TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 5.8-17
8 - Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda. 9 - Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
10 - Então, os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama.
11 - Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama e anda.
12 - Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma a tua cama e anda?
13 - E o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão.
14 - Depois, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior.
15 - E aquele homem foi e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara.
16 - E, por essa causa, os judeus perseguiram Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia essas coisas no sábado.
17 - E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também
TEXTO ÁUREO
E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens." Cl 3.23Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o trabalho é a atividade que todos realizam, sem exceção. Ele é parte inseparável da vida humana; sua origem está no próprio Deus. Nos primeiros capítulos do livro de Gênesis, o Senhor o instituiu de maneira simultânea com a própria criação do universo. Desperte nos seus alunos o entendimento de que o trabalho é bênção de Deus e que, portanto, deve ser realizado com amor, alegria e satisfação. Além disso, esclareça aos seus alunos que o labor diário deve ser visto como um ato de louvor permanente a Deus e um modo de expressar os valores cristãos mais elevados.Pré - aula:
Palavra introdutória
O trabalho é uma ocupação essencial ao ser humano. Por seu intermédio a pessoa levanta o sustento para si e para os seus dependentes. De igual modo, ele é indispensável para o progresso e o fortalecimento da sociedade.1. OS CRISTÃOS E O TRABALHO NA HISTÓRIA
1.1. A Igreja primitiva e o trabalho
A Igreja primitiva levava a sério a questão do trabalho. A existência do cristão primitivo estava envolvida no contexto do trabalhador romano, império dominante na Palestina.Em 2 Tessalonicenses 3.6-12, o apóstolo Paulo enaltece o trabalho; e, nos versos 7 e 8, ele dá uma sentença. Em 1 Coríntios 15.10 e Filipenses 2.16, o apóstolo aos gentios mostra a mensagem do evangelho em forma de trabalho, consolidando a ideia de que o trabalho é digno, abrangente e comum a todos.
A palavra diakonia, usada no Novo Testamento para indicar o trabalho na Igreja do primeiro século, tem o conceito de servir. Por meio do trabalho, os cristãos primitivos edificavam a sociedade na qual viviam e cumpriam o propósito divino de estabelecimento da Igreja.
O termo trabalho tem muitos significados. No entanto, pode-se defini-lo como o conjunto de esforços humanos na busca de determinados fins, ou seja, são ações que se empreendem
objetivando o alcance de um resultado. As recompensas ao trabalho podem ser de natureza financeira ou de outra ordem.
1.2. O protestantismo da Reforma e a sua relação histórica com o trabalho
O catolicismo do período anterior à Reforma via o trabalho como algo indesejável e próprio das classes subalternas. Os Reformadores viam-no como algo digno e agradável a Deus. Martinho Lutero, além de incentivá-lo como meio de progresso, negou que houvesse trabalho santo e trabalho profano. Ele não reputava o trabalho do ministério das igrejas como mais importante do que o secular. Mais tarde, Calvino reforçou essa mesma ideia.Para o reformador inglês William Tyndale, a diferença entre o trabalho de pregação e o de lavar louça, por exemplo, era totalmente exterior; ou seja, no que diz respeito a agradar a Deus, não existe a superioridade de um sobre o outro — tudo é trabalho. Expoentes da Reforma viam o trabalho como um ministério perante Deus. Isto significa que onde as relações de trabalho se travarem, ali estará um campo missionário.
O trabalho secular não transforma em profanas as pessoas que se tornaram santas; ao contrário, qualquer tipo de trabalho honesto é tornado santo pelos que estão em Cristo (1 Pe 1.15,16).
1.3. A Reforma Protestante e a ética do trabalho
Lutero e Calvino concordavam quanto ao compromisso do homem em realizar a sua vocação por meio do trabalho. Para eles, não se deve dar lugar à ociosidade. O trabalho era visto como uma bênção de Deus, uma vocação divina (Max Weber, A ética protestante e o espírito do capitalismo; André Biéler, O pensamento econômico e social de Calvino). Calvino declarou:“Se seguirmos fielmente nosso chamamento divino, receberemos o consolo de saber que não há trabalho insignificante ou nojento que não seja verdadeiramente respeitado e importante ante os olhos de Deus” (João Calvino, A verdadeira vida cristã).
Que a percepção do trabalho como chamado e um canal de exaltação a Deus — um dos legados da Reforma Protestante — ocupe mentes e corações.
2. O CRISTÃO AMA E SE ALEGRA EM TRABALHAR
Foi o Senhor quem instituiu o trabalho no Éden, sendo, Ele próprio, o exemplo a ser seguido (Gn 1.31). Gênesis 2.15 afirma: E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Isto significa dizer que, ao criar o homem, Deus o ocupou com a tarefa de cuidar do Jardim. Ele estava traçando uma diretriz para o ser humano, independente do seu contexto geográfico ou histórico.
2.1. Compreendendo o trabalho como bênção de Deus
Deus colocou o primeiro casal no Éden a fim de cultivá-lo, isto significa que a instituição do labor precede a entrada do pecado no mundo. Não há qualquer relação entre trabalho e maldição. A Queda modificou a natureza do trabalho sem alterar a sua essência.Pelo trabalho, o homem mantém a sua família dignamente.
Ele pode servir a Deus com seus dízimos e ofertas, além de poder estender a mão aos desfavorecidos. O trabalho é uma ferramenta autêntica de Deus para abençoar o ente humano, e um meio muito eficaz de se render glórias ao Seu Nome. O cristão não trabalha apenas para conseguir dinheiro ou efetuar
as incumbências requeridas pelo patrão, mas o seu labor é, primeiro, uma exaltação a Deus (1 Co 10.31).
Aquele que coloca o seu coração e a sua segurança em Deus, antes dos seus próprios esforços, prosperará, na totalidade do termo. Não se deve transformar a dádiva divina do trabalho em desgraça, para saciar a própria ambição.
2.2. Amando o trabalho porque é a vontade de Deus
Após o Éden, o trabalho passou a ter novas características.No entanto, apesar do cansaço, fadiga e todo desconforto decorrente dele, é preciso amá-lo como algo estabelecido pelo Criador para o bem-estar e prosperidade do homem.
Portanto, pode-se considerar que toda função profissional, mesmo as simples, estão fortemente conectadas ao viver espiritual do cristão.
Um comentarista bíblico resumiu o propósito do cristão quanto ao trabalho:
“O trabalhador deve fazê-lo como se fosse para Cristo. É errado reduzir a importância do trabalho ao
salário, nem se deve fazê-lo por ambição, nem para satisfação de nenhum amo terreno. É preciso desenvolvê-lo como algo que é feito a Cristo” (William Barclay, El Nuevo Testamento Comentado, La Aurora, 1973).
O trabalho a ser realizado — bem como as demais atitudes — deve ser operacionalizado na base do amor a Deus, visando, sobretudo, a Sua glória!
O texto de 1 Coríntios 10.31 corrige a perspectiva sobre o
trabalho e alinha-o como um modo de servir ao Senhor e
demonstrar-lhe amor.
2.3. Trabalhando com alegria, satisfação e gratidão
Após a Queda, a Criação e a vida humana foram afetadas, inclusive a relação do homem com o trabalho.
Gênesis 3.17-19 declara que o homem passou a ter o seu sustento com muito esforço. O que antes era dado graciosamente pelo Senhor, agora era extraído com dificuldade e fadiga.
Essa mudança no trabalho aconteceu em consequência do pecado.
No entanto, com a Graça, o trabalho deve ser encarado como uma honraria, um partilhar de Deus com o ser humano na manutenção da Criação (Gn 2.15). O trabalho não deve ser visto como doloroso, nem realizado com reclamações. No plano de Deus, não há espaço para o murmurador e o preguiçoso. A Bíblia censura a ociosidade (Pv 21.25).
Atualmente, com tantos desempregados, ter um trabalho é uma grande bênção de Deus. Além disso, existem pessoas impossibilitadas de trabalhar, que gostariam de ter saúde para manter o sustento e suprir as necessidades da família.
Por isso, se você tem um trabalho, execute-o com alegria, satisfação e gratidão a Deus.
3. A BÍBLIA E O VALOR DO TRABALHO
Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, afirmou: se alguém não quiser trabalhar, não coma também (2 Ts 3.10b).Essa declaração mostra a importância que a Bíblia dá ao trabalho — tão importante quanto o alimento, que é absolutamente necessário à sobrevivência.
3.1. A Bíblia e o trabalho
Não existe texto bíblico contrário ao trabalho. A falta dele traz muitos problemas, assim como trabalho em excesso pode trazer grandes prejuízos para o ser humano e seus relacionamentos.No entanto, ao criar a humanidade, Deus o instituiu como parte inseparável do Seu plano. Logo, o trabalho é parte do objetivo de Deus para o ser humano, e a Bíblia apresenta
textos que o encorajam.
No Decálogo, o Senhor declarou ao povo: Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra (Êx 20.9). Neemias construiu o muro de Jerusalém em 52 dias porque o povo se inclinava a trabalhar (Nm 4.6; 6.15).
Em João 4.38, Jesus falando sobre a ceifa e os ceifeiros, mencionou duas vezes o verbo trabalhar e uma vez o termo trabalho.
Paulo forneceu orientações aos cristãos de Tessalônica para que trabalhassem (1 Ts 4.11). O apóstolo deu o exemplo, trabalhando incessantemente, conforme está escrito em 2 Tessalonicenses 3.7,8.
João mostra que Jesus trabalhou, dizendo: Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (Jo 9.4). Em João 5.17, Jesus faz mais uma declaração sobre o seu trabalho: E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
3.2. A Bíblia e a atitude do cristão no trabalho
Quando um trabalho é realizado com responsabilidade e excelência, o nome do Senhor é glorificado. O contrário também é verdadeiro; e há muitos cristãos desatentos a este fato.Em Provérbios 22.29, encontramos as seguintes palavras:
Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte.
Os que desejam reconhecimento e promoção no emprego precisam estar atentos à lei da semeadura e da colheita. Ninguém que realiza suas tarefas de forma relapsa ou se conduz de maneira inconveniente prosperará na relação profissional.
O cristão precisa conduzir-se de acordo com a ética bíblica e com os ensinos em sua igreja. Não se pode oferecer nada menos do que o melhor, não só no que tange ao desempenho das tarefas, mas também nos relacionamentos e no respeito aos princípios de autoridade.
O comportamento do cristão no trabalho deve ser pautado pela diligência, humildade, dignidade e respeito, como Paulo aconselhou em 1 Tessalonicenses 4.10c-12.
A Bíblia apresenta orientações seguras sobre como o servo de Deus deve conduzir-se em seu trabalho e em seus negócios, em meio à comunidade onde vive.
3.3. Bíblia, trabalho e recompensa
Toda pessoa é vocacionada ao trabalho. No desempenho desse chamado, serve-se, primeiramente, a Deus. A família é a principal responsável por mostrar sua importância. As crianças precisam ser educadas em direção ao trabalho, uma vez que, ao se tornarem adultas, terão de assumir suas responsabilidades.Digno é o trabalhador do seu salário (Lc 10.7 ARA).
CONCLUSÃO
O cristão, como testemunha de Cristo, deve relacionar-se com o trabalho de acordo com os ensinos da Bíblia.Em tempos de crise, é preciso olhar para o trabalho como um ato da generosidade de Deus.
Assim, é preciso ter gratidão e desempenhá-lo com humildade, excelência e amor.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual a diferença entre trabalho secular e trabalho ministerial?R.: Não há qualquer diferença. O trabalho secular é tornado santo pelos que estão em Cristo.
Pré - aula: Lição 07 - Trabalho, Dignidade e Prosperidade - Central gospel
Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus nº 56 - 4º Trimestre de 2018 - Tema: Questões da atualidade - Instruções para a igreja em tempos de crise - Editora: Central Gospel
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