13 de março de 2020

Lição 11: O Espírito Santo e os Dons - Central Gospel

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Coríntios 12.1-11
1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

8 Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10 E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.

11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.



TEXTO ÁUREO
Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
1 Pedro 4.10


SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
1.1. 2ª feira - Efésios 4.7-16
1.2. O real propósito dos dons
1.3. 3ª feira - 1 Coríntios 12.1-31
1.4. O Espírito Santo distribui os dons
1.5. 4ª feira - Tiago 1.1-18
A origem do dom perfeito
1.6. 5ª feira - 1 Coríntios 14.1-25
1.7. O principal dom
1.8. 6ª feira - 1 Coríntios 13.1-13
1.9. As características do amor
Sábado - Atos 6.1-10
Os discípulos sábios



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OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• conhecer o propósito de Deus ao distribuir os dons espirituais à Igreja:
• definir os diversos dons espirituais, contextualizando-os à vida da Igreja;
• buscar a autoridade dos dons espirituais para edificação da Igreja e para o serviço cristão.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, Saulo, o grande perseguidor da Igreja, tornou-se o maior missionário cristão de todos os tempos entre os gentios (At 8.3; Rm 11.13). Ao longo dos séculos da história da Igreja, ateus, adúlteros, drogados, corruptos e criminosos da pior espécie tiveram a vida transformada no momento em que conheceram a verdade que Cristo veio trazer ao mundo. A aprendizagem dos princípios do Reino de Deus transformará a pessoa de forma inigualável e sem paralelo. Nenhuma outra instituição poderá operar mudanças tão duradouras, significativas, abrangentes e com repercussões tanto em toda a extensão da vida presente como na vindoura como o faz a Palavra de Deus. Por isso, quem a ensina deve fazê-lo com dedicação, empenho e amor (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida, 2012, p. 59).


Palavra introdutória
Na Bíblia, há menção de vários tipos de dons, visto que a palavra ocorre no texto sagrado com diferentes acepções. Jesus Cristo é, por excelência, o dom de Deus (Jo 4.10; Rm 6.23). O Espírito Santo é o dom de Cristo (At 2.38,39). Esses dons são providos para a Igreja, a fim de que, por meio deles, o povo de Deus realize a obra que lhe foi confiada.

Quando falamos em dons, precisamos procurar o melhor entendimento desse assunto na raiz da palavra grega charismata. Esse vocábulo sugere a graça de Deus como origem de Seus dons (1 Co 12.4). Eles sempre serão uma dádiva divina que devem ser aceitos pela fé e usados para a glória de Deus.



1. DONS DE REVELAÇÃO
Nesta lição, aprofundaremos nosso conhecimento acerca dos dons espirituais, os quais são concedidos aos cristãos a fim de edificar, exortar e capacitar a Igreja (Ef 4.8,12).

Os dons podem ser classificados em três grupos: de revelação, de inspiração e de poder. Vejamos, agora, os que estão relacionados à revelação.



1.1. Palavra de sabedoria
O dom da sabedoria nos foi dado para suprir aquilo que a sabedoria humana não pode proporcionar. Ao escrever à comunidade cristã dos coríntios, Paulo destaca o dom da palavra de sabedoria, que significa a capacidade de compreender e de transmitir a Palavra de Deus com profundidade, aplicando-a a situações particulares, em que são resolvidos problemas difíceis, mediante o emprego da sabedoria espiritual (1 Co 1.19-21).

A sabedoria eterna de Deus, dentre outras coisas, despreza a sabedoria humana (1 Co 1.19,20), produz salvação pela loucura da pregação (1 Co 1.21) e comunica o evangelho em situações específicas de maneira sobrenatural, conforme a condução do Espírito (Mt 10.19,20).

Josué (Dt 34.9), Salomão (2 Cr 1.11,12) e Esdras (Ed 7.25), dentre tantos outros líderes de Israel, exercitavam esse dom. No Novo Testamento, Jesus é o exemplo maior (Lc 2.40; Mc 6.2) e muitos discípulos eram descritos como cheios de sabedoria; do Espírito Santo; de fé e de poder (At 6.3,10).



1.2. Palavra de conhecimento
O dom da palavra do conhecimento é expresso a partir da análise profunda da revelação, que tem base nas Escrituras.

É pela ação do Espírito que os cristãos são enriquecidos em toda palavra e em todo o conhecimento (1 Co 1.5) para tomarem-se capazes de progredir na fé (Cl 1.9,10).

Não se trata de conhecimento natural, intelectual, acadêmico ou científico, muito menos de premonição ou adivinhação. A manifestação desse dom ocorre mediante a revelação de algo que está oculto ao homem natural e patente apenas na mente de Deus. As palavras de sabedoria e conhecimento servem para guiar e orientar a Igreja e não para benefício particular de quem as exercita, estando em estreita relação com o ensino e a pregação da Palavra de Deus (1 Co 2.6,7,13).



1.3. Discernimento de espíritos
Em 1 Coríntios 12.10, discernir assemelha-se ao vocábulo discriminar, identificar. A ideia é que esse dom serve como um fiscalizador das manifestações dos dons ocorridas entre os cristãos, em relação à sua procedência. São três as possíveis fontes: o Espírito, Satanás ou o homem. Sem o dom de discernimento espiritual não é possível identificar se as manifestações espirituais ou sobrenaturais no meio da Igreja são, de fato, procedentes de Deus (At 16.16-18).


2. DONS DE INSPIRAÇÃO

No dia de Pentecostes, a profecia de Joel sobre o derramamento do Espírito cumpriu-se (J1 2.28-30). Os cristãos, então, começaram a falar em outras línguas segundo o Espírito lhes concedia que falassem (At 2.3,4).


2.1. Profecia
O dom de profecia capacita os cristãos a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob a direção do Espírito Santo (2 Pe 1.20,21). Assim, não se trata de um sermão previamente preparado para ser pregado, mas de uma mensagem direta da parte do Senhor. Profecia significa, literalmente, falar ao outro, nesse caso, falar em nome de Deus.


2.2. Variedade de línguas
O dom de variedade de línguas pressupõe a comunicação do cristão com Deus, sob a influência direta do Espírito Santo, resultando em uma oração, louvor ou ação de graças em variados tipos de línguas (At 2.4; 10.46; 1 Co 14.2). Para que sirvam ao seu propósito, as manifestações espirituais sob a forma do dom de línguas precisam ser interpretadas, pois o que fala em língua a si mesmo edifica (1 Co 14.4).

É preciso salientar que o exercício do dom de variedade de línguas está restrito às pessoas que receberam a promessa do batismo com o Espírito Santo. Conforme as Escrituras, o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta e subsequente ao novo nascimento. Isso pode ser verificado no dia de Pentecostes (At 2.1-4), na casa do centurião Cornélio (At 10.44-45) e na cidade de Éfeso (At 19.1-6).

Uma vez que recebemos o Espírito quando nos convertemos, somos todos membros do corpo de Cristo. Raça, posição social, riqueza ou mesmo sexo (G1 3.28) não são vantagens nem desvantagens quando estamos em comunhão e servimos ao Senhor.

As línguas sem amor não passam de barulho. É o amor que enriquece o dom e lhe dá valor. O ministério sem amor deprecia tanto o ministro quanto os que são alcançados por eles; mas o ministério com amor enriquece a igreja toda. O saber ensoberbece, mas o amor edifica (1 Co 8.1). O propósito dos dons espirituais é a edificação da Igreja (1 Co 12.7; 14.3,5,12,17,26). Isso significa que não devemos pensar em nós mesmos, mas nos outros, o que, por sua vez, exige amor (WIERSBE, Geográfica, 2007a, p. 797,799).



2.3. Interpretação de línguas
A interpretação garante a plena edificação da Igreja, pois todos podem compreender a mensagem em sua própria língua. O falar em línguas e o interpretar devem manifestar-se quase sempre juntos.

O dom de interpretar línguas é a manifestação sobrenatural que permite a alguém, debaixo do controle do Espírito, declarar o significado das palavras pronunciadas pelo Espírito em outras línguas.

A língua falada em voz alta no culto pode ser interpretada, de acordo com Paulo (1 Co 14.27,28). A língua que não for interpretada deve então ser falada em voz baixa, para edificação do próprio cristão.

Se o Espírito Santo inspirar alguém a falar em voz alta é porque deseja comunicar algo. Assim, a mensagem em línguas precisa ser interpretada. Vale salientar que a interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas ou de outra pessoa (1 Co 14.13).



3. DONS DE PODER
Existe a fé como confiança natural, aliada à coragem que as pessoas têm para realizar grandes ações. Existe a fé necessária à salvação (Ef 2.8). Mas nada disso corresponde ao dom da fé, a manifestação sobrenatural que permite a pessoa cheia do Espírito estar convicta de que realizará algo impossível aos homens.

Os dons de poder são: fé, dons de cura e operação de milagres. Deus usou esses dons para confirmar a verdade proferida por meio dos primeiros apóstolos (Hb 2.3,4) e continua a utilizá-los na confirmação de Sua Igreja hoje em dia (Mc 16.17).



3.1. Fé sobrenatural
A fé sobrenatural difere daquela que todos os seres humanos exercitam ao crer, por exemplo, que o sol nascerá todas as manhãs (fé natural) e da própria fé para salvação (Hb 11.6). Esse dom consiste na capacidade de crer que Deus pode interferir na História para mudá-la com feitos extraordinários, segundo o Seu querer.

Essa certeza inabalável esteve presente na vida de Pedro e João quando disseram ao paralítico, na porta do templo, que se colocasse em pé em nome de Jesus (At 3.1-10). Também é vista na vida do profeta Elias, quando este enfrentou os profetas de Baal no monte Carmelo (1 Rs 18.22-40).

Em Romanos 12.3, Paulo fala da medida da fé, que elude à decisão soberana de Deus em disponibilizar toda sorte de dons. Desse modo, subentende-se que há uma provisão divina para cada crise e para cada situação. A autoridade da fé é a própria confiança na providência divina (Mt 17.20; At 14.22).



3.2. Dons de curar

Em 1 Coríntios 12.9, a palavra dom aparece no plural. Esta é uma indicação clara de que Deus concede aos Seus filhos a autoridade espiritual sobre diferentes enfermidades e de que o exercício de cada uma delas é um dom especial (At 28.8).

Não se pode esquecer que o poder de curar pertence ao Senhor Jesus e não àquele a quem foi concedido o dom. A cura de um enfermo continua sendo resultado da vontade divina sobre o homem que crê (Mt 13.58).



3.3. Operação de milagres
O texto bíblico básico afirma que o Espirito concede à Igreja manifestações sobrenaturais de poder (1 Co 12.10; 2 Co 12.12). A ênfase, entretanto, não está naqueles que possuem a capacidade de operar milagres (Mt 7.22,23), mas no propósito de sua realização.

O ensino geral dos Evangelhos é que todas as operações miraculosas realizadas pelos que foram agraciados por Deus com essa capacitação visam única o exclusiva mente à glória de Deus (Jo 11.4) e ao testemunho da veracidade da cura realizada (At 14.3).

Os atos milagrosos realizados por aqueles que manifestam esse dom contrariam as leis científicas notórias entre os homens, pois são atos sobrenaturais autorizados por Deus. Por meio desse dom, o cristão torna-se um canal por meio do qual Deus autentica a autoridade do evangelho pregado (At 8.6).



CONCLUSÃO
Esse estudo revela-se muito importante, uma vez que os dons são tão necessários hoje quanto nos dias da Igreja primitiva, pois é por meio deles que o corpo de Cristo exerce sua autoridade e executa o necessário serviço a Deus. Por meio desses dons, o Senhor supre as constantes e variadas necessidades da Igreja, principalmente, no que se refere à maturidade e à constância na fé (Ef 4.12-14).

Os dons são concedidos para o benefício da igreja toda. Não são para o usufruto individual, mas para uso corporativo. Os coríntios, em especial, precisavam ser lembrados disso, pois usavam os dons espirituais de maneira egoísta, para promover a si mesmos, não para edificara igreja. Quando aceitamos nossos dons com humildade, podemos usá-los para promover harmonia e para ajudar a igreja como um todo

Os diversos dons são citados em 1 Coríntios 12.8-10,28 bem como em Efésios 4.11 e Romanos 12.6-8. Quando combinamos essas listas, encontramos 19 dons e cargos diferentes. Uma vez que a lista em Romanos não é idêntica à de 1 Coríntios, podemos supor que Paulo não estava tentando tratar exaustivamente do assunto em nenhuma dessas passagens. Apesar de os dons citados serem apropriados para o ministério da igreja, Deus não se restringe a essas listas. Ele pode dar outros dons como bem lhe aprouver (WIERSBE, Geográfica, 2007, p. 796).






ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que precisamos da palavra de conhecimento para ser sal da terra e luz do mundo?
R: Por intermédio do estudo sistemático da Bíblia, o Espírito Santo nos recorda os ensinos de Jesus, revela-nos estratégias e nos fornece as palavras corretas para refletirmos a luz de Jesus por todo o mundo (Jo 14.26).







Vídeo aula: 

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Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel
Comentarista: Geziel Gomes


Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.

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