João 4.19-30
19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
26 Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
27 E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?
28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
29 Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?
30 Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.
TEXTO ÁUREO
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Romanos 8.6SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Joel 2.18-32
A declaração do profeta êcerca dos jovens
3ª feira - João 13.1-17
Jesus ensinou aos discípulos
4ª feira - 1 Coríntios 2.6-15
Os benefícios de ser cheio do Espírito
5ª feira - Mateus 12.15-21
A profecia se cumpriu
6ª feira - Atos 26.12-23
A experiência espiritual de Saulo
Sábado - Hebreus 9.1-15
Cristo, o sumo sacerdote
Bíblia online
BÍBLIA SAGRADA ONLINE
• destacar a necessidade de permitirmos e insistirmos em nossa espiritualidade como evidência de uma vida transformada;
• conhecer quais são as características da espiritualidade cristã;
• aplicar o conhecimento da aula de hoje à vida prática, a fim de que a nossa espiritualidade possa dar testemunho de que fomos salvos e transformados pela presença do Espírito.
A espiritualidade, como a base da relação com o sobrenatural, só pode ocorrer porque nós, independentemente de fé, origem ou condição econômica, também somos seres espirituais. Estabelece-se, portanto, o meio pelo qual a nossa relação se dá com Deus Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
1. A NATUREZA ESPIRITUAL
Vimos que a primeira referência ao Espírito Santo ocorre já na abertura do Livro do Gênesis, no poema da criação, onde diz que o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas (Gn 1.2).
Esse movimento contínuo denota uma participação ativa do Espírito na obra que trouxe o universo à existência.
A segunda menção sobre Ele encontra-se quando a humanidade já está decaída e inserida em uma grave decisão do Criador: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos (Gn 6.3).
1.1. O Criador extrapola nossa espiritualidade
Para alguns estudiosos, a filosofia demonstra que o Criador excede infinitamente qualquer grau de espiritualidade que possamos possuir e que é razoável enxergar a ação de Deus como inteligente, boa e providencial. É verdade que a filosofia não demonstra o nível de amor revelado em Cristo. No entanto, deixa o caminho aberto para essa possibilidade. Ela também desencoraja a idolatria — e a ideia de que Deus é do tamanho humano, limitado a uma distância mensurável, a partir da qual nos enxerga.
Deus não pode ser maior do que nós com base em nenhuma medida finita. Ele não está em competição com nenhuma de Suas criaturas. Tudo aquilo que desfrutamos é dádiva divina. Nada nos pertence (KREEFT; TACELLI, Central Gospel, 2016, p. 146).
1.2. A humanidade existe para a comunhão com o Espírito
O terceiro elemento no ser feito à imagem de Deus é a espiritualidade. A humanidade existe para a comunhão com Deus, que é Espírito (Jo 4.24a). Essa comunhão é planejada para ser eterna, como Deus é eterno. Aqui poderíamos declarar que, embora os seres humanos tenham um corpo físico como as plantas - e uma alma como os animais, só os humanos têm um espírito. E é só pelo fato de termos um espírito que podemos ter consciência de Deus e estar em comunhão com Ele.
Há um debate contínuo entre aqueles que acreditam em uma construção de três partes de nosso ser e aqueles que acreditam que o homem pode ser considerado só em duas partes. O debate não deve preocupar-nos excessivamente. Todas as partes do debate reconhecem que os seres humanos consistem pelo menos da parte física, que morre e precisa da ressurreição, e de uma parte imaterial, que vive além da morte, a parte que chamamos de a pessoa em si. A única questão é se a parte imaterial pode ser ainda mais distinguida por conter o que o homem tem em comum com os animais (corpo e alma) e o espírito, que o relaciona a Deus (BOICE, Central Gospel, 2011, p. 132).
2. ESPIRITUALIDADE E ADORAÇÃO
É imperioso reconhecer que o Espírito Santo inspira o cristão à prática da adoração.
Ele faz isso principalmente ao testificar de Cristo como merecedor de toda glória, honra e louvor.
A adoração é uma prática apropriada a pessoas espirituais, o que nos leva ao entendimento de que somente seres com espírito possuem a capacidade de relacionar-se com Deus, confirmando, assim, que a espiritualidade é o campo onde se estabelece a saúde espiritual do crente. Ao contrário, a ausência da prática espiritual cotidiana aponta para a fraqueza ou para a enfermidade espiritual.
2.1. A adoração correta
A adoração não deve ser confundida com certas práticas, como a meditação transcendental e a ioga, que são técnicas psicofísicas. Tais práticas, portanto, envolvem a mente, não o espírito. Elas projetam o homem, não Deus. Não visam à pessoa dele.
A adoração é devida somente a Deus. É o reconhecimento de que a criatura inanimada (natureza), a criatura humana e a criatura angelical não podem ser adoradas. Os exemplos bíblicos são claros. Os profetas condenavam com veemência o culto aos elementos da natureza (Is 44.6-19; Jr 8.1,2; Hc 2.17,18).
Cornélio se prostrou diante de Pedro com a intenção de adorá-lo, mas o apóstolo se recusou a receber adoração, explicando o motivo: Levanta-te, que eu também sou homem (At 10.26). O apóstolo João, extasiado com as visões do Apocalipse, sentiu-se impulsionado a adorar o anjo que o acompanhava, mas a resposta foi: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus (Ap 22.9).
2.2. A perfeita adoração
Apenas o Criador pode ser adorado (Êx 34.14; Mt 4.10; Ap 19.10). Trata-se de um culto exclusivo e universal. A adoração, portanto, é a mais elevada forma de comunicação da criatura com o Criador (Êx 20.5), e essa sublimidade é descrita de maneira magnífica no capítulo 4 de Apocalipse.
Adoração é muito mais que cântico e louvor. No cântico e no louvor, dirigimo-nos a Deus, é verdade, mas a perfeita adoração implica uma aproximação legítima de Deus em reconhecimento do que Ele ó, possuidor e merecedor do toda glória (SI 29.2).
Adoramos a Deus como resultado dos convites, exortações, mandamentos e exemplos que encontramos nas Sagradas Escrituras (SI 95.6; 96.9; Is 6). Por causa da aproximação que sentimos no momento da adoração, percebemos a nossa absoluta fragilidade, como expressa a exclamação de Isaías: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhes viram o rei, o SENHOR dos Exércitos (Is 6.5)! Nesses momentos, conservamos uma postura de respeito, reverência e humilhação, plataforma para uma transformação genuína (2 Co 3.18).
A perfeita adoração deve ser feita em espírito e em verdade (Jo 4.23,24), porque Deus é Espírito e é o Deus da verdade.
2.3. A adoração cotidiana
A verdadeira adoração sobressai aos locais determinados de culto.
Não está restrita ao templo, a um monte ou a uma cidade (Jo 4.20). A adoração em espírito está de acordo com a natureza do Deus onipresente.
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo, como Paulo fez questão de lembrar aos cristãos de Corinto (1 Co 3.16). Sua habitação no cristão desfaz o conceito do local como facilitador da adoração, pois o centro de adoração agora é o coração humano transformado, não por acaso, pela obra regeneradora do Espírito Santo. Pelo Espírito, oferecemos a adoração autêntica, a qual é impossível pela mera religiosidade, como ensinou Paulo aos cristãos de Filipos (Fp 3.3).
O cristão cheio do Espírito Santo é aquele que cuida da sua vida espiritual. Ele emprega todos os meios à sua disposição (a oração, o louvor, a meditação sobre a Palavra, a consagração e a obediência à vontade divina) para ter uma vida santa e de intimidade com Deus.
Os momentos dedicados à adoração são sementes lançadas no coração de Deus, as quais sempre produzem resultados positivos. Fazer da adoração e do louvor uma parte da vida diária leva-nos para mais perto de Deus, produzindo intimidade e garantindo bênçãos sem medida. Logo, a comunhão diária com Deus resulta na plenitude do Espírito: Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês (Tg 4.8).
3. ESPIRITUALIDADE E SANTIFICAÇÃO
A palavra santidade vem do hebraico kadosh e seu significado é separação. O verbo que exprime a ação de santidade é santificar, do qual provém a palavra santificação, que designa a condição necessária para que o homem veja a Deus: Segai a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
É essa separação que permite ao cristão voltar-se para o Espírito de Deus, e não para as inclinações da carne, onde não poderá frutificar a sua espiritualidade. Essa condição é absolutamente necessária para haver um relacionamento profundo e próximo entre Criador e criatura.
A Bíblia menciona exaustivamente a operação santificadora do Espírito Santo. Como exemplo, podemos citar a Sua ação na vida de Jesus (1 Pe 1.19), na eleição do cristão (1 Pe 1.2), na manifestação profética (2 Pe 1.21) e na vida privada do cristão (Hb 12.14).
3.1. Meios de santificação
O Espírito usa diversos instrumentos para efetuar a santificação, tais como a Palavra de Deus (Jo 17.17), a pessoa de Cristo (1 Co 1.30), o sangue redentor de Cristo (Hb 13.12) e a si mesmo (1 Pe 1.2).
Em Seu labor santificador na vida humana, o Espírito é capaz de atingir todas as áreas: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23; Rm 12.1,2); o olhar (Mt 6.22; 18.9); o andar (G1 5.16); o ler (SI 1.1,2; Ap 1.3); o vestir (1 Tm 2.9); o comer e beber (Rm 14.17); o adorar (Jo 4.23); o pensar (Cl 3.1-3); o ofertar (Rm 15.16); enfim, todo o viver (Fp 1.21; Gl 2.20).
3.2. Implicações da santificação
A santificação implica separação para Deus (Jr 1.5; Hb 7.26); é um processo de aperfeiçoamento espiritual (At 26.18) e o cumprimento da vontade de Deus para nós (1 Ts 4.3). Quando somos santificados, damos lugar à natureza divina (Hb 12.10; 2 Pe 1.4), obtemos pleno acesso a Deus (Hb 12.14) e por Ele somos capacitados a servir agradavelmente (Rm 6.22; Hb 9.14). A genuína santificação afeta nosso entendimento (Jr 31.34; Jo 6.45), nossa vontade (Ez 36.25-27; Fp 2.13), nossas paixões (Gl 5.24) e nossa consciência (Tt 1.15).
Os teólogos costumam definir a santidade de Deus como o corolário de Seus atributos. Ela pertence igualmente às três pessoas da divindade, as quais participam da mesma natureza comum e indivisível.
Jesus chamou Deus de Pai santo (Jo 17.11). O Filho é chamado de Santo de Israel mais de 30 vezes, somente no Livro de Isaías. O Espírito é especificamente chamado de Espírito Santo ao longo da Bíblia. Ele é quem ministra santidade nos homens, permitindo-lhes, assim, reencontrarem o caminho de sua normalidade espiritual.
R: O Espírito Santo não compactua com o pecado. Se quisermos ser Sua morada, devemos abrir mão da nossa natureza carnal e buscar a santidade (Hb 12.14).
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OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:• destacar a necessidade de permitirmos e insistirmos em nossa espiritualidade como evidência de uma vida transformada;
• conhecer quais são as características da espiritualidade cristã;
• aplicar o conhecimento da aula de hoje à vida prática, a fim de que a nossa espiritualidade possa dar testemunho de que fomos salvos e transformados pela presença do Espírito.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, Vygotsky, notável educador e psicólogo russo da primeira metade do século 20, disse que "a relação educador-educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento, assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão, cabe ao professor considerar também o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural c intelectual, para a construção da aprendizagem” (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida, 2012, p. 95).
Palavra introdutória
Nessa revista, falamos de áreas, características, ações e funções, prerrogativas e atributos do Espírito Santo. Deve ficar claro e evidente para nós que o relacionamento entre o cristão e o Espírito só pode ocorrer a partir daquilo que chamamos espiritualidade, isto é, no terreno apropriado onde transita o Espírito.A espiritualidade, como a base da relação com o sobrenatural, só pode ocorrer porque nós, independentemente de fé, origem ou condição econômica, também somos seres espirituais. Estabelece-se, portanto, o meio pelo qual a nossa relação se dá com Deus Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
1. A NATUREZA ESPIRITUAL
Vimos que a primeira referência ao Espírito Santo ocorre já na abertura do Livro do Gênesis, no poema da criação, onde diz que o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas (Gn 1.2).
Esse movimento contínuo denota uma participação ativa do Espírito na obra que trouxe o universo à existência.
A segunda menção sobre Ele encontra-se quando a humanidade já está decaída e inserida em uma grave decisão do Criador: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos (Gn 6.3).
1.1. O Criador extrapola nossa espiritualidade
Para alguns estudiosos, a filosofia demonstra que o Criador excede infinitamente qualquer grau de espiritualidade que possamos possuir e que é razoável enxergar a ação de Deus como inteligente, boa e providencial. É verdade que a filosofia não demonstra o nível de amor revelado em Cristo. No entanto, deixa o caminho aberto para essa possibilidade. Ela também desencoraja a idolatria — e a ideia de que Deus é do tamanho humano, limitado a uma distância mensurável, a partir da qual nos enxerga.
Deus não pode ser maior do que nós com base em nenhuma medida finita. Ele não está em competição com nenhuma de Suas criaturas. Tudo aquilo que desfrutamos é dádiva divina. Nada nos pertence (KREEFT; TACELLI, Central Gospel, 2016, p. 146).
1.2. A humanidade existe para a comunhão com o Espírito
O terceiro elemento no ser feito à imagem de Deus é a espiritualidade. A humanidade existe para a comunhão com Deus, que é Espírito (Jo 4.24a). Essa comunhão é planejada para ser eterna, como Deus é eterno. Aqui poderíamos declarar que, embora os seres humanos tenham um corpo físico como as plantas - e uma alma como os animais, só os humanos têm um espírito. E é só pelo fato de termos um espírito que podemos ter consciência de Deus e estar em comunhão com Ele.
Há um debate contínuo entre aqueles que acreditam em uma construção de três partes de nosso ser e aqueles que acreditam que o homem pode ser considerado só em duas partes. O debate não deve preocupar-nos excessivamente. Todas as partes do debate reconhecem que os seres humanos consistem pelo menos da parte física, que morre e precisa da ressurreição, e de uma parte imaterial, que vive além da morte, a parte que chamamos de a pessoa em si. A única questão é se a parte imaterial pode ser ainda mais distinguida por conter o que o homem tem em comum com os animais (corpo e alma) e o espírito, que o relaciona a Deus (BOICE, Central Gospel, 2011, p. 132).
2. ESPIRITUALIDADE E ADORAÇÃO
É imperioso reconhecer que o Espírito Santo inspira o cristão à prática da adoração.
Ele faz isso principalmente ao testificar de Cristo como merecedor de toda glória, honra e louvor.
A adoração é uma prática apropriada a pessoas espirituais, o que nos leva ao entendimento de que somente seres com espírito possuem a capacidade de relacionar-se com Deus, confirmando, assim, que a espiritualidade é o campo onde se estabelece a saúde espiritual do crente. Ao contrário, a ausência da prática espiritual cotidiana aponta para a fraqueza ou para a enfermidade espiritual.
2.1. A adoração correta
A adoração não deve ser confundida com certas práticas, como a meditação transcendental e a ioga, que são técnicas psicofísicas. Tais práticas, portanto, envolvem a mente, não o espírito. Elas projetam o homem, não Deus. Não visam à pessoa dele.
A adoração é devida somente a Deus. É o reconhecimento de que a criatura inanimada (natureza), a criatura humana e a criatura angelical não podem ser adoradas. Os exemplos bíblicos são claros. Os profetas condenavam com veemência o culto aos elementos da natureza (Is 44.6-19; Jr 8.1,2; Hc 2.17,18).
Cornélio se prostrou diante de Pedro com a intenção de adorá-lo, mas o apóstolo se recusou a receber adoração, explicando o motivo: Levanta-te, que eu também sou homem (At 10.26). O apóstolo João, extasiado com as visões do Apocalipse, sentiu-se impulsionado a adorar o anjo que o acompanhava, mas a resposta foi: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus (Ap 22.9).
2.2. A perfeita adoração
Apenas o Criador pode ser adorado (Êx 34.14; Mt 4.10; Ap 19.10). Trata-se de um culto exclusivo e universal. A adoração, portanto, é a mais elevada forma de comunicação da criatura com o Criador (Êx 20.5), e essa sublimidade é descrita de maneira magnífica no capítulo 4 de Apocalipse.
Adoração é muito mais que cântico e louvor. No cântico e no louvor, dirigimo-nos a Deus, é verdade, mas a perfeita adoração implica uma aproximação legítima de Deus em reconhecimento do que Ele ó, possuidor e merecedor do toda glória (SI 29.2).
Adoramos a Deus como resultado dos convites, exortações, mandamentos e exemplos que encontramos nas Sagradas Escrituras (SI 95.6; 96.9; Is 6). Por causa da aproximação que sentimos no momento da adoração, percebemos a nossa absoluta fragilidade, como expressa a exclamação de Isaías: Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhes viram o rei, o SENHOR dos Exércitos (Is 6.5)! Nesses momentos, conservamos uma postura de respeito, reverência e humilhação, plataforma para uma transformação genuína (2 Co 3.18).
A perfeita adoração deve ser feita em espírito e em verdade (Jo 4.23,24), porque Deus é Espírito e é o Deus da verdade.
2.3. A adoração cotidiana
A verdadeira adoração sobressai aos locais determinados de culto.
Não está restrita ao templo, a um monte ou a uma cidade (Jo 4.20). A adoração em espírito está de acordo com a natureza do Deus onipresente.
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo, como Paulo fez questão de lembrar aos cristãos de Corinto (1 Co 3.16). Sua habitação no cristão desfaz o conceito do local como facilitador da adoração, pois o centro de adoração agora é o coração humano transformado, não por acaso, pela obra regeneradora do Espírito Santo. Pelo Espírito, oferecemos a adoração autêntica, a qual é impossível pela mera religiosidade, como ensinou Paulo aos cristãos de Filipos (Fp 3.3).
O cristão cheio do Espírito Santo é aquele que cuida da sua vida espiritual. Ele emprega todos os meios à sua disposição (a oração, o louvor, a meditação sobre a Palavra, a consagração e a obediência à vontade divina) para ter uma vida santa e de intimidade com Deus.
Os momentos dedicados à adoração são sementes lançadas no coração de Deus, as quais sempre produzem resultados positivos. Fazer da adoração e do louvor uma parte da vida diária leva-nos para mais perto de Deus, produzindo intimidade e garantindo bênçãos sem medida. Logo, a comunhão diária com Deus resulta na plenitude do Espírito: Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês (Tg 4.8).
3. ESPIRITUALIDADE E SANTIFICAÇÃO
A palavra santidade vem do hebraico kadosh e seu significado é separação. O verbo que exprime a ação de santidade é santificar, do qual provém a palavra santificação, que designa a condição necessária para que o homem veja a Deus: Segai a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
É essa separação que permite ao cristão voltar-se para o Espírito de Deus, e não para as inclinações da carne, onde não poderá frutificar a sua espiritualidade. Essa condição é absolutamente necessária para haver um relacionamento profundo e próximo entre Criador e criatura.
A Bíblia menciona exaustivamente a operação santificadora do Espírito Santo. Como exemplo, podemos citar a Sua ação na vida de Jesus (1 Pe 1.19), na eleição do cristão (1 Pe 1.2), na manifestação profética (2 Pe 1.21) e na vida privada do cristão (Hb 12.14).
3.1. Meios de santificação
O Espírito usa diversos instrumentos para efetuar a santificação, tais como a Palavra de Deus (Jo 17.17), a pessoa de Cristo (1 Co 1.30), o sangue redentor de Cristo (Hb 13.12) e a si mesmo (1 Pe 1.2).
Em Seu labor santificador na vida humana, o Espírito é capaz de atingir todas as áreas: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23; Rm 12.1,2); o olhar (Mt 6.22; 18.9); o andar (G1 5.16); o ler (SI 1.1,2; Ap 1.3); o vestir (1 Tm 2.9); o comer e beber (Rm 14.17); o adorar (Jo 4.23); o pensar (Cl 3.1-3); o ofertar (Rm 15.16); enfim, todo o viver (Fp 1.21; Gl 2.20).
3.2. Implicações da santificação
A santificação implica separação para Deus (Jr 1.5; Hb 7.26); é um processo de aperfeiçoamento espiritual (At 26.18) e o cumprimento da vontade de Deus para nós (1 Ts 4.3). Quando somos santificados, damos lugar à natureza divina (Hb 12.10; 2 Pe 1.4), obtemos pleno acesso a Deus (Hb 12.14) e por Ele somos capacitados a servir agradavelmente (Rm 6.22; Hb 9.14). A genuína santificação afeta nosso entendimento (Jr 31.34; Jo 6.45), nossa vontade (Ez 36.25-27; Fp 2.13), nossas paixões (Gl 5.24) e nossa consciência (Tt 1.15).
Os teólogos costumam definir a santidade de Deus como o corolário de Seus atributos. Ela pertence igualmente às três pessoas da divindade, as quais participam da mesma natureza comum e indivisível.
Jesus chamou Deus de Pai santo (Jo 17.11). O Filho é chamado de Santo de Israel mais de 30 vezes, somente no Livro de Isaías. O Espírito é especificamente chamado de Espírito Santo ao longo da Bíblia. Ele é quem ministra santidade nos homens, permitindo-lhes, assim, reencontrarem o caminho de sua normalidade espiritual.
CONCLUSÃO
A teologia da espiritualidade cristã procurou equipar os santos para viverem uma vida pública, comum a todos, sem abrir mão da espiritualidade e do genuíno testemunho cristão. Desde então, temos procurado viver santa, sóbria e piamente no mundo, sem nos encantarmos com o mundo, porque a vida no Espírito Santo é incomparavelmente superior e deve nos atrair constante e incessantemente.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que precisamos buscar a santidade se quisermos ser cheios do Espírito?R: O Espírito Santo não compactua com o pecado. Se quisermos ser Sua morada, devemos abrir mão da nossa natureza carnal e buscar a santidade (Hb 12.14).
Vídeo aula:
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Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel
Comentarista: Geziel GomesCentral Gospel
ANO 2020
Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel
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Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
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