Defensor do ateísmo pede fim das religiões
Com uma passagem pelo Brasil sem muito destaque da grande mídia, o biólogo britânico Richard Dawkins, 74, fez palestras no encontro Fronteiras do Pensamento em duas capitais.
Embora seja renomado como especialista em biologia evolutiva, Dawkins é mais conhecido por sua defesa visceral do ateísmo. Entre as diversas entrevistas que concedeu, falou sobre suas teorias e, obviamente, criticou as religiões.
As palestras de Dawkins estavam lotadas tanto em São Paulo quanto em Porto Alegre. Sua audiência basicamente foram cientistas e professores universitários brasileiros. Ele foi esfuziantemente aplaudido nas duas ocasiões. Curiosamente, o tema do Fronteiras deste ano é “Como viver juntos?”.
Durante a sessão de perguntas, no final do encontro, deu uma resposta polêmica. Questionado sobre o que pensava do aborto de fetos com Síndrome de Down, o biólogo apenas reforçou o que já dissera antes. Ele não condena a prática. Para ele, do ponto de vista ético, justifica-se. Em 2014, usou sua conta do Twitter para afirmar: “Aborte [o feto com Down] e tente de novo. Seria imoral trazê-lo ao mundo se você pudesse escolher”.
Instigado a falar sobre questões religiosas, usou a seguinte comparação: “a religião é como um vírus de computador… Elas exploram os bons aspectos da maquinaria cerebral humana, que são acreditar e obedecer”.
Ao ser perguntado sobre seu “grau de descrença”, em uma escala de um a sete, disse acreditar que está em seis. “Nenhum cientista pode afirmar com cem por cento de certeza que algo não exista, porque alguém pode achar evidências”, justifica. Mas complementou, dizendo que, sendo assim, Deus está no mesmo plano que os unicórnios e as fadas. Lançou ainda um desafio: “Se alguém me mostrar evidências boas sobre a existência de Deus, estou pronto para mudar de ideia – e isso não é fundamentalismo”.
Ao falar para um auditório lotado em Porto Alegre, comentou sobre o ensino do criacionismo nas escolas. “Não se deve ensinar no que a criança deve acreditar. Isso é abuso infantil.”
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, não usou de meias-palavras: “as religiões são grandes forças para o mal, tanto do ponto de vista educacional quanto do ponto de vista político, então acho que é um dever dedicar pelo menos algum tempo para debater como podemos achar uma cura para esse mal”.
Apesar de sua visão pessimista sobre a religião, deu uma declaração surpreendente. Afirmou que a mídia ataca mais o cristianismo do que o Islã por pura covardia.
Com uma passagem pelo Brasil sem muito destaque da grande mídia, o biólogo britânico Richard Dawkins, 74, fez palestras no encontro Fronteiras do Pensamento em duas capitais.
Embora seja renomado como especialista em biologia evolutiva, Dawkins é mais conhecido por sua defesa visceral do ateísmo. Entre as diversas entrevistas que concedeu, falou sobre suas teorias e, obviamente, criticou as religiões.
As palestras de Dawkins estavam lotadas tanto em São Paulo quanto em Porto Alegre. Sua audiência basicamente foram cientistas e professores universitários brasileiros. Ele foi esfuziantemente aplaudido nas duas ocasiões. Curiosamente, o tema do Fronteiras deste ano é “Como viver juntos?”.
Durante a sessão de perguntas, no final do encontro, deu uma resposta polêmica. Questionado sobre o que pensava do aborto de fetos com Síndrome de Down, o biólogo apenas reforçou o que já dissera antes. Ele não condena a prática. Para ele, do ponto de vista ético, justifica-se. Em 2014, usou sua conta do Twitter para afirmar: “Aborte [o feto com Down] e tente de novo. Seria imoral trazê-lo ao mundo se você pudesse escolher”.
Instigado a falar sobre questões religiosas, usou a seguinte comparação: “a religião é como um vírus de computador… Elas exploram os bons aspectos da maquinaria cerebral humana, que são acreditar e obedecer”.
Ao ser perguntado sobre seu “grau de descrença”, em uma escala de um a sete, disse acreditar que está em seis. “Nenhum cientista pode afirmar com cem por cento de certeza que algo não exista, porque alguém pode achar evidências”, justifica. Mas complementou, dizendo que, sendo assim, Deus está no mesmo plano que os unicórnios e as fadas. Lançou ainda um desafio: “Se alguém me mostrar evidências boas sobre a existência de Deus, estou pronto para mudar de ideia – e isso não é fundamentalismo”.
Ao falar para um auditório lotado em Porto Alegre, comentou sobre o ensino do criacionismo nas escolas. “Não se deve ensinar no que a criança deve acreditar. Isso é abuso infantil.”
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, não usou de meias-palavras: “as religiões são grandes forças para o mal, tanto do ponto de vista educacional quanto do ponto de vista político, então acho que é um dever dedicar pelo menos algum tempo para debater como podemos achar uma cura para esse mal”.
Apesar de sua visão pessimista sobre a religião, deu uma declaração surpreendente. Afirmou que a mídia ataca mais o cristianismo do que o Islã por pura covardia.
Fonte:Folha de São Paulo
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