12 de agosto de 2022

Plano de Aula Bíblica Adultos/Betel – Lição 07: A Coerência entre a Vida Interior e a Prática Externa

✋ A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.
O amor é maior motivação de nosso compromisso com Deus.
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Ó DESCE FOGO SANTO - 05 HARPA CRISTÃ - -Carlos José


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· Receba seus alunos com muito amor e alegria. Aqueles que tem faltado, mostre o quanto faz falta. O quanto é especial.

- Perguntem como passaram a semana.

- Escutem atentamente o que eles falam.

- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.

- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.·

Ore com sua turma por sua aula.
Observe se á algum pedido especial, pois as vezes pode ter acontecido algo com eles, e a sua oração, será aquilo que pode deixar tranquilo e confiante em Deus.
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TEXTO ÁUREO 
  Colossenses 3.23
E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.


VERDADE APLICADA
É preciso ter sempre em mente que Deus está atento às nossas ações e motivações e que nada está encoberto diante dEle.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Ensinar que Deus sabe a intenção do nosso coração
- Mostrar a pretenciosa oração dos hipócritas.
- Apresentar a forma correta do jejum ensinado por Jesus.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
  Mateus 6. 1-2,5
01- Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

02- Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

05- E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.


  LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 139.1-16
A onipresença e a onipotência de Deus.

TERÇA / Mt 23.13-30
Jesus censura os escribas e fariseus.

QUARTA / Lc 18.1-8
A parábola do juiz iníquo.

QUINTA / 1Co 13
A suprema excelência da caridade.

SEXTA / Ef 6.6-7
Não devemos servir para agradar aos homens.

SÁBADO /1Ts 2.4
Deus prova os nossos corações.


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MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que possamos aprender a ofertar, orar e jejuar corretamente.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– A justiça operada pela falsa motivação
2– A pretenciosa oração dos hipócritas
3– A prática do jejum
Conclusão


INTRODUÇÃO
Jesus menciona três ações comuns a todo cristão: dar aos necessitados, jejuar e orar. Em todos os três casos, Ele nos leva a meditar sobre a intenção do coração: se fazemos para sermos vistos e elogiados pelos homens ou por fé e amor a Deus.


PONTO DE PARTIDA
Devemos agradar a Deus e não aos homens.


1- A JUSTIÇA OPERADA PELA FALSA MOTIVAÇÃO
Jesus condenou a atitude hipócrita de homens que, sob o disfarce de glorificar a Deus, buscavam a glória para si mesmos.


1.1. Agradando a Deus e não aos homens.

Jesus chama a atenção sobre a maneira disfarçada de servir ao próximo, que não basta apenas fazer algo bom. Mas algo cuja intenção do coração esteja centrada em Deus [Pv 14.33]. Ele destaca a diferença entre fazer as coisas para ser visto e elogiado pelos homens ou movido pelo amor e pela fé em Deus [Mt 6.1]. O grande ensinamento aqui é que a motivação é tão importante quanto a ação. Uma boa ação deve ser precedida por uma boa motivação para que seja eficaz para os outros e para aqueles que a oferecem. Qualquer motivação que não seja o amor, não terá sentido ou valor algum para Deus [1Co 13.3; Ef 6.6-7; 1Ts 2.4].

* Jesus espera que realizemos “obras de justiça”, não para entrar no reino ou para ganhar uma posição especial diante do Pai, mas como atos deliberados para conformar a expressão externa de nossas vidas ao trabalho realizado por Deus dentro de nossos corações [Cl 3.23]. Quando doamos qualquer coisa para uma pessoa ou para a obra de Deus, pensando em fazer o melhor para Deus, em gratidão por tudo que o Senhor tem feito por nós, expressamos em atitudes a transformação já realizada em nossas vidas [Mt 11.29].


1.2. A verdadeira e a falsa piedade.
Jesus traça um paralelo entre a verdadeira e a falsa piedade, que é apenas hipocrisia. Os hipócritas eram verdadeiros atores. Eles se apresentavam para serem vistos e aclamados pelo povo. Na declaração feita por Jesus vemos manifesta a verdadeira atitude de seus corações. Eles não ofertavam ao povo porque eram apenas generosos, eles o faziam para receber honra da parte daqueles a quem ofertavam. Suas boas obras tinham uma única finalidade: o reconhecimento público. Jesus disse que esse tipo de atitude produz apenas o reconhecimento humano e que, ao soarem as trombetas para que fossem notados pelos homens, já haviam recebido aqui mesmo seus galardões [Mt 6.1-2].

*A palavra grega usada por Mateus é “hypokritai”, ela aparece nos versículos 2, 5 e 16. Era um termo usado no teatro grego e denota o ator por trás de uma máscara. Em Mateus 23.13-30, Jesus usa a mesma palavra e ideia em várias descrições da piedade dos fariseus. Ele define o ensino farisaico e a piedade como “hipocrisia”. Eles agiam de modo mascarado para ganhar o favor do povo, e não como um ato genuíno de adoração a Deus em rendição incondicional.


1.3. Ofertando em secreto.
Jesus apresentou como pode haver uma motivação falsa diante de uma atitude aparentemente sã. Revelou também que existe por parte de Deus uma recompensa para aqueles que doam pensando em fazer o melhor para Deus e para seu semelhante [Mt 6.2-3]. Jesus disse que o secreto revela o secreto. Disse que o Pai vê aquilo que secretamente fazemos e a forma como fazemos. Declarou que ao fazermos apenas para Ele, e não para sermos vistos pelas pessoas, Ele nos recompensará publicamente. Ou seja, o efeito que os hipócritas buscavam alcançar agindo de modo errôneo, Deus nos oferece gratuitamente quando agimos de boa vontade para com o próximo [Mt 6.3].

*
Jesus ensina, assim, que o “Pai” está observando e valoriza mais a qualidade de nosso serviço e não tanto a quantidade. Para Deus, a intenção é fundamental. Devemos ter em mente que estamos tratando com um Deus que prescruta o coração e sabe todas as coisas [Sl 139.1-16]. O que realmente é importante para Deus é a natureza dos motivos. Não existe galardão algum quando realizamos a obra divina por motivos egoístas ou para causar boas impressões diante das pessoas, pois a verdadeira justiça deve fluir de nosso interior [Mt 6.1].

*
Jesus condenou a atitude hipócrita de homens que, sob o disfarce de glorificar a Deus, buscavam a glória para si mesmos.


2- A PRETENCIOSA ORAÇÃO DOS HIPÓCRITAS
A segunda ação mencionada por Jesus é a oração, cujo foco está na intimidade e na comunhão com Deus. Ele assinala que a oração pode deixar de ser um verdadeiro ato de devoção e se tornar uma forma de hipocrisia quando o ato externo esconde motivos corruptos [Mt 6.5].


2.1. A maneira incorreta de orar.
Jesus ensina que toda oração autêntica deve ser dirigida a Deus. Quando chegava a hora estabelecida para a oração, os judeus piedosos deixavam o que estavam fazendo e oravam. Isso poderia ser feito discretamente ou com uma exibição pretensiosa. Algumas pessoas buscavam estar em um lugar onde suas presenças fossem notadas, como a sinagoga ou a esquina de uma praça. Nestes casos, a motivação interior dessas orações públicas era o reconhecimento e o elogio de sua devoção, o qual carece de valor diante de Deus [Mt 23.5-7]. Esta classe de oração hipócrita também recebe a mesma recompensa que as esmolas: o louvor do povo. Em contraste, Jesus orienta Seus discípulos a orarem em secreto [Mt 6.5-6].

* Em contraste com a ostentação pública por parte dos hipócritas, Jesus recomenda que procuremos um lugar privado, secreto, onde somente Deus nos observe. O fato de eles orarem neste ou naquele lugar, ou em pé, não era tão importante, Sua instrução era para que Seus discípulos não orassem como os hipócritas, cujo objetivo era chamar a atenção e o aplauso da multidão [Mt 6.5; 23.3]. Eles não apenas oravam na rua, mas andavam para chegar à esquina das ruas mais importantes bem na hora definida para orar. Como grandes atores, eles fizeram das ruas e sinagogas seus “teatros” [Mt 23.7].


2.2. Orando ao Pai em secreto.

A oração deve ser caracterizada por sua simplicidade. Aqui somos informados de que a oração é um assunto que diz respeito apenas a nós e a Deus. Jesus falou para entrar no quarto, fechar a porta e orar ao Pai que está em secreto [Mt 6.6]. Essa é a maneira correta de chegar-se a Deus em oração. Desta forma, o cristão expõe sua fé, devoção, confiança e amor diante de Deus e é recompensado pelo Senhor. Da mesma forma que Jesus apresenta uma recompensa para aquele que dá, apresenta ao que ora. As vitórias que se materializam no mundo físico sempre passam por um período secreto na presença de Deus [Hb 11.6].

* Jesus estabelece a grande regra para a oração. Insiste em que toda autêntica oração deve ser oferecida a Deus. A falha das orações dos judeus que Jesus criticava é que tinham o propósito de serem vistas pelos homens [Mt 6.5]. A oração secreta foi o diferencial na vida de muitos avivalistas do passado. Homens como: William Seymour, Hudson Taylor, John Wesley, Charles Finney, Moody, Jonathan Edwards, Gunnar Vingren e Daniel Berg, tinham a mesma coisa em comum, a oração. Seus momentos em secreto revelaram um Deus poderoso, salvador e envolvente.


2.3. Orando sem vãs repetições.
Nos versículos 7 e 8, Jesus aponta uma prática ineficaz e inaceitável para Deus na oração: a repetição vã. A razão é que oramos a um Deus que já sabe tudo e está predisposto para nos ouvir e ajudar. Jesus não proíbe a repetição de uma oração. Ele orou três vezes no Jardim do Getsêmani essencialmente a mesma oração e elogiou a persistência em oração [Lc 18.1-8]. Jesus se refere às palavras “vãs” (sem sentido). O Pai conhece todas as nossas necessidades, esse já é um forte incentivo para orar com mais frequência e com mais confiança. Deus estabeleceu a oração para oportunizar ao ser humano estreitar relacionamento com o Senhor, ensinar-nos sobre a dependência e a relevância da fé e confiança nEle [Tg 4.8].

*
Segundo William Barclay, era impossível aos rabinos chegar-se a Deus se o coração não estivesse em atitude de oração. Estabeleciam que para uma autêntica oração era necessária pelo menos uma hora de preparação silenciosa e particular, e uma hora de meditação depois. Mas o sistema judeu de oração se prestava à ostentação e à hipocrisia, porque o coração do homem se encheu de vaidade. Jesus alertou os discípulos acerca dessa maneira errada e estabeleceu que a oração dirigida ao Pai de modo correto, além de proveitosa é totalmente gratificante [Mt 6.5-8].

*
A oração pode deixar de ser um verdadeiro ato de devoção e se tornar uma forma de hipocrisia quando o ato externo esconde motivos corruptos.


3- A PRÁTICA DO JEJUM
O jejum sempre foi uma prática importantíssima para a vida espiritual do povo de Deus, por isso Jesus critica os líderes religiosos e ressalta sua verdadeira motivação [Mt 6.16-18].


3.1. O jejum que agrada a Deus.
Tal qual as esmolas e a oração, o jejum dos líderes religiosos era apenas um espetáculo de sua suposta piedade, ao fingir dor, tristeza e abnegação. Era um verdadeiro show para atrair a atenção das pessoas [Is 58.2-8; Mt 6.16-18]. Em contraste, os discípulos do Reino devem fazê-lo de acordo com os princípios bíblicos, não para serem vistos pelas pessoas. Devem evitar toda ostentação, todo desejo de aparentar algo que não representa a verdade. Deve praticar sua piedade com alegria, com a intenção de agradar ao Pai e trazer glória ao Seu nome. Somente assim receberá a recompensa que Deus reserva para os fiéis. Em último caso, todo crente tem a sincera opção entre duas alternativas: ser um hipócrita e receber o aplauso do mundo ou ser autêntico e receber a recompensa de Deus.

* A hipocrisia não somente nos priva de nosso caráter, nos priva também de nossas recompensas espirituais [Mt 6.16]. Ao buscar o louvor superficial dos homens, deixamos de lado a eterna aprovação de Deus. Oramos, mas não obtemos resposta. Jejuamos, mas nosso interior não é aperfeiçoado. Assim, a vida espiritual se torna vazia e inerte. A hipocrisia nos conduz a perder nossa tanto a influência espiritual, quanto as bênçãos de aqui e quando Cristo voltar. Assim eram os fariseus, uma influência negativa, que corrompiam e destruíam tudo aquilo que tocavam [Mt 23.13, 15].


3.2. A privacidade no ato de jejuar.
Da mesma forma que ajudar os necessitados e orar, o jejum também deve ocorrer na privacidade do coração do discípulo [Mt 6.17-18; Lc 2.37]. Visto que o jejum requer autocontrole rigoroso, é uma tentação importante comunicar sutilmente nossos esforços ou vitórias aos outros. Embora isso possa ser feito de maneira inocente, Jesus nos avisa que revelar nosso jejum pode se tornar uma forma perigosa de orgulho e autoengano espiritual. O jejum pode ser individual ou coletivo [Jn 3.5]. O individual trata com o particular de cada um, o coletivo visa sempre encorajar a igreja a concentrar-se na obra de Deus, pedir direcionamento, expressar a tristeza pelo pecado, a buscar o perdão na comunidade. Em todos os casos, Jesus alertou para a privacidade do coração.

*
O jejum é um sinal de compromisso com Deus, quebrantamento e plena consciência de que somos dependentes. Essa prática deve surgir como fruto natural da presença do reino na totalidade da vida de cada discípulo. Quem encontrou o reino compreenderá que o reino se mostra de maneira concreta em uma vida piedosa e comprometida. A ação dos discípulos deve ser privada, mas a ação de Deus será revelada em plena luz para mostrar que o reino tem operado em segredo por meio do ministério dos discípulos. Em Cristo a verdadeira piedade opera em segredo, sendo manifestada por Deus numa ação salvífica visível e pública (Mt 6.17-18].


3.3. A maneira correta de jejuar.
Não podemos considerar que a aparência de miserabilidade é automaticamente sinônimo de espiritualidade. Os fariseus desfiguravam o rosto e apresentavam uma expressão abatida a fim de suscitar elogios, isso contrariava todo o propósito do jejum [Mt 6.16]. Jejuar nunca foi um meio de chegar-se a Deus para barganhar ou se tornar merecedor. O jejum tem como finalidade desviar nossos olhos das coisas desse mundo e focá-los apenas nas coisas de Deus. É uma forma de relacionar-se espiritualmente e de forma secreta com o Pai [Mt 6.17-18].

* Jejuar é um exercício espiritual para quebrantamento, de domínio próprio, para priorizar as coisas espirituais e estreitar o relacionamento com Deus. Quem jejua, o faz para si, porque Deus não muda, nós sim. O jejum é a mortificação da carne através da abstenção de alguma coisa, nunca deve ser feito em base de troca. Ou seja, darei isso para conseguir isso, essa é uma maneira errada de fazê-lo. Quando jejuamos, nosso espírito se fortalece e nos tornamos mais sensíveis para ouvir a voz de Deus e discerni-la. Embora não seja uma prática muito utilizada pelos cristãos atuais, o jejum é de vital importância para as nossas vidas [Mt 6.17-18].

*
O jejum é uma prática importante para a vida espiritual do povo de Deus, por isso Jesus critica os líderes religiosos e ressalta sua verdadeira motivação.


CONCLUSÃO
Todo aquele que passou pela experiência do novo nascimento, ao praticar esmola, oração e jejum, deve fazer com todo o seu ser envolvido – coração, mente e corpo – refletindo, assim, a fé, a devoção e o amor a Deus, visando a glória de Deus.

Fonte/Crédito Editora Betel.

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