17 de abril de 2015

Noticia - Israel alivia restrições e médicos palestinos poderão dirigir até o país

Medida faz parte de série de relaxamento nas restrições aos moradores da Cisjordânia que trabalham no território israelense

Dezenas de médicos palestinos que trabalham em Israel serão autorizados a conduzir os seus próprios veículos para o país a partir da Cisjordânia, afirmou a agência israelense encarregada de assuntos civis palestinos na última terça-feira. A decisão, isentando os médicos de uma proibição geral em vigor há 15 anos, é a mais recente de uma série de medidas para relaxar as restrições aos palestinos que entram em território israelense.

As autoridades israelenses têm aliviado algumas restrições como forma de melhorar as condições para os palestinos que vivem sob a ocupação israelense, mesmo em um momento em que as relações entre líderes israelenses e palestinos permanecem tensas.

Um porta-voz do governo israelense estima que cerca de 100 médicos seriam autorizados a conduzir seus próprios carros, tendo placas palestinas, até seus locais de trabalho, mas estariam impedidos de ir a qualquer outro lugar. Os médicos representam uma pequena fração dos 55 mil palestinos que têm autorização para trabalhar em Israel.

Após o início da segunda Intifada em 2000, Israel proibiu todos os veículos palestinos de deixarem a Cisjordânia, e impôs uma série de medidas destinadas a manter os militantes e homens-bomba longe das comunidades israelenses. A insurreição se desfez há cerca de dez anos.

Nas últimas semanas, o Exército israelense começou a permitir que os homens da Cisjordânia com mais de 55 anos e as mulheres acima dos 50 anos passassem por postos de controle simplesmente apresentando seus cartões de identidade. A idade mínima para uma licença de trabalho também foi reduzido, de 24 para 22 anos.

A decisão anunciada na terça-feira ocorre em meio a uma disputa sobre cerca de US$ 100 milhões em receita fiscal mensal que Israel recolhe em nome dos palestinos, mas está retido na fonte desde janeiro como punição pela adesão dos palestinos ao Tribunal Penal Internacional.

Autoridades israelenses afirmaram no final de março que entregariam o dinheiro retido, mas a transferência foi adiada já que autoridades palestinas e israelenses discutem sobre os valores que devem ser deduzidos para contas de serviços públicos não pagos.
Fonte: O Globo

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