Astrônomos descobriram mais 1.284 planetas fora do nosso sistema solar, com nove possivelmente em órbitas que os permitiriam ter água na superfície, o que poderia aumentar a probabilidade de haver condições de vida, disseram cientistas nesta terça-feira.
O anúncio leva o número total de planetas confirmados fora do sistema solar para 3.264. Chamados exoplanetas, a maior parte deles foi detectada pelo telescópio espacial Kepler da Nasa, que buscou planetas habitáveis como a Terra.
Os novos planetas foram identificados durante a missão primária de quatro anos do Kepler, terminada em 2013, e eram previamente considerados candidatos a planeta.
Cientistas anunciando a maior descoberta única de planetas até agora usaram uma nova técnica de análise, em que se aplicou modelos estatísticos para confirmar os achados como planetas, enquanto se descartava cenários que poderiam falsamente parecer ser planetas em órbita.
"Agora nós sabemos que poderia haver mais planetas que estrelas”, disse Paul Hertz, diretor da divisão de Astrofísica da Nasa, em comunicado. “Esse conhecimento informa as missões futuras que são necessárias para que nos leve mais perto para descobrir se nós estamos sozinhos no universo.”
Dos novos planetas, quase 550 podem ser rochosos como a Terra, disse a Nasa. Nove planetas estão a uma distância certa de uma estrela para ter temperaturas nas quais a água poderia acumular. A descoberta leva para 21 o total de planetas conhecidos com essas condições, que poderiam permitir vida.
O Kepler buscou por pequenas mudanças no total de luz vindo de cerca de 150 mil estrelas. Algumas das mudanças foram causadas pela passagem de planetas em órbita diante das suas estrelas.
O fenômeno é idêntico ao do trânsito de Mercúrio diante do sol, nesta segunda-feira, conforme visto da perspectiva terrestre.
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Fonte: Reuters.
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