“Posso recomendar uma pizzaria?” (sobre o julgamento do mensalão)
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal decidiu admitir os embargos infringentes (recurso a uma apelação com decisão não unânime do tribunal) para alguns dos réus condenados na ação penal 470. O argumento para receber os embargos foi garantir aos réus o direito de revisão de seu julgamento, o direito de recorrer. Na prática, isto pode significar uma alteração na dosimetria, ou seja, na redução da pena e também na alteração do tipo de regime de alguns condenados, podendo passar a ser regime aberto, em que o condenado pode passar o dia fora e apenas dormir na prisão, além disso, pode até mesmo acontecer que alguns crimes prescrevam dependendo da demora do julgamento.
Mas por todo o país o sentimento generalizado foi de frustração, impunidade, injustiça e vergonha. Surgiram frases como: ”Sabia que isso não iria dar em nada”; Sabia que isso iria acabar em pizza.” A revista veja de 23 de setembro disse: “A decisão do Supremo Tribunal Federal reafirma aos olhos dos brasileiros o conceito de que, no Brasil, os ricos e poderosos não vão para a cadeia para pagar por seus crimes.”
“Nenhum saber jurídico, nenhum exercício de retórica, nenhuma tecnicalidade pode apagar a sensação de desamparo ou minimizar o sentimento de que a justiça brasileira, mais uma vez, falhou.”
Uma análise publicada no jornal espanhol, El País, afirma que a reabertura do julgamento do mensalão distancia os brasileiros de seus juízes.
O mensalão arquitetado dentro da casa civil enfraqueceu o executivo.
O caso do Deputado Federal Donadon condenado e preso por desvio de dinheiro, mas não cassado pela Câmara Federal, enfraqueceu ainda mais o legislativo.
Agora esta situação do mensalão no STF enfraqueceu o judiciário
Estamos assistindo um enfraquecimento de nossas instituições. “Posso recomendar uma pizzaria”, disse o ministro Gilmar Mendes sobre o julgamento do mensalão. Mais uma vez estamos vivenciando uma crise. A credibilidade da maior instituição da justiça brasileira foi abalada. Mas o que nós, como cristãos, podemos e devemos fazer?
Não cabe a nós entrarmos em detalhes sobre questões partidárias,
não estamos contra ou a favor do governo ou da oposição, mas somos a favor do Brasil. Devemos interceder sempre pelo nosso país, devemos amá-lo primeiro em nossos corações e clamarmos por ele em nossas orações. Podemos refletir sobre instituições e princípios,
pois os homens passam, mas as instituições e princípios permanecem.
A Bíblia nos ensina que: “A justiça exalta os povos, mas o pecado é a vergonha das nações” (Pv 14.34).
A justiça enaltece, mas a impunidade envergonha e constrange o povo. Neste sentido, a nossa luta deve ser contra a corrupção e a impunidade. Devemos orar pedindo perdão pelos pecados que envergonham a nossa nação e clamar para que nossa nação seja exaltada pela justiça de Deus, por meio dos homens. Não podemos desistir da justiça no Brasil, da nossa nação e do nosso povo, não podemos desistir do nosso futuro.
Devemos lutar por um país melhor, mais justo, mais sério.
Em Isaías 33.22, Deus representa as três esferas do poder: “Porque O Senhor é o nosso juiz, (judiciário), O Senhor é o nosso legislador (legislativo),
O Senhor é o nosso rei (executivo), Ele nos salvará.” Não perca a sua fé, não perca a sua esperança.
Creia: Ele mudará a sorte do nosso país.
Pequenas crises trazem pequenas mudanças,
grandes crises trazem grandes mudanças.
Esteja pronto, esteja alerta.
Mudanças virão! Você precisa crer e se disponibilizar a interceder, e se interessar pelo que anda acontecendo, não se conformando com este mundo.
“Não temas, crê somente”. Estas foram as palavras de Jesus a Jairo antes de ressuscitar sua filha. “Não temas, crê somente”:
Jesus irá retirar de nosso país a vergonha e a injustiça.
Chega deste tipo de pizzaria entre nós; em nome de Jesus!
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