E haverá fomes: Mateus 24:7
As Nações Unidas anunciaram, nesta quarta-feira, que o número de somalis que estão na iminência da fome aumentou 10 vezes desde o mesmo período do ano passado.
Aorganização lançou um Plano de Resposta Humanitária na capital Mogadíscio. A prioridade é realizar ações de alívio imediato em regiões, onde a crise e a emergência estão em fases avançadas.
Emergência
A Somália precisa de US$ 1,6 mil milhões de auxílio humanitário essencial para 5,4 milhões de pessoas este ano.
Estima-se que o número de crianças malnutridas chegue a 1,2 milhões em 2018. Destas, 232 mil poderão enfrentar uma desnutrição aguda grave que pode perigar a vida.
Em cinco anos, as necessidades de segurança alimentar quase duplicaram no país do Corno de África. Cerca de 2,4 milhões de pessoas vivem em situação de crise e 866 mil em emergência.
Crises
Durante este ano, a comunidade humanitária também quer abordar as lacunas de proteção, particularmente as que ocorrem em crises humanitárias e dar mais apoio aos mais vulneráveis como deslocados internos, mulheres e crianças.
Para as Nações Unidas, 2017 foi um dos anos mais desafiadores para a Somália porque o país africano esteve na iminência de fome após terem falhado várias estações chuvosas.
Ameaça
O coordenador Humanitário para a Somália disse que após o trabalho com autoridades somalis e com os níveis históricos de apoio da comunidade internacional foi possível evitar o estado de fome no ano passado.
Para Peter de Clercq, as soluções duradouras para fatores como seca, conflito e deslocamento continuam fora do alcance e "muito mais deve ser feito para eliminar a ameaça de fome no país".
De Clercq quer que sejam abordadas as necessidades humanitárias ao mesmo tempo em que se procuram soluções de longo prazo. O plano prevê salvar vidas e criar resiliência das comunidades para "impedir e não apenas atrasar a fome".
As Nações Unidas destacam que centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas devido à seca e ao conflito na Somália. O resultado foram níveis de deslocamento sem precedentes no ano passado.
Fonte: Rádio ONU
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