Vou parar de correr atrás do vento
A história de comer vento e correr atrás do vento tem sido debatida exaustivamente por causa do livro de Eclesiastes, em que a expressão “correr atrás do vento” aparece nove vezes.
Eu e todo mundo fazemos isso o dia inteiro, o ano inteiro, a vida inteira. No fim do dia, no fim do ano, no fim da vida, estou sempre de estômago vazio, mãos vazias, mente vazia e alma vazia, pois o vento nada mais é do que o ar em movimento. Nunca o alcanço porque ele não para de correr e corre mais depressa do que eu.
O profeta Oseias diz que Efraim alimenta-se de vento (Os 12.1). Cheguei à conclusão de que comer comida de porco – como o filho pródigo – é melhor do que alimentar-se de coisa nenhuma.
De hoje em diante, com a ajuda de Deus, vou deixar a miragem do vento de lado e correr atrás do Senhor. Ele não corre como o vento e se deixa alcançar. Ele não é uma miragem fugaz, mas uma realidade contínua. Portanto, eu me ligarei a Ele com vontade, com firmeza, com disposição.
Minha ligação com o Senhor tem de ser igual à ligação dos ramos com a videira. Por meio dessa ligação a seiva passa da videira para o galho, do galho para os brotos, dos brotos para os frutos (Jo 15.5). E dos frutos eu faço o vinho.
Minha ligação com o Senhor me torna membro do seu Corpo, que é a Igreja (1Co 12.27). Minha ligação com o Senhor me torna filho de Deus e, se eu sou filho, claro, sou herdeiro e também co-herdeiro com Cristo (Rm 8.17). Minha ligação com o Senhor torna aceitáveis minhas orações, e o pedido que eu lhe fizer será atendido (Jo 15.7). Minha ligação com o Senhor me torna mais do que vencedor e nada poderá me separar Dele – nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras potestades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem omundo lá de cima; nem o mundo cá de baixo (Rm 8.38-39). Minha ligação com o Senhor me conservará em perfeita paz, porque minha confiança Nele é contínua. Minha ligação com o Senhor me faz repousar em pastos verdejantes e me leva para junto das águas de descanço, deixa-me tranquilo quando eu começo a atravessar o vale da sombra da morte (Sl 23.1-4). Minha ligação com o Senhor começa do lado de cá do Jordão e continua do outro lado, onde Jesus me espera depois de ter estado comigo aqui (Fp 1.21-26).
Quando eu corria atrás do vento tudo era rotina, tudo era enfado, tudo era canseira, tudo não levava a nada. Agora, quando vou deixar o vento correr sozinho, desapegando-me de emoções transitórias, “corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória” (Fp 3.14), pois cheguei a entender que o fim principal do ser humano é conhecer o Senhor, ligar-se ao Senhor e gozá-lo nesta e na outra vida!
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