Motivo foi a descoberta de fatos registrados em gravações que não constaram em depoimentos
Investigadores do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) ameaçam cancelar a delação firmada com a JBS. Às 19 horas, desta segunda-feira (4) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concedeu uma entrevista coletiva em que cogitou a possibilidade de rescindir o acordo de colaboração premiada. Mas, se isso acontecer, de acordo com Janot, as provas trazidas pelos delatores poderão ser utilizadas.
Os procuradores descobriram – por meio de áudios entregues pela empresa nos últimos dias – que os executivos da JBS omitiram informações cruciais para o sucesso da investigação e sugeriram a Janot a abertura de uma investigação para apurar o fato. Janot concordou e solicitou a abertura da investigação. A omissão é um dos fatores previstos para o cancelamento da delação.
Nos áudios entregue, os investigadores sinalizaram conversa entre o dono da empresa, Joesley Batista, com Ricardo Saud, diretor institucional. Saud disse no diálogo que o procurador Marcelo Miller, que atuou por três anos no gabinete de Janot, estava “afinado” com eles e que estaria encaminhando o acordo de colaboração premiada que viria a ser fechado. O diálogo ocorreu, provavelmente, no dia 17 de março, dez dias depois da conversa gravada por Joesley com o presidente da República, Michel Temer e dez dias antes de o acordo de delação ser efetivamente fechado.
Fonte: Época e Veja
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