6 de abril de 2015

Notícia - Germanwings: caixa-preta confirma ação voluntária do copiloto na queda do avião

Uma primeira análise da segunda caixa-preta do Airbus A320 revelou a intenção do copiloto Andreas Lubitz de provocar a queda do avião

De acordo com o BEA, Lubitz modificou a programação do piloto automático para a descida do avião a uma altitude de 100 pés (cerca de 30 metros). “Depois, diversas vezes durante a descida, o copiloto modificou os parâmetros do piloto aumotático para aumentar a velocidade do avião”, indicou o Escritório em um comunicado divulgado na última sexta-feira (3).

O BEA não traz mais informações sobre essa primeira leitura da caixa-preta. O escritório também ressalta que “as investigações para estabelecer os acontecimentos precisos durante o voo continuam”.

Dados importantes

O equipamento, conhecido na aeronáutica pela sigla FDR (Flight Data Record), com 500 parâmetros de voo do Airbus A320 da Germanwings está sendo analisado desde ontem à noite. Ele foi encontrado enterrado no solo a 20 centímetros de profundidade. Nas fotos exibidas ontem pelo procurador responsável pelas investigações, Brice Robin, a caixa-preta aparece toda amassada.

Ela registrou segundo por segundo as últimas 25 horas de voo do Airbus A320 e tem dados importantes sobre a velocidade, a altitude, os comandos executados pelos dois pilotos no cockpit e, principalmente, sobre a real determinação do copiloto em cometer suicídio.

O inquérito judicial já havia revelado que Lubitz estava provavelmente usando uma máscara de oxigênio devido à respiração ritmada gravada pela primeira caixa-preta. A leitura do material encontrado ontem é fundamental para esclarecer todas as dúvidas em relação à determinação do copiloto em derrubar o avião.

Pesquisas sobre suicídio

Ontem, promotores alemães revelaram que, até a véspera do acidente, Lubitz fez pesquisas na internet sobre suicídio, sobre como bloquear as portas do cockpit e tratamentos médicos.

Quanto à identificação das vítimas, o procurador Brice Robin declarou que os legistas isolaram 150 perfis de DNA. Os dados serão agora comparados com material genético colhido de parentes das 150 vítimas. As famílias terão que aguardar de três a seis semanas para a identificação completa dos corpos.
Fonte: RFI

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