenção do protesto não é de fazer provocações ou gerar confronto. Alegando falta de segurança, os organizadores afirmaram que essa foi a última aparição do boneco na cidade de São Paulo.
Ministro Cardozo é hostilizado
Enquanto os manifestantes pediam o impeachment de Dilma, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, caminhava pela calçada oposta da Avenida Paulista. Foi reconhecido, hostilizado – ouviu gritos de “pega ladrão”, “corrupto”, “fora petista, bolivariano” – mas pareceu não se abalar: seguiu pela calçada do Conjunto Nacional, deixou-se entrevistar pelo líder do Revoltados On Line, Marcelo Reis, e entrou em uma livraria da região – que em seguida fechou as portas. Do lado de fora, ainda se ouviu alguém gritando: “Segurem suas carteiras, tem um ladrão na livraria.” Ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, Cardozo afirmou que manifestações são legítimas, mas não “xingamento e intolerância”.
Fonte: Veja
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